quarta-feira, 2 de maio de 2012

O ISLÃ NO BRASIL E NO OCIDENTE

Por Magno Paganelli


O Islã vem aí; a bem da verdade já chegou. O avanço islâmico para o ocidente usa a mesma estratégia do Cristianismo quando faz missões. Os estrategistas islâmicos acreditam que o próprio Allah, prevendo a necessidade de fundos para financiar o avanço missionário muçulmano, confiou as reservas mundiais de petróleo às nações muçulmanas. 1

O espaço disponível aqui para esta questão da expansão islâmica é pequeno. No entanto, quero destacar alguns pontos-chave que indicam a mobilização islâmica neste sentido.

O Islã tem disposto não de um, mas de três meios pelos quais demarca o seu território nos países ocidentais: imigração, conversão e natalidade. Em todos os países da Europa e nos Estados Unidos a população árabe muçulmana imigrante cresceu, além dos descendentes nascidos nessas regiões.

Na Inglaterra. Nos últimos 30 anos a população muçulmana cresceu de 28 mil para 2,5 milhões de pessoas. Na França em 2008 eram 5 milhões. Na Holanda, 50% dos recém-nascidos são crianças muçulmanas. Na Bélgica, 25% da população e 50% dos nascimentos é de muçulmanos. O Governo daquele país declarou que em 2025, um terço dos recém-nascidos na Europa será de famílias muçulmanas. Declaração semelhante foi feita pelo Governo Alemão, que disse prever a Alemanha como um país muçulmano até 2050.

Os muçulmanos já veem esses sinais. O recém-assassinado General Kadhafi disse:
"Há sinais de que Alá garantirá vitória ao Islã na Europa sem espadas, sem armas, sem conquistas. Não precisamos de terroristas ou bombas homicidas."
É esperado que os mais de 52 milhões de muçulmanos que vivem na Europa dobre sua população em até vinte anos. Nas Américas os números não são diferentes. No Canadá o crescimento populacional total registrado entre os anos 2000 e 2006 foi de 1,6 milhão, sendo que 1,2 milhão foi de imigração. Nos Estados Unidos a taxa de fertilidade é de 1,6 filhos e chega a 2,11 somente se somada à imigração latina. Em 1970 havia 100.000 muçulmanos nos Estados Unidos, hoje há 9 milhões.

Fieis no centro de Paris. Mesquitas já não comportam a todos e centenas rezam do lado de fora.

Por conta disso, mesquitas têm sido construídas nos principais centros que antes eram referência para os cristãos. A Mesquita de Roma, uma afronta o Vaticano na terra do Catolocismo e uma Mesquita em Genebra, no marco do Protestantismo. Mas em Meca, um cristão não pode nem mesmo aproximar-se da mesquita principal. Mas a ousadia islâmica nunca foi tão longe como nos Estados Unidos, onde líderes islâmicos anunciaram a intensão de construir uma mesquita e um centro de cultura islâmica em rua próxima ao Marco Zero. O Conselho Municipal de Manhatan aprovou a sua construção e o Presidente Obama manifestou-se favorável. As famílias das vítimas dos atentados mostraram-se incorformadas.

Enquanto os protestos contra novas mesquitas em Nova Iorque, Tennessee e Califórnia ganharam as manchetes, o número total de mesquitas cresceu em silêncio, subindo de 1.209 em 2000 para 2.106 em 2010. 74% de crescimento em dez anos.

Essas estatísticas apontam, ainda, noutra direção além do seu valor ou desdobramento no que tange à questão da cultura. Há implicações econômicas, por exemplo. Enquanto a população economicamente ativa diminui, a população idosa aumenta. A Grécia, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos revelaram nesta década os efeitos dramáticos desse modelo. A força de trabalho ativa não conseguiu sustentar o número de aposentados em função do desequilíbrio entre os trabalhadores ativos e inativos. É inevitável que num cenário assim a economia seja posta nas mãos de quem detém a força de trabalho, no caso, muçulmanos com sua numerosa população.

Na Conferência de Chicago, dezenas de nações islâmicas se reuniram para discutir a islamificação da América através de meios como o jornalismo, a política e a educação.

A América Latina também tem números expressivos de muçulmanos. No Brasil a população estimada é de 1,5 milhão. Somente no Estado de São Paulo os muçulmanos são 400 mil. Na tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai, há um grupo radical islâmico. Um muçulmano xiita da região converteu-se e passou a frequentar a comunidade metodista. Logo houve ataques, agressões e ameaças contra esse irmão e seu pastor. (2)

No mais, a estratégia para basear-se na América do Sul é a mesma. Aumentar a população, influenciar na política e na educação. O primeiro ponto já está em andamento por aqui. O segundo também. Na Inglaterra já há um partido islâmico e eles já aprovaram leis voltadas para a sua comunidade. O Brasil não fica atrás. Em 1998 ocorreu um Congresso Islâmico em São Bernardo do Campo (SP) com 147 representantes de diversas sociedades islâmicas do país. O congresso deliberou pela criação de uma comissão provisória com vistas à criação de um partido. (3)

Em 2011, o Deputado mineiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Miguel Corrêa apresentou (em 06.07.2011) a PL 1780/11 que altera a Lei nº 9.394 (de 20 de dezembro de 1996), a chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “cultura árabe e tradição islâmica” e dá outras providências. Esta PL 1780/11 foi retirada da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, mas não nos esqueçamos do que ocorreu com a PL 122, a PL da Homofobia, que mesmo depois de sua retirada da Mesa foi desarquivada com força ainda maior pela Senadora Marta Suplicy, do mesmo Partido dos Trabalhadores, e ganhou forte expressão nacional. Não pense o leitor que o fato de a PL 1780/11 não constar da pauta, que a questão está encerrada.

A presença nas instituições de ensino não é um mecanismo novo. Nos Estados Unidos as lideranças islâmicas já ocupam consideráveis espaços nas escolas secundárias, bem como em universidades. A proposta às reitorias e juntas diretivas é feita em face à necessidade de fornecer um departamento de estudos islâmicos no campus. A universidade cede o local e todo o recurso necessário é fornecido pelo Islã. Mulás são indicados para ensinarem, a fim de que haja garantia de que o Islã será bem representado. Isso também ocorre entre a comunidade local por meio das próprias instituições islâmicas já estabelecidas na sociedade, não apenas nos centros de educação.

No Brasil, há dezenas de instituições espalhadas por todo o território. Segundo o Centro Islâmico no Brasil, são dezessete mesquitas, doze centros culturais, vinte e três federações, assembleias e sociedades, cinco escolas e dois cemitérios. Se tudo isso parece novo para você, é bom começar a acostumar-se com a presença islâmica em nosso meio. O problema é quando começarem manifestar a imposição das suas leis em nosso país, até agora dito “de tradições cristãs”.

O esforço concentra-se também na publicação de obras em língua portuguesa. “O Islamismo tem se esmerado em atacar as doutrinas cristãs através de regulares publicações. Entre os vários livros cujo propósito é desacreditar as doutrinas cristãs, temos conosco alguns publicados em português no Brasil com este propósito. Entre eles destaco A Bíblia, o Alcorão e a Ciência por Dr. Maurice Bucaille. Há outros livros que se opõem as doutrinas cristãs como O Islam e o Mundo por Abul Hassam Annaduy e Islam e Cristianismo por Ulfat Aziz Assamad e Islamismo Mandamentos Fundamentais por Mohamad Ahmad Abou Fares. São apenas alguns exemplos (há muitos outros títulos publicados) do que já há em português publicado pelo Islamismo para atacar e desacreditar o Cristianismo”. (6)

A diversidade étnica e a liberdade de culto no Brasil são públicas e notórias; nem por isso vemos as comunidades de alemães e de italianos no sul do país, ou de orientais e italianos no Estado de São Paulo, fazendo lobbies para que sejam criadas leis específicas para eles. Imigrantes que chegam aqui convivem harmoniosamente há séculos com os nossos padrões e as nossas leis. Por que haveria de mudar agora?

A pluralidade religiosa brasileira bem que podia servir de exemplo para países e comunidades muçulmanos, o que definitivamente não ocorre. Vemos, isso sim, perseguição, mortes, condenações, incêndio a igrejas e muito mais. Seria bom, se de fato o Islã é uma religião da paz, que a cada instituição implantada aqui, uma igreja ou seminário também fossem abertos por lá, sem riscos à vida de quem quer que seja. Infelizmente sabemos que isso não acontecerá.


Este artigo foi extraído e adaptado do livro Islamismo e Apocalipse, de Magno Paganelli (Arte Editorial, 2012). É usado com autorização e pode ser reproduzido desde que citada a fonte: http://arteeditorial.net.br/web/

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