segunda-feira, 26 de março de 2012

SÉRIE MEIOS DE GUERRA: CAÇAS JEDI

Caças Eta-2 de Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker sobre Coruscant

Por Darth Metrius

Na Saga de Star Wars, os caças jedi sempre me foram um fator de curiosidade. Embora não sejam os meus preferidos, eles me despertam curiosidade quanto ao seu uso, história e evolução até chegar ao modelo que vimos em A Vingança dos Sith.

Sua curiosa incapacidade de saltar no hiperespaço sem um anel hiper-propulsor, lembra as limitações dos futuros caças imperiais que - propositalmente - não possuíam este dispositivo. Outra curiosidade é a evolução dos caças jedi, no seu design e função. Ainda outra, é o histórico do seu uso, onde, no fim das Guerras Clônicas, se usava um modelo padrão diferente do usado no começo, embora alguns jedi preferiam continuar usando o modelo anterior.

É pensando nestes aspectos - que tornam os caças jedi naves muito interessantes - que busco neste artigo da série, apresentá-lo de forma mais detalhada e traçar os seus paralelos com o que temos em nossa realidade.

Com vocês: os Caças Jedi.

As Armas:

O termo "caça jedi", ao contrário do que alguns imaginam, não especifica nenhuma classe de caças estelares de combate em particular. Na verdade, era um nome dado a qualquer caça que fosse pilotado por um jedi - ou melhor dizendo, qualquer classe de caças que fosse utilizada pela instituição da Ordem Jedi.

Sendo assim, verificamos que, ao longo da história da Ordem Jedi, vários modelos de aparelhos foram utilizados como caças jedi. Alguns destes modelos eram utilizados ao mesmo tempo, antes mesmo que o modelo mais antigo fosse retirado de serviço.

É o caso dos caças Delta-7 e Eta-2, cujo primeiro foi substituído pelo segundo como caça padrão da Ordem Jedi, mas ainda assim alguns membros da ordem optavam por utilizá-lo, por considerar que o novo modelo apresentava desvantagens. E serão estes dois modelos de que falaremos aqui.

Caça Delta-7 Classe Aethersprite
O Interceptador Leve Delta-7 Classe Aethersprite, foi o caça jedi utilizado pela Ordem Jedi por um bom tempo, antes e durante o período das Guerras Clônicas. Encomendado pela ordem em 22 BBY, era utilizado quase que exclusivamente pelos jedi, embora tenha tido uma versão dois-lugares de uso civil (o Delta-12 Skyprite). O modelo Delta-7, sucedeu ao Caça Estelar Delta-6, que foi utilizado pela Ordem Jedi durante os eventos da Crise e Invasão de Naboo, em 32 BBY. Os modelos Delta-7 foram testados pela Ordem Jedi a partir de 27 BBY (fazendo o Delta-6 se tornar obsoleto) e as encomendas foram entregues pouco tempo antes da Batalha de Geonosis.

O Delta-7 foi considerado um caça muito avançado na sua época, recebendo muitos equipamentos sofisticados. Todavia, a sofisticação e tecnologia empregada tornava o seu custo muito elevado para a produção. Foi um caça muito proeminente dentro das forças da República, principalmente por ter sido usado pela Ordem Jedi, tendo função primária de interceptador, mas podendo atuar como escolta e transporte pessoal de elite.

Projetado inicialmente para ser uma nave de reconhecimento (desarmada) e transporte pessoal, o Delta-7 recebeu dois canhões lasers, o que o tornou em um interceptador leve. Apesar de fazerem parte da frota do Departamento Judicial da República Galáctica, estes caças pertenciam a Ordem Jedi, e eram pintados com as cores diplomáticas, vermelho e branco. Com o desenrolar da guerra, muitos modelos passaram a serem pintados com outras cores.

Como era para ser um caça leve, o Delta-7 não foi projetado para possuir um hiper-propulsor interno, tendo que confiar um uma outra nave ou em um anel-atracador de hiper-propulsão (Syluire-31). Contudo, no ano da sua fabricação, alguns protótipos experimentais foram feitos com sistemas de hiper-propulsão para testes. Esta carência era compensada pelos motores sub-luzes, que eram poderosos e garantiam uma aceleração surpreendente.

Originalmente, os Delta-7 não possuíam um dróide astromecânico, já que estes não cabiam na largura do casco. Desta forma, foi criado um soquete para dróides onde apenas a cabeça destes eram acopladas, ao lado esquerdo, próximo a borda do casco, ficando eles integrados diretamente a nave. Os dróides da série "R3-D" eram usados para tiro de precisão, já que os caças eram muito velozes, o que prejudicava a mira do piloto e sua precisão. Já os dróides da série "R4-P" eram usados para navegação.

Caça Delta-7B do mestre Plo Koon
Após o primeiro ano das Guerras Clônicas, a grande maioria dos Delta-7 foram substituídos por um modelo redesenhado, o Delta-7B. Este modelo teve a largura do seu casco levemente ampliada, o que permitiu mover o soquete do dróide astromecânico para o centro, na frente da cabine, permitindo que um dróide inteiro pudesse ser acoplado.

O sistema de armas do Delta-7 consistia de dois canhões lasers modelo Taim & Bak, que no modelo Delta-7B poderia consistir de dois a quatro canhões. A variante de quatro canhões os dispunham da seguinte forma: simetricamente, dois canhões na parte de cima da fuselagem e mais dois abaixo.

Sua largura era de quase quatro metros, por oito metros de comprimento por hum e quarenta e quatro metros de altura. Seus motores lhe forneciam uma aceleração de 5.000G, e uma velocidade máxima (em atmosfera) de 1.125km/h até 12.000km/h. Seu compartimento de carga tinha a capacidade de 60kg e o fornecimento de combustível e ar poderia durar por cinco horas. Os Delta-7 eram equipados com geradores de escudos.

Logo que os Delta-7 entraram em serviço, o Mestre Jedi Saesee Tiin fez dramáticas modificações no seu aparelho protótipo, pois não havia ficado satisfeito com o modelo, modificando tudo o que ele achou conveniente. Os primeiros protótipos também foram testados e usados por outros jedi, como Obi-Wan Kenobi e Adi Gallia. Outro fizeram modificações que favoreceram o combate de escaramuças, como Anakin e Plo Koon.

Já no fim das Guerras Clônicas, com base na experiência adquirida com o Delta-7, a Kuat Drive Yards introduziu o Eta-2 Actis. Apesar de serem os substitutos dos Delta-7, muitos jedi ainda optavam por voar no caça mais antigo, por considerá-lo melhor. Durante o período Imperial, a Kuat vendeu toda a linha Delta e os projetos para a Sienar Fleet Systems, que posteriormente foi suprimida.

Caça Eta-2 Classe Actis
No fim de 20 BBY, o Eta-2 é introduzido, também com a missão de ser um interceptador leve, mas também seria como patrulha e reconhecimento. Sua principal característica é que ele mistura o design do seu antecessor, com o do futuro caça imperial, o Tie-Fighter.

Menor que o Delta-7, com aproximadamente 5,4m de comprimento com 4,3m de largura e 2,5m de altura, muito do seu peso também foi reduzido, retirando-se um seguimento significativo do nariz do aparelho até a sua parte central, dando a ele um aspecto de forquilha ou ferradura. O seu projeto também se caracterizou pela ausência de hiper-propulsor, o que lhe obrigava a ser auxiliado por um anel de salto (modelo Syluire-45). Mas seu projeto também trouxe melhorias significativas como, por exemplo, um soquete para dróide astromecânico inteiro. Outra característica notável é o emprego das asas retráteis, que permitia irradiar o calor dos motores, reduzir a pressão sobre os mesmos e ajudar contra danos na nave.

Mas ele apresentava algumas falhas, entre elas, a blindagem muito leve, o que o tornava muito vulnerável. Também não contava com escudos defletores, já que o projeto admitia que sua melhor defesa era a velocidade e a manobrabilidade excelentes. Seu sistema de armas era mais poderoso que do Delta-7, contendo dois grandes canhões lasers e mais dois canhões de íons menores. Apesar de um poder de fogo respeitável, o seu sistema de energia limitava a quantidade de disparos possíveis. Modelos posteriores, durante o Império, foram fabricados equipados com escudos e uma blindagem um pouco mais forte.

Seus dois motores eram de íons, os mesmos empregados nos caças Tie-Fighter. Eles lhe garantiam uma velocidade máxima de 1.500Km/h e uma aceleração de 5.2000G. Sua capacidade de carga era de 60kg, e os consumíveis podiam durar até por dois dias.

Muitos jedi criticaram o projeto, devido a sua falta de blindagem, mas seu peso menor e tamanho permitiam que um número maior deles fosse embarcado em qualquer cruzador ou destróier. Um Destróier Estelar Classe Venator podia levar até 192 Eta-2s. Um dos seus protótipos foi testado por Anakin Skywalker e, em combate, mostrou-se muito bom, ganhando muitas vitórias contra os Separatistas. Seu sucesso gerou encomendas para toda a Marinha Republicana, não ficando restrito apenas a Ordem Jedi. Após a Batalha de Coruscant (19 BBY). o Eta-2 ganhou notória reputação entre os jedi, se tornando o preferido. Durante o Império, o Eta-2 foi utilizado pela Marinha Imperial, e o próprio Darth Vader recebeu um modelo de cor preta. Seu caça era tripulado por um dróide astromecânico chamado de R2-K7, que também era todo preto.

O maior legado do Eta-2 foi o seu conceito: um caça mais barato, leve, sem escudos ou pesada blindagem, extremamente manobrável e que poderia ser construído em grandes quantidades. Este conceito se revelou eficiente durante as Guerras Clônicas, o que levou a Sienar Fleet Systems a desenvolver o Tie-Fighter, com estes mesmos princípios. Durante a Guerra Civil Galáctica, nos seus primeiros anos, algumas unidades ainda estavam em serviço, sendo destinadas a pilotos mais qualificados e veteranos. Algumas unidades foram capturadas pela Aliança Rebelde.

Paralelos:

Se voltarmos no tempo, para os teatros da Segunda Guerra Mundial, encontramos dois caças que se sucederam como bravos cavalos de guerra dos Aliados. O primeiro deles foi o Curtiss P-40 Warhawk (Tomahawk e Kittyhawk) e o North American P-51 Mustang. Ambos foram caças bem-sucedidos em sua época e que tiveram um papel fundamental no início e no fim da guerra, tanto na Europa e Norte da África como no Pacífico.

Curtiss P-40E Warhawk
O primeiro, o P-40, tem um histórico muito parecido com o Delta-7. Ambos foram desenvolvidos a partir de um modelo antecessor, recebendo melhorias significativas, tornando-os máquinas superiores. Assim como o Delta-7 foi desenvolvido com base no projeto do Delta-6, o Curtiss P-40 foi desenvolvido a partir do Curtiss P-36 Hawk (também chamado de Hawk 75 ou ainda Mohawk). O P-40 foi usado em grande quantidade durante a guerra, sendo empregado por mais de vinte países, até 1948. O seu desempenho em altas altitudes não era muito bom, o que não lhe permitia atuar no noroeste europeu, mas mesmo assim ele teve papel de extrema importância no Norte da África, Mediterrâneo, Europa Oriental, Sudeste Asiático e Pacífico.

Seu batismo de fogo foi nos desertos do Norte da África, usado pela (RAF), em 1942. Revelou ser um excelente transportador de bombas, possuía uma blindagem formidável e tinha um grande raio de ação. Os P-40s são popularmente conhecidos pelas pinturas que receberam no nariz, onde foram pintadas "bocas de tubarão" (os Tigres Voadores na China e o 112º Esquadrão da RAF foram os primeiros a customizar seus aviões).

A diferença entre o P-40 e o P-36 era apenas o motos, um Allison V-1710 V-12 (1.150hp), no lugar do Pratt & Whitney R-1830. O novo motor não possuía mais potência que o antigo, mas como fornecia uma área menor, diminuía o arrasto. Este motor lhe dava uma boa velocidade (máxima de 580Km/h), e a sua manobrabilidade era excelente - sobretudo em médias e baixas altitudes (seu teto máximo era de 8.800m). Mas era inferior ao A6M Zero, por exemplo. Sua razão de subida e velocidade média eram medias, mas o seu raio de ação era superior até mesmo ao Spitfire. Era muito resistente e podia voar em quase qualquer condição de tempo e clima. Seu armamento era composto (P-40E) de seis metralhadoras M2 Browning de 0.5mm, de até 200 tiros. Nos primeiros anos da guerra, este caça (juntamente com o P-39 e o Wildcat) suportaram a fase mais difícil do conflito, quando o poder do Eixo era ainda muito forte (1940-1943).

Já o P-51 Mustang, muito popular entre os entusiastas da aviação de caça e entre o público em geral, é o sucessor direto do P-40. Aeronave frequente em filmes de Hollywood sobre a II Guerra Mundial, o P-51 se tornou um ícone da aviação de caça e um exemplo de caça de sucesso, atuando também durante a Guerra da Coréia (1950-1953).


O P-51 era um caça de longo alcance, de fabricação americana. Originalmente atendendo a uma especificação britânica para um caça que atendesse as necessidades da RAF. No momento, a venda de caças americanos para a RAF estava limitada ao P-40 Tomahawk, e a empresa North American Aviation ofereceu a possibilidade de um novo projeto, mais barato e mais rápido, surgindo assim o P-51.


North American P-51D
O P-51 foi projetado para utilizar o mesmo motor do P-40, o Allison V-1710, certificado para baixas e médias altitudes. O protótipo voou em 1940 e as primeiras unidades a operar foram enviadas para a RAF como aeronaves de reconhecimento aéreo e ataque ao solo. Mas a versão definitiva, o P-51D Mustang, utilizou um motor Packard V-1650-7, uma versão americana do famoso Rolls-Royce Merlin britânico. Já entre 1943 e 1944 tanto britânicos como americanos usavam os P-51 para missões de escolta de bombardeiros sobre a Alemanha. E em 1944, o P-51D foi amplamente utilizado como caça-bombardeiro e interceptador, ajudando os aliados na supremacia aérea da Europa. Os P-51s estiveram presentes nas campanhas da Itália, no Norte da África e no Mediterrâneo, e em menor escala, no Pacífico contra o Japão. Por fim, o P-51 teve sua última grande participação em uma guerra durante o conflito na Península da Coréia, atuando nas Forças da ONU como caça, até ser substituído pelo F-86 Sabre, com motor à jato - embora continuasse na ativa como bombardeiro e ataque ao solo.


Graças aos seus tanques de combustível, o P-51 em todas as suas versões poderia penetrar profundamente em território inimigo, com grande capacidade de autonomia. Isso garantiu o sucesso do bombardeio estratégico aliado sobre os alemães. Antes disso, os bombardeiros eram severamente abatidos, devido a falta de uma escolta que lhes acompanhasse em todo o percurso. Com a chegada do P-51, tudo mudou. Os novos caças podiam ir e voltar com os bombardeiros e defender estes dos caças alemães. Tal sucesso garantiu a destruição da indústria de guerra nazista. No Pacífico, 1944, os P-51s foram usados contra os caças japoneses, operando de bases próximas ao Japão. Também tinha a função de escolta de bombardeiros.


A experiência adquirida com o P-51 demonstrou que ele possuía algumas limitações. Seu desempenho era muito prejudicado quando voava carregado com bombas e foguetes, o que o tornava muito instável em voo. Por esta ração, ele foi deixando de atuar como bombardeiro ao longo do tempo, sendo melhor empregado como apoio aéreo e interceptador. Notou-se também que o seu sistema de refrigeração a líquido era muito frágil ao fogo anti-aéreo de pequeno calibre.


O modelo P-51D era o "padrão" no fim da Guerra. Media 9,83m de comprimento, por 4,08m de altura e com uma envergadura de 11,28m. Seu motor V-1650-7 tinha a potência de 1490hp. Sua velocidade máxima era de 703Km/h, e com este novo motor, poderia superar o teto de 12.000m. Seu armamento era composto de seis canhões de 12.5mm M2 Browning, dois cabides para bombas de 907kg, e cabides para comportar de 6 a 10 foguetes de 127mm.


Nota-se que o P-51 é semelhante ao Eta-2 em seu desenvolvimento e histórico. Assim como o P-40 foi o antecessor do P-51 como caça interceptador, escolta e bombardeiro, assim também temos a linha sucessória entre os caças jedi Delta-7 e o Eta-2. Suas principais missões eram de escolta e interceptação, igual aos caças americanos, embora o P-40 não tenha sido projetado e designado para a tarefa de proteger bombardeiros. Porém, ambos demonstraram que eram caças muito bom e o segundo sendo melhor que o primeiro.


Mas saindo da Era de Ouro dos caças de combates e batalhas de escaramuças, chegamos na época da Guerra Fria e podemos encontrar um paralelo muito interessante para cada um dos caças jedi de nosso artigo: O Saab 35 Draken e o seu sucessor, o Saab 37 Viggen.


Saab J35 Draken
O Saab 35 Draken foi um caça interceptador da Era dos Jato, durante a Guerra Fria. Fabricado pela aeroespacial sueca SAAB (Svenska Aeroplan AB), o Saab 35 é um projeto que revolucionou no quesito design. Com o objetivo de se tornar o caça padrão da Força Aérea Sueca, assim como o Delta-7, seu projeto surgiu depois do modelo de testes, o Saab 210, que mostrou que o desenho de asas em formato duplo-delta era um sucesso - muito parecido com o desenvolvimento do Delta-7, que veio a partir do Delta-6.


Saab JAS 39 Gripen
Seu primeiro voo foi em 1955 e entrou em serviço em 1960. A Suécia queria participar da era dos jatos, com um caça supersônico, interceptador, que voasse em grandes altitudes, e fosse exclusivo de sua Força Aérea. Seus protótipos surpreenderam em design (asa duplo-delta) e desempenho (o segundo protótipo quebrou a barreira do som sem querer). Embora não tenha sido projetado para o combate de escaramuças, o Saab 35 se mostrou muito eficaz na ação instantânea. Seis variantes foram construídas, e duas delas para a exportação. As últimas unidades foram retiradas em 1990 e substituídas pelo Saab JAS 39 Gripen. O Saab 35 também operou na Dinamarca, Finlândia e na Áustria, que os aposentou em 2005, do serviço militar.


Muito parecido com a história do Delta-7, o Saab 35 era para ser substituido pelo seu sucessor direto, o Saab 37 Viggen, mas como no final dos anos 80 nem todas as encomendas foram entregues no prazo, a substituição final coube ao Gripen - que também retirou o Saab 37. Ou seja, durante os anos 70 e o final dos anos 90, o Saab 35 e o Saab 37 voaram juntos na Força Aérea Sueca, tal qual o Delta-7 e o Eta-2 voaram durante as Guerras Clônicas, para a República Galáctica.


Saab 37 Viggen
Já o Saab 37, foi o projeto sucessor do Saab 35 e baseado neste. Foi um caça interceptador de curto e médio alcance, mas que também era destinado a missões de reconhecimento e de ataque. Foi introduzido em 1971, e foi produzido até a década de 90, sob diversas variantes. Manteve o design de asas do antecessor, mas seu projeto incluía um par de asas canard. A introdução destas asas fez com que a aeronave tivesse melhor desempenho em manobras. Suas especificações também determinavam que ele deveria atuar em pistas curtas, improvisadas e até em vias públicas, fosse veloz o suficiente para chegar a Mach 2, e fosse capaz de atuar como aeronave de ataque ao solo. Ou seja, o Saab 37 estava a meio caminho do seu sucessor, o Gripen, que veio a se tornar um caça multi-função.


Embora ele fosse oferecido para exportação, nenhum outro país do mundo mostrou interesse pelo aparelho, apesar de seu sucesso. Deste modo, o Saab 37 ficou restrito a Força Aérea Sueca, sendo utilizado até o ano de 2005 - mas a sua produção foi descontinuada muito antes.


Uma característica notável entre o Saab 35 e o Saab 37 é que ambos possuem um desenho em delta, que lembra muito o Delta-7 e o Eta-2, e o Saab 37, com seu par de asas canard se aproxima ainda mais do Eta-2. Outra semelhança é que o Delta-7 não foi de uso exclusivo da República, ao passo que o Eta-2 se tornou de uso particular da Ordem Jedi e da República.


Convair F-102 Delta Dagger
Antes de encerrar o nosso artigo, eu não poderia deixar de citar como paralelo do Delta-7 e do Eta-2, ainda uma dupla americana: o Convair F-102 Delta Dagger e o Convair F-106 Delta Dart. O projeto deste último é baseado no antecessor, ambos eram caças interceptadores, e o primeiro não foi operado exclusivamente por um país. O F-102 foi utilizado não só pelos EUA, mas também equipou as forças armadas da Turquia e da Grécia. Já o F-106 foi exclusivo dos EUA. Não entraremos em detalhes sobre estas duas outras aeronaves, para não nos tornarmos prolixos demais. Basta sabermos que, do tipo do Saab 35 e o Saab 37, temos concorrentes semelhantes. A diferença entre os dois suecos e os dois americanos para que estes sejam preteridos na comparação é que os suecos compartilham mais detalhes paralelos, como por exemplo, quanto a origem do Saab 35 - proveniente do Saab 210, que é um Saab 35 em escala menor (lembra o Delta-6 e o Delta-7), diferente do F-102 que veio de um aparelho totalmente diferente. O F-106, também, não é equipado com asas canard. Já o Saab 37, sim - lembrando o Eta-2 que possui suas asas S-foil.


Convair F-106 Delta Dart
Por fim, se o Delta-7 e o Eta-2 foram "parentes", e ambos deram origem ao Eta-5 Interceptor, usado pela Ordem Jedi e pela Aliança Galáctica, por volta de 40 a 41 ABY, é justa a comparação com o Saab 35 e o Saab 37. Ambos deram origem ao atual Gripen. Infelizmente o F-102 e o F-106 não deram origem ao desenvolvimento de nenhum outro sucessor, o que privilegia o paralelo com os suecos.

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