quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eu Não Acredito em Igreja Emergente


Este texto eu retirei do blog do J. Mossad (http://blog.mossadstudio.com/), que escreveu uma opinião pessoal sobre a própria corrente que ele mesmo abraçou! Muito interessante, pois ele praticamente faz uma auto-crítica, postura essa que todos, aliás, deviam fazer. Confiram!

"A uns meses atrás eu escrevi falando que eu não acreditava em igreja underground, e pra falar a verdade meu pensamento ainda não mudou, fui levado a crer também que eu não acredito em igreja emergente, para aqueles que não sabem igreja emergente é um termo semelhante ao termo reforma. Não há unidade teológica, como não havia entre os diferentes movimentos reformadores protestantes.

Algumas pessoas concordam com a reforma, eu também concordo, porém o que eu posso fazer qual e minha parte nesse historia? O que me deixa triste nessa paranóia de igreja emergente é o desejo de mostrar que é emergente, o desejo de mostrar inconscientemente que existem meios de montar uma igreja reformada que seja diferente de uma maneira cool. Se você pegar os capítulos iniciais do livro “The Great Giveaway: Reclaiming the Mission of the Church from Big Business, Parachurch Organizations, Psychotherapy, Consumer Capitalism, and Other Modern Maladies” de David Fitch você vai entender que pensar em formas de ver saúde ou êxito de uma igreja local em vez de enfatizar igrejas grandes, ele mostra porque devemos pensar em “igrejas mais fiéis” em vez de as igrejas ficar buscando ser fábricas de produção de “conversões” em série essas igrejas deveriam ser comunidades locais que demonstram com formas práticas vidas de discípulos transformadas. Isso é um pensamento emergente? Não!!!!! Isso é a bíblia!!! Cara criamos rótulos para tudo e quando deixamos de estudar e viver a bíblia para começar a pensar algo novo através de livros corremos o risco de estar anunciando e fazendo as boas novas de Mclarens, Mcmanus, Bells, e outros que inspiram muitos a se tornarem emergentes e seguirem formulas novas para modificar a igreja adormecida no Brasil. Eu não acredito na igreja emergente como eu não acredito na igreja underground eu acredito com todo meu coração na igreja de Jesus Cristo, aquela igreja totalmente espontânea criativa inspiradora missional que faz o seu papel de anunciar as boas novas da maneira que deve ser, sem a nessessiade de eu deixar uma historia aqui no Brasil até porque se eu começo a deixar minha historia a historia de Jesus Cristo fica pra segundo plano.
Não acredito que pessoas que fazem coisas pra Deus devam dar credito a um nome “fiz isso porque sou emergente” cara isso é tosco demais, quando o Spencer Burke esteve na 242 ele contou que “Em um dia, a comunidade dele estava sendo expulsa de um parque por causa da interação deles com os mendigos. ‘Vocês não podem dar comida aos mendigos aqui; precisam de uma permissão’, falou o policial. Ele respondeu, ‘Nós não estamos alimentando os mendigos. Nós estamos fazendo um piquenique. Nós estamos comendo com eles.’” Cara imagina se isso não é o exemplo de ser um discípulo de Deus? Pra que então tentar fazer coisas grandes pra deixar uma historia maior do que a que Deus que para nós?
O que mais me preocupa no fato de pessoas se tornarem “emergentes” é o fato delas não terem equilíbrio sobre o bem e o mal. Coisas que antes de você não ser emergente era profano, hoje deixou de ser, não que seja, mas a falta de equilíbrio é algo que pode transformar um “pensador emergente” num herege de marca maior comparado a Darwin deixando ele apenas com um pensamento de tentar mudar não aquele pensamento de orar e mudar.
Tony Jones disse pelo Emergent Village algo gostosinho: “Não existe nada do tipo ‘essas são as crenças dos emergentes (ponha seu nominho aqui)’”. Para mim isto mostrar claramente uma característica do movimento emergente: a aparente ausência de crenças. Isso cai dentro do emergente e dentro das igrejas normais e até mesmo para a bíblia, quantas pessoas emergentes que acha que fazer certas coisas como, por exemplo, orar ou ter uma vida de oração não é cool, prefiro ficar lendo ou estudando ou pensando.
Eu não acredito em igreja emergente, nem líder emergente, nem comunidades emergentes, eu acredito em pessoas, igrejas, comunidade, que queira realmente fazer mais do que simplesmente louvar, cantar, pregar, dizer que O Brasil é do Senhor Jesus, cara ser de Cristo é bem mais do que isso. O centro da vontade de Deus é o lugar mais perigoso do universo e por isso eu não quero gastar meus dias correndo da vontade de Deus nem muito menos pensando lendo pegando formular, livros de fora e tentando brincar com pessoas sinceras que querem apenas IDE. Aliais pra aqueles que querem se tornar emergentes, o termo já morreu, está fora de moda, foi pra marte, já era, lá fora alguns dos principais pastores criativos já deixaram de usar o termo “emergente” e evoluíram o pensamento.
Eu acredito apenas em uma igreja que é a igreja de Jesus Cristo, onde fazemos coisas realmente apalpáveis coisas que pessoas possam tocar e sentir beneficiadas. Desculpem a todos os emergentes, agora são dois grupos que podem ou não me odiar, os emergente e os undergrouds."

O que mais me chamou a atenção neste crítica que ele teve a capacidade de dizer, sem medo, o que realmente acontece com o contexto dos "guetos evangélicos" e das igrejas ditas "tradicionais". Me sinto soberbo, por ele, pois ele faz uma crítica que eu também faço. A nossa diferença é apenas que estamos em contextos diferentes de igreja.

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