Feliciano merece um derrame, segundo pastor presbiteriano
Por Julio Severo
“É engraçado, me perdoe a indelicadeza, heresia e falta de modéstia, mas as vezes acho que se eu fosse Deus eu faria melhor do que Ele, vejam se concordam comigo... Colocaria o pastor [Marco Feliciano] para ter derrame.”
Alguns poderiam apontar para essas palavras e dizer: “É um pai-de-santo!” Outros: “É um bruxo!”
Quase isso. Essas palavras foram exprimidas, em seu blog pessoal, pelo Rev. Marcos Amaral, que também disse que se fosse Deus, daria a vida a quem ele acha que precisa. Ele declarou: “O Hugo Chávez, por mim, estaria vibrante e símbolo da esperança de uma América Latina sofrida e cansada de espólio e enganos dos oportunistas patrícios ou gringos.”
Ele não está sozinho na admiração a Chávez. Recentemente, Ariovaldo Ramos, líder da Teologia da Missão Integral, disse: “O melhor que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o mundo ficou melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!”
Como Amaral, Ramos também discorda de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados.
Os dois não são bruxos. Mas sua paixão por Hugo Chávez mostra sua inclusão na irmandade esquerdista universal. Se todas as esquerdas admiram Chávez, Amaral e Ramos não podem ser diferentes. Se todas as esquerdas querem Feliciano fora da CDH, Amaral e Ramos não querem sair do padrão ideológico.
Até onde se sabe, os dois não são bruxos. Mas um deles, Amaral, anda tranquilamente com bruxos. Numa manifestação recente contra Feliciano, Amaral se uniu a artistas e pais-de-santo para exigir a renúncia do pastor assembleiano.
O Rev. Marcos Amaral não é um pastor qualquer. Segundo informações de seu blog pessoal, ele atualmente preside o Presbitério de Jacarepaguá e o Sínodo da Guanabara da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB).
Seu envolvimento com pais-de-santo vem de anos de alianças e trabalhos conjuntos, principalmente com o pai-de-santo Ivanir dos Santos.
Pai-de-Santo Ivanir dos Santos |
Em 2009, o pai-de-santo Ivanir, com o patrocínio direto do governo Lula, participou de uma conferência da ONU para denunciar os evangélicos do Brasil. Ivanir, que representa o candomblé, lidera uma campanha governamental de “combate à intolerância religiosa.” Essa campanha conta com o apoio de seu fiel aliado: o Rev. Amaral, que já foi denunciado várias vezes, durante anos, no meu blog. Amaral, que já demonstrou ter horror às igrejas neopentecostais, parece não ter o mesmo sentimento quando luta lado a lado de pais-de-santo nas campanhas governamentais contra o preconceito e a discriminação às religiões afro-brasileiras.
Ao desejar um derrame para Feliciano, Amaral espelha muito bem os desejos de um bruxo.
Ele é um bruxo? Não sei.
Mas me lembro de um caso famoso. Thomas Weir (1599-1670), um pregador presbiteriano escocês, escondeu durante décadas que era satanista. Esse caso, de séculos atrás, deu origem ao best-seller sobre Jekyll e Hide.
O caso Jekyll e Hide, ainda que de modo figurativo, demonstra que os satanistas podem ocupar o púlpito de igrejas evangélicas sem que muitos não desconfiem de nada.
O perigo maior está em evangélicos que têm a aparência teológica impecável de Weir, escondendo todo traço de satanismo.
No caso do Rev. Marcos Amaral, as aparências falam até demais, e não deixariam ninguém surpreso se descobrissem que há um Jekyll nele.
Ele era para ter sido removido da liderança na IPB anos atrás, mas não se sabe por que ele tem sido beneficiado com uma estranha impunidade eclesiástica. Será que outros líderes são maçons demais, ou negligentes demais, para confrontá-lo e puni-lo?
Ou vão esperar que ele se torne um pai-de-santo para fazer um despacho de derrame para Feliciano?
Fonte: www.juliosevero.com
NOTA: Tem horas que me envergonho de ser presbiteriano. Acho que um dos princípios que aprendemos de Cristo e da Santa Escritura é que nossas palavras devem ser coerentes com nossa conduta. Marcos Amaral parece seguir este princípio, mas às avessas. Ele consegue ser coerente com suas convicções pessoais (pelo visto), entretanto parece fazer questão de ser visto na sua incoerência bíblica. Eu não tenho dificuldade alguma de chamar ao Pr. Marco Feliciano de "Irmão em Cristo", mas alguns "evangélicos", inclusive na igreja que congrego, por ignorância ou por engano do inferno, o reputam por inimigo.
Todavia ainda que Marco Feliciano fosse um inimigo da cruz de Cristo, jamais eu deveria lançar uma palavra de maldição contra ele, mas sim orar por ele (Mt. 5: 43 - 45; Rm. 12: 14). Mas este tal Rev. Marcos Amaral, não parece seguir este ensinamento. Seu desejo íntimo é um derrame para seu inimigo e vida e saúde para os verdadeiros opositores do evangelho. Ora, para quem anda de mãos dadas com feiticeiros e bruxos politeístas, nada mais coerente do que isso - praxe de qualquer um que pratique feitiçaria, amaldiçoar desafetos com "pragas" e "trabalhos".
É inegável que o verdadeiro evangelho de Cristo já passou de quem coa a carapanã e deixa passar o anta, ou seja, esbraveja e amaldiçoa quem tem divergências teológicas dentro de sua própria casa, mas abraça e apoia a causa de quem nega o único e verdadeiro Deus, servindo e proclamando as muitas divindades africanas, que nada são.
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