Por Julio Severo
Em artigo recente intitulado “A democracia está no caminho do meio,” o Bispo Robson Rodovalho diz que a função do Congresso Nacional é “debater e fazer dos dissensos consensos; das posições mais antagônicas, acordos.”
O debate é um recurso usado por socialistas em governos democráticos para alcançar seus objetivos.
Quando a ditadura socialista é implantada, o debate termina. Por isso, Vladimir Ilich Lenin disse: “Democracia e socialismo são inseparáveis.”
Os primeiros líderes políticos dos EUA não gostavam do sistema democrático. O presidente John Adams (1735-1826) disse: “Lembrem-se: a democracia nunca dura muito. Sem demora causa desperdícios e esgotamentos, matando-se.”
Benjamin Franklin (1706-1790) disse: “A democracia é dois lobos e um cordeiro votando no que ter para o almoço.”
Como se já não fosse suspeito o suficiente o sistema democrático ser louvado e apontado pelas esquerdas desde Lênin como o caminho certo para a ditadura socialista, o que mais ajudaria a pavimentação desse caminho do que líderes cristãos apelando para um “caminho do meio” com a desculpa de que todos têm o livre arbítrio?
Rodovalho disse: “Foi o Senhor Jesus Cristo quem disse que Deus, nosso Pai, dá o livre arbítrio a todos as pessoas (Mateus 5:45). Mas as escolhas de uns não podem ser impostas aos demais sem antes negociarmos com os diferentes segmentos nos foros apropriados, sob pena de construirmos novamente uma sociedade com o amálgama da intolerância.”
Quando a maioria, sob manipulação ou não, escolher o aborto e o homossexualismo, seremos tachados oficialmente de intolerantes. Nesse ponto, o que devemos fazer? Amaciar nossas posturas, sentar em cima do muro ou escolher o caminho do meio para evitarmos o rótulo de intolerantes?
Se a sociedade, sob manipulação das esquerdas, aceitar a pedofilia, teremos, em nome do livre arbítrio, de desviar nossos olhos dos milhares de crianças que encontrarmos sendo estupradas? Teremos de fechar os olhos para os milhares de crianças em gestação sendo mortas em hospitais?
Finalizando seu artigo, Rodovalho comenta sobre o caso Marco Feliciano: “Cabe à Câmara, que pavimentou a estrada para esse impasse, garantir uma saída democrática. E urgentemente, sob pena de falhar em seu objetivo maior, que é o de ser o foro para a construção do consenso possível no país. Da mesma forma, é fundamental que os deputados que compõem a CDH, e não só Feliciano, saiam de posições radicais e achem o caminho do meio, que é o de Deus; o caminho do diálogo, com interlocutores à direita e à esquerda. Sem imposições, só negociações. De parte a parte.”
As posturas de Feliciano contra o aborto e o “casamento” gay são corretas. Poucos são hoje os políticos que têm a coragem de assumir tais posturas. Por que então Rodovalho tenta enfraquecer alguém com tais posturas?
Todas as esquerdas seculares e evangélicas se levantaram contra Feliciano. Por que ajudá-las? Por que fortalecê-las?
Um dos maiores líderes evangélicos esquerdistas do Brasil já se levantou contra Feliciano. Por que ajudá-lo? Por que fortalecê-lo?
Se Rodovalho tivesse criticado a incoerência de Feliciano, que defende seu partido como um partido a favor da família, eu entenderia. O secretário nacional do Partido Social Cristão (PSC), Antonio Oliboni, é a favor do “casamento” gay. Há outros ativistas gays dentro do PSC. Nessa questão, Rodovalho poderia, como cristão, repreender Feliciano por elogiar tanto seu próprio partido, que não é tão bom assim e não merece tanto apoio assim.
A postura de Rodovalho também está equivocada, na minha opinião, ao usar Gandhi como referência “democrática.” A esquerda evangélica adora fazer isso. Mas vale a pena? O jornal esquerdista Huffington Post tem uma matéria que mostra Gandhi como homossexual e racista.
Gandhi não gostava de negros, por motivos puramente raciais. Ele dormia com jovens adolescentes, como teste para vencer suas tentações. E não compreendo a razão por que colocar o exemplo político dele como modelo e referência, já que a independência que ele conquistou para a Índia produziu um banho de sangue, não por parte dos ingleses, mas por parte do próprio povo da terra dele. A independência que ele obteve trouxe uma onda de assassinatos, estupros e pilhagem jamais vista antes na história da Índia.
Esse é o “caminho do meio” de Gandhi a que temos de aspirar? Quer dizer que precisamos nos preparar para ondas de estupros, assassinatos e pilhagens? Quer dizer que temos de ter o racismo e homossexualismo de Gandhi como referência? E depois ainda no final teremos, como resultado de nossos esforços democráticos, de colher uma ditadura socialista pró-aborto, pró-homossexualismo e pró-pedofilia?
Rodovalho é pastor. Todo pastor deveria saber que o papel dos filhos de Deus nos últimos dias, conforme apontado pelo livro do Apocalipse, é fazer resistência ao sistema satânico do Anticristo. Tudo vai piorar, por mais que escolhamos ficar em cima do muro ou trilhar por caminhos que ficam no meio — no meio do inferno, vale dizer.
Nossa postura deve ser a de resistência profética.
Quando Rodovalho e outros pastores tentaram o caminho do meio apoiando Lula em duas eleições presidenciais, o que ganhamos foi um governo obcecado com o sexo anal dos homossexuais e com o sacrifício de bebês em gestação por meio do aborto.
Depois, tentaram o caminho do meio apoiando a eleição de Dilma. Não é o suficiente? Ainda não nos cansamos desse maldito caminho do meio, desse caminho dos mornos, desse caminho de morte, desse caminho que leva à ditadura socialista?
Há outro motivo mais forte por que nós, cristãos, não deveríamos aceitar o caminho do meio:
“Conheço as tuas obras, sei que não és frio nem quente. Antes fosses frio ou quente! E, por este motivo, porque és morto, não és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” (Apocalipse 3:15-16 KJA)
É preferível o caminho estreito do que o caminho dos mornos.
É preferível ouvir, da boca dos intolerantes, que somos intolerantes do que ouvirmos da boca do Senhor Jesus Cristo que somos mornos.
Fonte: www.juliosevero.com
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