terça-feira, 28 de junho de 2011

CADÊ A CNBB? DEFENDAM SEUS SANTOS, PELO AMOR DE DEUS!

Note a inscrição na capa. Você já vai entender.
Por Demetrius Farias

A quase 16 anos atrás (poxa, faz tempo, heim!), em 12 de outubro de 1995, o Brasil ficou perplexo com a divulgação feita pela Rede Globo de Televisão em todos os seus telejornais (e algumas outras emissoras), do episódio que ficou nacionalmente conhecido como "O Chute na Santa", e que se tornou o princípio mais acalorado de uma guerra entre a Rede Globo e a Rede Record e a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), jogando também os católicos do país contra todos os evangélicos. Naquela ocasião, o ex-bispo da IURD, Sérgio von Helde, em seu antigo programa matutino, "O Despertar da Fé", cometeu um erro de extrema infantilidade e falta de sabedoria: deu chutes em uma imagem de "Senhora Aparecida", suposta padroeira do Brasil, e que, a partir da divulgação da Globo - pois se não fosse o caso, a coisa passaria batida - chocou e revoltou os católicos. Naquela época (não vou me deter aos detalhes), a Globo e a Record estavam iniciando uma guerra por audiência, que se confundiu com questões de honra (se é que existe) da IURD e do Bispo Edir Macedo. Naquele ano, a Globo lançara a demoníaca e desrespeitoso série "Decadência", onde o ator Edson Celulari interpretava um falso pastor, corrupto e imoral. Sabendo que a mini-série era um ataque direto a IURD, a Record apresenta um filme na mesma época, "The Boys of St. Vicent", de 1992, que retratava abusos psicológicos e sexuais de crianças em um orfanato católico (na época, a ICAR estava extremamente preocupada com o crescimento vertiginoso da IURD no país, e uniu-se a Globo como parceira para refrear este crescimento). Tal suspeita de ataque premeditado por parte da Globo, se deu pelo fato de que, no roteiro de falas do personagem de Edson Celulari, haviam quatorze citações de frases de Edir Macedo, em uma entrevista concedida a Revista Veja, anos antes.

Na madrugada de 12 de outubro de 1995, dia em que os católicos brasileiros homenageiam a sua padroeira, o então Bispo von Helde, nos estúdios da Record em São Paulo, dá socos e chutes em uma imagem de "Aparecida", comprada em um super mercado ou em uma loja de artigos religiosos:

No dia seguinte ao episódio, o caldo havia entornado, dezenas de queixas nas delegacias de polícia e na justiça, principalmente em São Paulo, foram feitas contra o bispo, houve massiva cobertura jornalística ao caso e a IURD foi acionada judicialmente por promotores e pessoas comuns em vários foros pelo país, sob alegação de crime de vilipêndio e desrespeito a direitos fundamentais da constituição. As cenas dos chutes foram repetidas exaustivamente e os desdobramentos do caso ocuparam a imprensa por muito tempo.
Apesar do Papa João Paulo II alertar os fiéis da ICAR que não devolvessem a ofensa na mesma moeda, o país foi tomado de passeatas, procissões e manifestos em desagravo a santa ofendida. A CNBB, apesar do tom apaziguador, emitiu nota oficial em repúdio ao ato cometido pelo bispo da IURD, mas mesmo assim, as ameaças, depredações e invasões de igrejas da IURD se sucederam. Edir Macedo se pronunciou três dias após o ocorrido, pedindo desculpas oficiais aos católicos.
Resultado: Devido ao caso ter sido inédito no pais, o juiz que emitiu a sentença teve que fazer extensa pesquisa e a decisão contava com 16 laudas. O bispo foi condenado pelos crimes de Vilipêndio a Imagem e Discriminação Religiosa, mas como era réu primário, poderia recorrer em liberdade e a sentença deveria ser cumprida em regime semi-aberto. Atualmente, o Von Helde, teve a pena convertida em pagamento de multa, e o crime de vilipêndio já prescreveu, tendo já que ele foi enviado aos EUA como missionário. Hoje vive na Califórnia, com visto de missionário, e trabalha entre comunidades de fala hispânica.

Eis os tais cartazes
Qual a razão de relembrar este fato? Explico. Neste último domingo, 26 de junho de 2011, 16 anos após o episódio do "Chute na Santa", ocorreu mais um vilipêndio a imagens católicas, e as emissoras de TV não deram a mesma repercussão que o caso do bispo da IURD rendeu. A Organização da Parada Gay de São Paulo, permitiu que uma campanha contra a AIDS fosse feita, espalhando nos postes de iluminação pública da Avenida Paulista, 170 cartazes contendo imagens de santos católicos populares, como São João Batista e São Sebastião, entre outros santos católicos, seminus e com forte apelo homoerótico. As imagens também estavam estampadas em embalagens de preservativos. Os cartazes continham os dizeres: "Nem Santo te Protege" e "Use Camisinha". A campanha, supostamente motivada pela divulgação de números que apontam o crescente aumento de casos de HIV entre a população homossexual do Brasil (qual a razão, heim?), foi justificada pelo presidente da parada gay, Ideraldo Beltrame, nestes termos, ao Estadão:
“Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião”.
É um fingido mesmo um cara destes! Bancando o tonto inocente, e achando que temos cara de idiotas, justifica-se com uma das afirmações mais hipócritas deste episódio, tentando esconder uma provocação prepotente. Se a intenção era boa assim (e delas o inferno está lotado), não precisava ser feita com tamanha vigarice, agredindo valores alheios desta forma. Se estes gayzistas querem o respeito da sociedade, que dêem o exemplo, então. Onde a tal "tolerância"???
travestidas de pluralista e democrática.

Reinaldo Azevedo, em um artigo do seu blog, escreve:
Resta evidente que, embalados pela disposição do próprio Supremo de cassar o Artigo 226 da Constituição para reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo, os sindicalistas do movimento gay perderam a noção de medida e de parâmetro. Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação dos preconceitos? É claro que não! Não estão eles dizendo que não querem mais ser discriminados nas escolas, nas ruas, campos construções?  Você deixaria seu filho entregue a um professor que acha São João Batista um, como posso dizer, “gato”? Que vê São Sebastião e não resiste a um homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal? Direitos?(http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/parada-gay/)

Fazendo um parênteses, a tal Parada Gay 2011 de São Paulo, esta arrotou números não confirmados pela Polícia Militar, de aproximadamente quatro milhões de participantes, evento que foi tudo, menos tranquilo. Segundo as autoridades, vários eventos de furto e tráfico de drogas foram registrados, além de inúmeros casos de atendimentos médicos por abuso de álcool. Eu só queria saber se estes fatos são a expressão da "alegria e da "celebração da diversidade" que o obtuso do Gilberto Dimenstein entende com sendo fruto de uma sociedade livre. Se isso é liberdade, eu não a quero, pois ela gera morte.

Porém, ao contrário do que aconteceu a 16 anos atrás, no famigerado episódio da santa "violentada", a Globo e suas colegas, e os jornais da imprensa escrita não deram a repercussão que deram ao caso envolvendo a IURD e a Record. Também, a situação é obvia. A coisa toda não atinge a nenhuma emissora de TV em específico, não é mesmo? Este caso só diz respeito aos "homofóbicos evangélicos e católicos" de plantão, e para eles a Globo não precisa de jornalismo tendencioso - ainda que o faça. Basta que as novelas e demais programas falem de tolerância, diversidade, pluralismo, e mostrem exemplos novelescos de intolerância e divulgação de uma lei que nem mesmo foi aprovada (PL 122), como se ela já estivesse vigorando, no afã de levar a opinião pública a ficar do lado da militância cor de rosa. Todavia, mesmo com este arsenal, ela ainda faz propaganda jornalística suja, vendendo esta falsa ideologia pós-moderna.
Me parece que a CNBB só sabe das coisas pela televisão, pois até o momento não se pronunciou oficialmente. Como não se tem imprensa bombardeando a sociedade com notícias sobre o episódio, a letargia da CNBB em reagir ao caso chega a ser perturbadora. Quanto aos evangélicos, bem... isso parece que não os atinge, pois, teoricamente, não é com eles. Mas acontece que atinge sim. Tenho quase certeza de que o alvo que a Parada Gay escolheu, foi para cutucar os crentes, mas para evitar um confronto maior e direto, escolheram os católicos, que aparentam estar menos mobilizados que os protestantes. Aí fica a pergunta: Cadê a CNBB para defender os seus santos? Cadê os católicos brasileiros que tanto gritaram contra a IURD e o ex-bispo Von Helde? Cadê quem defenda a honra das imagens dos santos que a igreja romana "venera" e as tem na mais alta consideração? Mas acho que qualquer reação católica virá apenas de seus membros e movimentos particulares, solidarizados por alguns evangélicos chocados pelo escárnio dos "adoradores do ânus".
Dom Odilo Scherer
Para não ser injusto totalmente com a ICAR e a CNBB, devo deixar registrado que o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Scherer, se pronunciou a respeito, em entrevista ao Estadão. Reproduzo aqui parte da matéria do Estadão e de um artigo de um site católico (Bíblia Católica):
O cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, classificou como "infeliz, debochada e desrespeitosa" a colocação de cartazes com imagens de santos católicos em postes da Avenida Paulista, durante a Parada Gay. Para o cardeal-arcebispo, o "uso instrumentalizado" das imagens por parte da organização do evento "ofende o sentimento da Igreja Católica".
"A associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito", disse d. Odilo. "Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar."
Para o cardeal, a organização da Parada Gay pregou os cartazes "provavelmente" para atingir a Igreja Católica. "Porque a Igreja tem manifestado sua convicção sobre essa questão e a defende publicamente."
O cardeal também voltou a manifestar posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, "Amai-vos uns aos outros" (parte de versículo do Evangelho de São João). "Jesus recomenda "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus." (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110627/not_imp737317,0.php)
e

Em declarações ao jornal o Estado de São Paulo, arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, classificou como uma manifestação “infeliz, debochada e desrespeitosa” os cartazes com imagens de santos católicos ao longo da Avenida Paulista durante a 15ª Parada Gay recomendando o uso do preservativo para as relações homossexuais. Para o cardeal-arcebispo, o “uso instrumentalizado” das imagens por parte da organização do evento “ofende os próprios santos e os sentimentos religiosos do povo”.
Segundo explica a nota do Estadão “em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista, apareciam seminus ao lado das mensagens: “Nem Santo Te Protege” e “Use Camisinha”.
Diante deste fato, o cardeal Scherer afirmou que “a associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito”.
“Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar”, acrescentou o arcebispo.
Dom Odilo ressaltou que “o uso desrespeitoso da imagem dos santos populares ofende os próprios santos e os sentimentos religiosos do povo”.
Para o cardeal, afirma a nota do Estado de São Paulo, a organização da parada gay pregou os cartazes “provavelmente” para atingir a Igreja Católica “porque a Igreja tem manifestado sua convicção sobre essa questão e a defende publicamente.”
Dom Scherer manifestou sua posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, “Amai-vos uns aos outros” (tomado do Evangelho de São João).
“Jesus recomenda “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus”, esclareceu o Cardeal.
“Instrumentalizar essas palavras sagradas para justificar o contrário do que elas significam é profundamente desrespeitoso e ofensivo, em relação àquilo que os cristãos têm como muito sagrado e verdadeiro”, afirmou também Dom Odilo.
Antes do desfile homossexual do domingo, decorrido em meio do caos gerado por arrastões, denúncias de roubos e participantes apreendidos com drogas, o Cardeal arcebispo de São Paulo, em um artigo intitulado “Homem e Mulher ele os criou”, afirmou que a Igreja Católica “vê com preocupação a crescente ambiguidade quanto à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura”.
“Não é possível que a natureza tenha errado ao moldar o ser humano como homem e mulher. Isso tem um significado e é preciso descobri-lo e levá-lo a sério”, afirmava Dom Odilo.
“Para quem deseja a verdade e busca conformar sua vida ao desígnio de Deus, permanece o convite a se deixar conduzir pela luz da Palavra de Deus e pelo ensinamento da Igreja também no tocante à moral sexual. O 6º mandamento da Lei de Deus (“não pecar contra a castidade”) não foi abolido e significa, positivamente, viver a sexualidade de acordo com o desígnio de Deus”, concluía Dom Odilo no seu artigo publicado no dia 21 de junho no Jornal Arquidiocesano O São Paulo. (http://www.site.paroquiaspc.com.br/cardeal-scherer-critica-desrespeito-a-fe-catolica-na-parada-gay-em-sao-paulo/)
São tão desavergonhados que, ao preverem a bomba que soltariam, escreveram isto.

E se estes cartazes contivessem mulheres nuas, representando Maria, Santa Bárbara, Santa Rita, entre outras, que fariam os pais com seus filhos ao vê-las na rua? O que a Globo veicularia sobre um fato destes? Porém, fato é que a Parada Gay e os movimentos de militância LGBT já estão passando dos limites (aliás, já fazem isso a muito tempo), e perderam totalmente o respeito (se é que tinham algum) que tanto querem conquistar e fazer ser reconhecido, a fina força, por seus opositores. Militância em defesa dos "direitos dos homossexuais", supostamente, seria uma coisa; mas denegrir imagens religiosas, atribuindo a elas um caráter erótico, coisa que elas não têm, é no mínimo doentio e típico de pessoas taradas e sem pudor ou respeito. Cabe aqui, uma reação a altura do que foi dedicada ao caso Von Helde e a Santa Chutada, assim como a busca de todos os meios possíveis para punir estes imorais preconceituosos e despudorados. Deviam ser punidos o presidente desta parada infeliz, seu colaboradores e idealizadores desta campanha nojenta, para servir de exemplo aos demais, na FORMA DA LEI, como eles mesmos querem impor de modo nazista à toda a nação brasileira, a PLC 122. Se for o caso, levar isso ao STF também, como eles agora também querem fazer com todos os casos que se opõe a sua Agenda Gay - embora eu ache que o STF não seja mais uma entidade isenta, capaz de julgar com imparcialidade, visto que ela é, no mínimo, uma serviçal do partido do governo e seus programas, livrando criminosos estrangeiros e rasgando a Carta Magna, legislando quando deveria apenas julgar. E se a justiça não der resultado, cabe aqui a ação da medicina psiquiátrica, como diria Azevedo, e da Poderosa mão de Deus, trazendo seu juízo sobre este país.

Sobre o assunto, leiam os artigos e a opinião do colunista da Veja Online, Reinaldo Azevedo:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/parada-gay/

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