Juiz federal entende que mensagem de Malafaia não foi contra o homossexualismo, mas contra ofensa da Parada Gay aos símbolos católicos
Por Julio Severo
O Pr. Silas Malafaia, presidente e fundador da Igreja Assembleia Vitória em Cristo, experimentou vitória contra ações do Ministério Público Federal incitadas pela ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros), a maior organização homossexual do Brasil.
No entender da ABGLT, Malafaia incitou violência e ódio aos homossexuais quando disse: “É para a Igreja Católica ‘entrar de pau’ em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender”.
A declaração forte de Malafaia, feita em 2011 em seu programa de TV, veio em resposta à profanação de imagens católicas que ocorreu durante a Parada Gay de São Paulo daquele ano.
A ABGLT pediu punição para o pastor e para a rede de televisão que transmite seu programa. Um procurador atendeu à incitação da ABGLT e, desde então, Malafaia ficou na mira do Ministério Público Federal.
A questão era: Malafaia pregou ou não violência aos homossexuais? Ele pregou ou não contra o homossexualismo?
Na interpretação do juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, Malafaia não pregou nem violência nem contra o homossexualismo.
O juiz Victorio declarou: Malafaia “não se dirigiu a uma condenação generalizada através de um rótulo, ao homossexualismo, mas, ao contrário, a determinado comportamento ocorrido na Parada Gay… no emprego da imagem de santos da Igreja Católica em posições homoafetivas”.
Sendo assim, o juiz deu vitória ao pastor assembleiano, por entender que sua indignação e atitude forte não foram contra o homossexualismo, mas contra uma ofensa específica da Parada Gay contra a Igreja Católica.
Aparentemente, o juiz só viu a parte onde Malafaia condena energicamente a profanação anti-católica, pois ao isentar Malafaia de culpa por não fazer “uma condenação generalizada através de um rótulo, ao homossexualismo”, o juiz deixou claro que se Malafaia tivesse feito tal condenação generalizada ao rótulo homossexualismo, aí sim haveria algum problema.
E se o juiz assistisse aos outros programas de Malafaia onde, com base na Bíblia, ele deixa claro que todo e qualquer tipo de homossexualismo é pecado?
Pelo fato de que o pastor assembleiano defendeu a Igreja Católica de uma profanação de suas imagens santas — e a inviolabilidade do culto religioso é assegurada pela Constituição, tornando crime a homoerotização dos santos católicos feita na Parada Gay —, o juiz não teve alternativa senão cumprir o que já está determinado na Constituição. É tristemente evidente, porém, que nem o juiz nem o MPF em nenhum momento cogitaram de tratar de punição para os autores da profanação.
É evidente também que tudo o que chegou ao conhecimento do juiz foi a reação de Malafaia à profanação aos santos católicos.
Paira no ar, pois, a dúvida do que o juiz faria se chegasse até seu tribunal o conhecimento de que Malafaia citou uma “condenação generalizada ao rótulo homossexualismo”, como:
“Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher; é repugnante”. (Levítico 18:22 NVI)
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar:… nem homossexuais passivos ou ativos… herdarão o Reino de Deus”. (1 Coríntios 6:9,10 NVI)
O que o MPF e os juízes federais farão quando perceberem que a mensagem cristã, quando verdadeiramente baseada na Bíblia, condena sem rodeios os atos homossexuais em si?
Aliás, há o famoso caso, ocorrido em agosto de 2011 em Ribeirão Preto, da Igreja Evangélica Casa da Oração, que pagou para a publicação das seguintes passagens da Bíblia em outdoors:
“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável.” (Levítico 20:13 RA)
“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” (Romanos 1:26-27 RA)
“Portanto, arrependam-se e voltem para deus, a fim de que ele perdoe os pecados de vocês.” (Atos 3:19 BLH)
O pastor Antônio Hernandes Lopes, responsável pela colocação dos versículos bíblicos nos outdoors, declarou para a Folha de S. Paulo que não teve intenção de ofender ninguém. “Apenas pus a Palavra de Deus que está na Bíblia.”
Mesmo assim, de forma autoritária, os outdoors foram removidos. Desde então, as autoridades continuam ameaçando a igreja que ousou dar testemunho público do que está patentemente registrado na Bíblia.
Talvez apenas por causa de suas importantes conexões políticas, Malafaia obteve uma vitória num capítulo interessante, mas a novela politicamente correta de uma sociedade obrigada a engolir a obsessão gay está longe de terminar.
Fonte: www.juliosevero.com
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