quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

APRENDENDO COM O ÍMPIO

Por Demetrius Farias
Esta semana um colega de trabalho foi demitido (se um dia ele ler esta postagem, vai saber que estou falando dele). Na verdade ele foi quem pediu demissão, mas a minha chefe já planejava demiti-lo a mais tempo. Ele vinha fazendo muita coisa que havia desagradando minha chefe a algum tempo. Eram coisas "pequenas", mas que revelavam os seus valores. Até que um dia ele cometeu um erro grave, que denunciou sua falha de caráter como um todo. Achou que nunca seria descoberto, mas minha chefe - que não é boba - descobriu tudo. Ela nem teve tempo de convidar o cara para aquela "chamada"; ele mesmo ao perceber que ela havia descoberto a coisa toda, decidiu pedir demissão. Mas o estrago já estava feito!

Uma coisa que eu sempre tento manter em um local de trabalho é a amizade e a lealdade com os colegas. Esse foi o meu erro básico: Estender as duas mãos para alguém que só me estendeu uma delas e escondeu a outra. Além dos problemas com a chefia, como se não bastasse, a amizade e coleguismo que havia entre nós azedou. Sempre nos tratamos como "parceiro", "amigo", "autarquia" (risos), etc., mas  descobri que o infeliz me "detonava" e fazia fofoca a meu respeito para os demais. Dizia para a minha chefe que eu vivia enrolando, e para o estagiário recém contratado, dizia que eu enganava a minha patroa. Por vezes ele me acusava diante da minha chefe de tarefas que eu não havia terminado (nenhuma delas era minha atribuição), e sem pena, reclamava sempre que podia. Uma vez havia me exposto diante dela, sem dó, e não foram duas ou três as ocasiões em que ele sugeriu ou insinuou a minha demissão. A troco de que? Eu não sei. Só sei de uma coisa: o mesquinho é aquele que mesmo tomado de ambição, almeja "o pouco", e mesmo este sendo pouco, é o suficiente para que se pise nos demais.
Acho que uma das desvantagens de se nascer em um lar cristão é a dificuldade de se identificar o mal e o homem perverso logo de cara, quando este disfarça sua natureza caída. Por ter vivido cercado pela igreja e pela minha família, e sem nenhuma experiência com o mundão aí fora durante a adolescência e o início da idade adulta, acredito que até hoje eu ainda tenha muita dificuldade de ver o lado mau das pessoas, muito embora eu saiba que ele existe e está lá, escondido, rosnando e mostrando os dentes. Perceber a malícia se torna mais difícil quando para tal é necessário pensar e se passar por um ímpio, afim de entender compreender e evitar o mal contra nós próprios.
Em Mateus 10: 16, Jesus nos diz que fomos enviados como ovelhas no meio de lobos, e nos adverte para sermos símplices como as pombas, mas prudentes como as serpentes. Aí está um desafio que temos que vencer todos os dias. Abrir os olhos e perceber o mal vindo daqueles que são das trevas, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso chamado de ir e pregar, cientes de que somos como repasto para feras vorazes.
Ao se freqüentar uma universidade por seis anos como eu, trabalhar e conviver com pessoas das mais diversas origens, se observa o quanto o homem caído, ímpio, e natural é aliado ao diabo. Por mais que as pessoas sejam boas e que defendam até mesmo uma "ética", elas sempre vão nos mostrar as garras mais cedo ou mais tarde. Não é para nos assustarmos, mas tais coisas no mínimo nos impressionam, pois sempre, como cristãos (pelo menos falo por mim), tentamos ver apenas o lado bom de tudo. Infelizmente o "bom" não é uma realidade que expressa a totalidade da vida humana e de sua essência.
De fato, o homem é mau e não há nele coisa boa. Nós, os que somos da luz, muitas vezes caímos em trevas, quanto mais o perdido, que se deve esperar não apenas as ações e palavras que indicam a bondade inerente a espécie, mas também toda a sorte de perversidades e valores torcidos pelo pecado e pela vilania do inferno em cada um de nós.
Por isso, fiquem de olho vivo. O seu melhor colega de trabalho, pode ser aquele que te apunhala pelas costas e que, por isso, não sabe o significado da palavra "Lealdade".
Uma coisa eu posso dizer que aprendi: "Como não ser um falso amigo!"

2 comentários:

  1. O amor do mestre Jesus Cristo por seus discípulos é a mais bela e ilógica poesia existencial já vivida por um homem. Os discípulos de Jesus podem até excluí-lo de suas histórias, mas Jesus jamais abandona seus discípulos, pois os consideram insubstituíveis.

    Nunca jamais, alguém amou e se dedicou tanto a pessoas que o frustraram e lhe deram tão pouco retorno. (Augusto Cury)

    Jesus eu te amo (Edson Sampaio)

    ResponderExcluir
  2. Mensagem sem maquiagens, falando do verdadeiro evangelho, onde Jesus Cristo é o grande modificador e revolucionador de vidas!
    Blog pancada d +! estou seguindo e quando puder me visita http://jesusrevolucao.blogspot.com/
    Paz de Jesus, o cara que sempre nos surpreende!

    ResponderExcluir

OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO!