quarta-feira, 20 de julho de 2011

CARRENHO: UMA EXPRESSÃO SUECA DO LIBERALISMO

Carlo Carrenho, articulista da Cristianismo Hoje
e autor do artigo Direitos e Convicções
Por Demetrius Farias

Não é de hoje que vemos o constante processo de liberalismo teológico na fala e nos escritos de muitos líderes evangélicos no país. Este mesmo processo, que já começa a decrescer nos Estados Unidos, embora ainda permanece forte na Europa, fez o "favor" de enterrar a Igreja e o Evangelho na sepultura cultural e mental das pessoas nestas regiões do mundo, e de uns anos para cá, vem ganhando adeptos no Brasil com mais força. O Liberalismo, após destruir o Cristianismo Tradicional em algumas partes da Europa e da América do Norte, agora lança os seus tentáculos infernais em Terras de Cabral.

Este monstrinho ainda é um filhote, apesar de crescer com muita rapidez, como um cão. Contudo, mesmo presente em apenas poucos guetos e púlpitos, um cristão mais atento e dedicado ao estudo da teologia e da Sagrada Escritura, irá perceber a sua presença no discurso de alguns expoentes significativos de nosso povo evangélico. O cenários é cada vez pior, na verdade. Somados aos vendilhões da Teologia da Prosperidade, ao que advogam em causa própria, judaizando seus ministérios e se auto-intitulando sucessores dos 12 Apóstolos, e os adeptos da Missão Integral, que abraçaram o comunismo, estão agora os liberais, que de insignificantes, agora passam a ter mais voz, e gritam mais alto. Dentro desta perspectiva, fica difícil vislumbrar um futuro avivamento e crescimento saudável da Igreja de Jesus no Brasil, se nossa liderança é aliada a política partidária, impregnada de um espírito socialista e terreno, ao mesmo tempo materialista e vendida ao dinheiro, emergente, e judaizante.

Será que é uma revista que publica de tudo
de forma inconsequente?
Na regra desta miserável situação brasileira, algumas publicações evangélicas tem revelado seu lado mais Dark Side, ao permitir, ou mesmo promover, estas visões de mundo, principalmente quanto ao liberalismo e a versão protestante da Teologia da Libertação, a progressista Teologia da Missão Integral. Publicações como a revista Ultimato e a Cristianismo Hoje, tem dado espaço cada vez maior para estas pessoas, que periodicamente formam a opinião da "massa evangélica" do país. Um deles é o autor do artigo "Direitos e Convicções", Carlo Carrenho, que publicou mais um absurdo, muito comum ultimamente, na revista Cristianismo Hoje.

Carrenho, no que pese a sua negação da defesa do homossexualismo, postura no mínimo devida a qualquer cristão verdadeiro, no referido artigo, ele apresenta uma infeliz defesa da institucionalização do pecado. Li alguns artigos dele recentemente e deu pra perceber que ele é muito mais cheio de humanismo pós-moderno do que Cristianismo Bíblico, em sua forma de observar a sociedade em que vivemos. O autor teve uma estada curta na Suécia, onde louva o cristianismo ali vivido, como se fosse o paradigma correto do que é o viver cristão. Não posso afirmar que os seus 13 meses na Suécia foram o que firmaram em sua cabeça as convicções pouco escriturísticas sobre o cristianismo, mas ele importa para nós uma postura, que eu chamaria de "sueca". Pode-se observar o seu progressismo e liberalismo sutil, em um de seus artigos mais recentes, "Uma questão de lagom", onde escreve:
"Respeitar o outro é a essência do cristianismo. Por um ano, eu vi como quase todos os suecos mantêm viva a essência cristã do respeito ao próximo – apesar de pouquíssimos irem à igreja."
Neste artigo, ele afirma, em outras palavras, que a Igreja de hoje tem muito a aprender com a sociedade sueca, no que se refere a praxis cristã moderna. É, no mínimo, estranho defender esta afirmação, já que os suecos são hoje, uma das sociedades mais permissivas, imorais, seculares, e quanto ao cristianismo, apóstata - fato este, felizmente, reconhecido por ele. Em seu discurso eivado de um comunismo disfarçado, ele até distorce o texto de João 3: 11, argumentando o que hoje é uma das coisas mais valorizadas por esta sociedade hipócrita e dúbia, com seus valores mundanos: o "Politicamente Correto".

Das pragas de que mais me aborreço, é ver gente querendo dar subsídios bíblicos para perspectivas e visões de mundo nada bíblicas, ou que não tem nada relacionado a teologia cristã. Muito embora a questão da justiça social e a igualdade entre os seres humanos seja algo largamente encontrado na Palavra de Deus (vide a expressão "Olho por olho, dente por dente"), ela em nada se baseia, ou se aparenta com aquilo que hoje conhecemos como justiça social. Sua essência é outra.

Apesar de trazer uma crítica ao consumismo em detrimento daquele que não tem nada para "consumir", ele encerra seu pensamento em uma visão teológica errada do cristianismo, baseado em um exemplo mundano e fora do que é o padrão de Deus. Ele ovaciona a sociedade sueca como um exemplo admirável, por conta de uma palavra nobre do vocabulário sueco, que nem eles próprios seguem, ao contrário do que Carrenho propõe.

Carrenho erra feio em definir a essência do cristianismo como o "respeito ao próximo". Jesus nunca veio pregar o respeito ao próximo. As palavras de Jesus falam de outra coisa, falam do Amor - primeiro a Deus e em segundo aos demais. É sutil, mas o tal "Respeito ao Outro", se tomarmos por base outros artigos escritos por ele, está mais ligado a defesa de "direitos sociais", de uma sociedade jurídica e economicamente igualitária, do que propriamente o respeito verdadeiro a alma humana, advindo do Amor. O ponto de Carrenho não é outra coisa se não o que é "bom para a sociedade" e o convívio entre vizinhos. "Você aí, eu aqui, e vivemos todos felizes e em paz."

Ora se o resumo do cristianismo é o Amor, então sua essência é o próprio Cristo, e não o alegado respeito. É triste ver que ele compara o cristianismo verdadeiro a uma sociedade tão pervertida, distante de Jesus, distante da Igreja e sem compromisso com a santidade que, seus antepassados protestante, professaram.
Aliás, ao que parece, essa teologia sueca de Carrenho trata o respeito ao outro de tal forma que, parece a nós, proibitivo e anti-cristão denunciar o pecado e a institucionalização do mesmo, restringindo estas partes componentes da Proclamação do Evangelho a uma questão do foro íntimo (e olhe lá!).

Nesta abordagem, ele escreve o artigo que citei no início, defendendo os "direitos dos homossexuais", como se isto não fosse algo que atinge a Igreja e nossa sociedade negativamente. Carlo Carrenho, como se verifica em seus artigos, gosta de criticar o seu próprio povo, atribuindo-lhe uma ditocomia espiritualmente patológica, de que ele próprio sofre, ao afirmar que: o que ocorre na esfera político-social do Estado, não diz respeito a Igreja. Ora, se a razão da Igreja é a proclamação do Evangelho de Jesus na Terra e fazê-lo conhecido de todos, e por esta razão cumprir-se nela as promessa dadas por Deus a Abraão (Gêneses 12: 3), por que motivos Carrenho acha que a transformação do mundo, pelo poder do Evangelho, não atinge a esfera política e social que influencie até as instituições do Estado? Isso é estranho demais para alguém que se diz cristão, lembrando o fato que Deus, em toda a história de Israel e dos povos vizinhos, interveio por meio de seu povo, inclusive no Estado.

Carrenho começa "Direitos e Convicções" com uma infeliz declaração:
"No  dia 5 de maio último, minha melhor amiga recebeu uma ótima notícia: o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, em decisão unânime, a equiparação da união civil homossexual à heterossexual. Às vésperas de seu aniversário, ela não podia estar mais feliz por uma simples razão: minha melhor amiga é gay. E eu, como amigo, cidadão e até cristão, também fiquei feliz com a notícia. Sim, sou a favor da extensão de direitos civis a parceiros homoafetivos, e sou também a favor da legalização do casamento gay. Baseio minha posição em um conceito fundamental para qualquer nação ou sociedade saudável – a laicidade do Estado. E, felizmente, no Brasil, há separação explícita entre a Igreja e o Estado e uma absoluta liberdade religiosa. Como o Estado é laico, não cabe à Igreja tentar impor sua visão moral e religiosa à sociedade. Ela deve, é claro, lutar pelos seus direitos, pela sua liberdade de culto e de atuação; mas não deve impor suas ideias e ideologias aos outros por força de legislação."
Eu me questiono, para início de assunto: A quanto tempo esta "melhor amiga" de Carrenho, goza deste status com relação a ele? Ora, alguém, para que se torne um "melhor amigo", deve ter alguns privilégios e requisitos, dentre eles, a intimidade reservada a poucos e aos membros da família, confiança, uma profunda relação de amor fraternal, muito diálogo e tempo. Sei que é Deus quem transforma o ser, entretanto, é estranho demais perceber que a "melhor amiga" está comemorando a decisão nefasta do STF em equiparar união civil heterossexual com a homossexual, sendo ela lésbica e com a provável intenção de se "casar", entendam as aspas. Se esta suposta amiga usufrui de tempo, intimidade, confiança e uma profunda relação com Carrenho, qual o motivo desta mulher não ter sido influenciada pelo Evangelho até agora? Sinceramente, eu fico estarrecido ao ver que este articulista da Cristianismo Hoje, festeja com sua melhor amiga, que ainda caminha a passos largos para o inferno, uma decisão tão arbitrária e em detrimento do Poder Legislativo e da Constituição Brasileira, sem mencionar que é a institucionalização de um pecado que ofende diretamente a Deus. Ele se contradiz mortalmente em dizer que não concorda com a prática homossexual, quando aplaude e comemora a legalização de um dos componentes desta prática pecaminosa.

Carlo Carrenho faz tudo errado do que realmente deveria fazer. A despeito de dizer ser contra a homossexualidade, ele apoia e valoriza a sua institucionalização. Se, supostamente, a Igreja está errada em tratar do assunto diferentemente de como ele abordaria, então estamos perdidos. Mas eu me revolto em meu íntimo, ao ler suas palavras e, por Deus que me resgatou, tenho convicção de que, este homem, defende tudo menos o que é a sã doutrina. Meu espírito, se revolta neste instante, ao perceber que o artigo dele ganha projeção e agasalho na mente e coração de pessoas que são cheias de seu próprio "achismo", e pouco versadas e transformada pela leitura e absorção da Palavra de Deus. Para piorar, ele ainda defende o dito "casamento gay".

Como alguém que se diz cristão pode ficar feliz com a institucionalização do pecado? Até onde sei, o pecado, para ser cometido, não precisa de amparo legal algum de qualquer estado que exista, e isso sempre será reprovado por Deus. Mas para Carrenho quando este pecado se torna, por força de lei (que não existe, diga-se de passagem), direito civil oficial, coisa esta que nem mesmo Deus, acima de todo governo e entidade humana, jamais deu as suas criaturas, vide quando disse a Adão pela primeira vez a palavra "NÃO", isso deveria se tornar motivo de alegria para os cristãos - da estirpe dele.

Seu argumento é a famosa expressão, que virou doce na boca de uma minoria barulhenta e inconveniente, "Laicidade do Estado". Eu me surpreendo com este fato, pois isso é para ele, aparentemente, mais sagrado do que as afirmações da Bíblia sobre as condutas humanas. E neste momento que palavras de Pedro - "Antes importa obedecer a Deus do que aos homens" -  se perde no vácuo. É a teologia sueca mais uma vez, agora com sua pior face e com as presas a vista de todos, o liberalismo.

Não vou entrar na discussão sobre laicidade do estado, pois não é meu objetivo aqui, contudo, sou obrigado a fazer algumas observações:
1. Sim, o Brasil é um estado laico, expressamente em sua Constituição. Porém ele não é um estado laicista, característica vista apenas em países da antiga Cortina de Ferro, que não só cortava totalmente qualquer ligação gerencial da religião sobre os negócios do estado, como também a suprimia e combatia, com o fim de a extirpar da sociedade comunista, sobretudo no exemplo da experiência da Albânia, da China de Mao e na filosofia de alguns iluministas que, mesmo antes do comunismo existir, desejavam o fim do cristianismo;
2. É uma contradição defender a laicidade do estado brasileiro, sendo ele e suas instituições permeados pela religião, por meio de seus símbolos, na cultura e na crença do povo que o compõe e se define como tal. O laicismo não existe em um estado livre e democrático, embora este ainda possa ser laico, o seja, não professar fé alguma, e ao mesmo tempo defender a todas elas, que é a missão de um estado laico. A não interferência da religião no Estado é uma utopia da qual nem mesmo a Albânia, o primeiro país do mundo a arrotar o seu ateísmo oficial, pode praticar e viver. A própria adoção do ateísmo como filosofia do estado é uma contradição violenta, tendo em vista que ela serviu para o propósito da criação de um estado laicista, onde as pessoas eram "convertidas" à força ao ateísmo.

Carrenho escreve sobre erros terríveis e medonhos como, por exemplo, ao defender o "estado laico", afirmar que não cabe a Igreja impor sua visão moral e religiosa à sociedade. Também não gosto do termo "impor", mas se o estado só existe pela sociedade que a compõe, e esta é religiosa, e ainda, a Igreja está inserida nesta sociedade, como seria possível não pregar seus princípios e valores? Pelo argumento de Carrenho, a Igreja, então, deve se calar sobre tudo dentro da sociedade da qual faz parte, no que tange a moral e valores. A Igreja só pode se pronunciar sobre temas morais dentro dela mesma, e só.

É um absurdo! Carrenho propõe que a Igreja, abertamente, desobedeça a Deus, em prol da laicidade do Estado! Será que é preciso lembrar que a Proclamação do Evangelho, além das boas novas da vinda do Messias, do Plano de Salvação e do Perdão de Deus aos homens na Cruz, também inclui a revelação do Juízo Eterno, do Inferno e da Denúncia do Pecado? Que evangelho é este que Carlo Carrenho prega? Com certeza não é o Evangelho de Jesus Cristo.

Pela lógica carrenhesca, a igreja jamais deveria ter se pronunciado, no passado, por exemplo, contra a escravidão institucionalizada dos negros africanos. Será que as sociedades americana e britânica, ao passar pelos avivamentos dos séculos XVIII e XIX, que gerou conversões em massa e transformações sociais das quais até o Estado passou a assentir com o discurso Cristão, estavam erradas? Deus errou ao "desrespeitar" os "direitos dos viciados em álcool" de se alcoolizarem até cair pelas ruas, quando os donos de bares ingleses, convertidos a Jesus, fecharam seus estabelecimentos, e alguns governos decretaram "Lei Seca" em várias cidades, estados, condados e distritos, em prol da saúde do povo e o combate aos vícios? Será que Deus estava do lado deste "evangelho carrenhesco", ao derrubar, por meio do discurso da Igreja, leis que escravizaram e comercializavam os negros, como citei no início? Pelo princípio de Carrenho, parece que sim; a Igreja, na pessoa de William Wilberforce, não teria o direito de falar contra a Escravidão dos Negros,e influenciar o Parlamento Inglês a votar contra o escravagismo, resultando no Ato contra o Comércio de Escravos de 1807, modificando a sociedade para que aqueles fossem libertados e a Escravidão fosse abolida do Reino Unido e das suas colônias. Ora, ter um escravo, durante a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea, era, em alguns países europeus, garantido por lei. A escravidão, como se dava com os negros, para Deus, é algo tão pecaminoso quanto o homossexualismo e suas manifestações. Seria então um erro da Igreja ter lutado contra as leis de países que colonizaram o mundo, sobretudo a América, com o trabalho desumano de um escravo da época (os escravos na antiguidade eram infinitamente bem melhor tratados do que os negros o foram, e em Israel eles praticamente era assalariados e viviam dignamente)? Essa é a contradição de quem abraça o liberalismo. Pinta-se um ar de justiça, mas na realidade seu discurso é falso.
Carlo Carrenho parece que é desconhecedor dos fatos mais recentes. Ele acha que a Igreja quer impor, por força de Lei, os seus princípios. Parece-me que ele escreve com ignorância total do assunto, pois até onde se conhece, são os grupos que militam para a "melhor amiga" dele que querem aprovar o PLC 122, que cala a boca da igreja, e faz valer o princípio de Carrenho.

"Direitos e Convicções é um artigo cheio de "pérolas de sabedoria humanista", tais como as que generalizam a opinião de todos os evangélicos que discordam da decisão do STF e do PLC 122 como fruto de preconceito. É a pior conversa que se pode ter comigo: um argumento destes. É um tiro no próprio pé e espalhar o que Cristo junta.  Outra pérola é achar que evangélicos são felizes em defender, inclusive, a união estável entre héteros? Carlo tenta jogar este fato no colo dos crentes como se apoiássemos a institucionalização da fornicação, que se iniciou com a Lei do Concubinato". Só se isso ocorreu na igreja onde ele congrega, que deve ser progressista como ele, no mínimo.
Alegar que o estado religioso é um perigo para a democracia, como ele faz, é tapar os olhos para o fato de que esta máxima não é uma regra, e que os estados laicistas, sem exceção, cometeram as piores atrocidades contra os Direitos Humanos. Me dê, Carrenho, um exemplo de um estado laicista que não oprimiu seu povo. Pode dar? Imaginei que não.

O Exemplo de Everett Koop não respalda em nada a sua tese principal. Proteger as crianças e as família do, então, tremendo perigo de uma epidemia de AIDS, nos EUA durante os anos subsequentes a descoberta da doença, e sem precedentes. Ele não agiu com laicidade, ele agiu como cristão que era, pois se deixasse que os homossexuais se contaminassem com o vírus HIV, sabendo que eles eram um forte grupo de risco e que em nada se guiavam pela moral bíblica, então ele seria cúmplice nas futuras mortes de seres humanos. Seu maior trunfo, foi a educação, e não a distribuição de preservativos, embora eles tenham sido de extrema necessidade e importância. Nenhuma moral bíblica seria agredida com isso, e nem estaríamos sendo coniventes com o pecado. Aliás, nunca a igreja deixou de alertar contra o perigo que a conduta homossexual passou a representar para os não-crentes, principalmente após o fato deste que os grupos gays passaram a ser estudados como um forte grupo de risco, pela sua conduta. Everett Koop não propôs nenhuma lei que institucionalizasse o pecado. Ele salvou vida, o que é bem diferente, respeitando o outro e alertando sobre os perigos de uma vida promiscua. A frase de Koop, “Você pode odiar o pecado, mas tem de amar o pecador”, sempre foi, e sempre será uma verdade em toda igreja cristã seriamente comprometida com Deus, tanto que já até virou um jargão. Esse Carrenho parece que mora em outro planeta, confundido tempos, contextos e modos. Koop tratou de consequências do pecado, e não do apoio a condutas nocivas.

Nunca se obriga a ninguém ter uma vida e conduta moral de um cristão sincero, e não é isto que se está pedindo ao Brasil por parte dos evangélicos. O que não queremos e não aceitamos, é que meu país seja favorável, em suas leis, ao pecado, distorcendo a família, e cerceando o direito de manifestação dos que assim discordam daqueles que se inflamam na sedução homoerótica. Se os gays querem fazer suas Paradas do Orgulho, que façam; se foram agredidos fisicamente na rua, seremos os primeiros a defendê-los nos tribunais como testemunhas; se forem discriminados em seu trabalho por serem homossexuais, eles têm o direito de exigir o respeito a eles devido; se foram mal recebidos e mal tratados em ambientes públicos, que sejam defendidos; se quiserem deixar herança para seus parceiros, que façam um contrato em cartório, que é legal; mas não venham destruir a família e calar a boca daqueles que discordam do estilo de vida destrutivo que tomam para si.

Em suma, o que Carlo Carrenho quer é que amemos os gay, mas sem dizer uma palavra sobre seu estilo de vida. este amor é falso, pois ele fecha os olhos para o erro,quando é nosso papel denunciá-lo. Cristianismo não é humanismo e nem humanista, nem se baseia em seus valores. Antes, ele é baseado na verdade e está solidificado na revelação de Deus ao homem. A Palavra é soberana e maior que qualquer direito humano. Tolerar o pecado não é uma prática cristã, nem dentro e nem fora da Igreja. O amor cristão jamais é omisso quanto ao pecado.

Enquanto sua "Melhor Amiga" está chafurdando na lama do pecado, e você comemorando com ela, Carlo, eu lamento e choro pelo destino dela, pela escravidão em que vive, em grilhões do inferno, e pela sua falta de amor em atuar como um agente de Deus em seu resgate. Parece que Carrenho não lê a Carta de Tito, no capítulo 1: 9 -11, quando Paulo orienta sobre a escolha dos presbíteros para a Igreja em Creta:
"Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância."
Não admito a contemporização destes absurdos pregados hoje em dia em nossa sociedade, e que isso seja sinônimo de amor cristão. É absurdo! Acima de tudo, sou cidadão do Céu, e o Reino de meu Pai não é este estado laico que Carrenho gosta. Minha cidadania maior está ligada a Cristo e a sua Verdade, e é por ela que defenderei a cidadania terrena, em um país onde vivo, e que, se for da vontade de Deus, será de acordo com o que se espera do que seja o "BOM HOMEM!" Quem amou o pecador mais do que o próprio Senhor Jesus? No entanto ele disse a Mulher flagrada em adultério: "Vai e NÃO PEQUES MAIS!"

Para fins de conversa, pergunto: Carlo Carrenho, o que você quer dizer com: "LEITURA TRADICIONAL DA BÍBLIA"? Existe alguma outra leitura que se possa fazer? Algo, digamos, alternativo, progressista, mais light? Isso me cheira a progressismo e liberalismo, e só confirma o tipo "sueco" de cristianismo que você propõe.

5 comentários:

  1. Sua análise sobre o que escrevi é bastante equivocada. Não defendo o crisitanismo sueco (aliás, o que é isso?) nem institucionalização do pecado. Defendo a liberdade individual e direitos humanos básicos, como a liberdade. Mas a única coisa que realmente me irritou em seu texto foi você não saber meu nome correto apesar de ter dedicado tanto tempo a escrevê-lo.

    Carlo (Sem S) Carrenho

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  2. Uma de minhas melhores amigas é transexual. E eu sou evangélico. Eu já disse a ela abertamente que minha formação bíblica leva-me a considerar pecaminosa a sua condição. E ela já me disse que eu sou um dos únicos crentes que ela já conheceu que não a condenam pelo que fez. Somos amigos e nos respeitamos. Eu saúdo a possibilidade jurídica que ela teve de fazer sua mudança de sexo não apenas fisicamente, mas legalmente (hoje, ela tem identidade de mulher). Ou seja, acredito que sua condição desagrada a Deus, mas isso não impede que eu concorde com o fato de ela não mais precisar ser humilhada e motivo de escárnio quase toda vez que fazia um crediário ou era obrigada a identificar-se. Outro dia, ela perguntou-me como seria recebida em minha igreja, caso aceitasse um dos vários convites que já lhe fiz. Não soube responder. Apenas tenho tentado tratá-la com o Amor descrito pelo Demetrius - o mesmo Amor que, certamente, nutre a relação do Carlo (sem S) com a melhor amiga dele.

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  3. Opção sexual não é uma questão de influência ou de aprendizagem. É uma escolha de um objeto de amor que se refere a vida amorosa de uma pessoa e não interfere na de ninguém. E essa escolha será feita independente de existirem "contras ou a favor". O mais importante é que possamos educar nossos filhos para que eles saibam respeitar o outro
    Se a homossexualidade é um pecado divino, por que existem animais homossexuais?! Eles também possuem o livre arbítrio?!

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  4. Tem cada coisa que leio na internet que dá vontade de rir.

    Você por acaso tem algum tratado em psicologia, ou em sociologia, ou mesmo em teologia para falar de influências, processos de aprendizagem, educação familiar e teorias de personalidade, para falar o "que é" e o "que não é"?

    Você, por acaso, pode informar o nome do pesquisador biólogo ou zoólogo, que publicou a pesquisa que afirma que os animais são homossexuais? Você acredita mesmo que animais possuem capacidade de processar pensamento em nível superior, como os seres humanos???

    É cada asneira que leio aqui!!!!

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