Ricardo Gondim já se tornou uma figura polêmica no meio evangélico brasileiro e já está se tornando cada vez mais indigesto a cada declaração que faz na internet ou em suas pregações. Nos últimos anos, ele vem fazendo uma série de afirmações que têm chamado a atenção de muitos pastores e líderes cristão para o que seria um nítido afastamento de Gondim das doutrinas mais ortodoxas do cristianismo para um viés mais liberal.
Para quem não o conhece, Ricardo Gondim Rodrigues é pastor e teólogo brasileiro, presidente nacional da Assembléia de Deus Betesda, conferencista de renome e presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, sendo um autor premiado de vários livros e artigos. É colunista em alguns meios de comunicação e apresentador de um programa de rádio. Recentemente ele foi desligado da publicação evangélica Revista Ultimato e tem comentado alguns temas abordados na série televisiva Sagrado, apresentado na Rede Globo e no Canal Futura.
Eu não quero difamar Ricardo Gondim, mas não seria possível para mim o silêncio diante de fatos grotescos quanto a este homem. Meu intuito aqui é mostrar como Ricardo Gondim tem deixado a sã doutrina em prol de uma filosofia liberal e como suas declarações demonstram este progressivo distanciamento de verdade bíblicas.
Que o "Ricardinho" sempre foi um pastor polêmico, isso não é novidade. Quando foi pastor da Assembleia de Deus, escreveu o livro "É Proibido: o que a Bíblia permite e a Igreja proíbe" (1998), questionando e quebrando muitos paradigmas intocáveis no meio evangélico, sobretudo na sua própria denominação, quanto a usos e costumes. Contudo, embora até aquele momento seus escritos eram admirados e recomendados, as coisas começavam a sinalizar que Ricardo Gondim flertava com o "Erro".
Tudo começou a ganhar mais notoriedade após os eventos ocorridos com o tsunami que varreu o Oceano Índico em 2004. Ricardo Gondim, em correspondências de e-mails trocadas com o Pr. Eros Pasquini, disse:
"(...)Confesso que já tentei, mas cheguei à conclusão que não há nenhuma força persuasiva no universo que me convença desses argumentos. Não aceito que Deus, para alcançar seu propósito, produza um sofrimento brutal em tanta gente miserável, que não pediu para nascer na beira de uma praia paupérrima. Outros argumentam que Deus não pode ser responsabilizado por um holocausto, pelos simples fato de que não foi Ele quem colocou as pessoas pobres naquela situação de extrema miséria. Esses afirmam que embora Deus já soubesse todos os desdobramentos do terremoto, não fez nada, porque queria manifestar sua glória a um mundo rebelde. Será que a glória de Deus custa tão caro? Meu coração continua insatisfeito.
Acredito que diante duma tragédia dessa magnitude precisamos repensar alguns conceitos teológicos. Por exemplo: o que significa a palavra Soberania; o que se entende por Onipotência? Conceitos como esses significam o quê dentro dos paradigmas das ciências sociais pós-modernas? Será que não estamos insistindo em ler as Escrituras com as mesmas lentes dos medievais? Não projetamos para a Divindade as mesmas idéias que eles nutriam sobre seus reis déspotas?Estou convencido que a teologia clássica não responde mais às indagações que nascem diante de eventos fortuitos que matam indiscriminadamente; sequer consegue lidar com a aleatoriedade quântica ou com os movimentos despropositais da natureza. Sinto que a mensagem evangélica utilitária e geradora de sentimentos ensimesmados, perdeu seu sentido, mesmo tendo dominado o cristianismo ocidental por séculos.Admito que não há respostas fáceis. Eu não saberia como consolar os parentes das mais de sessenta mil pessoas mortas – um terço eram crianças. Porém, estou certo que precisamos rever os alicerces em que montávamos nosso edifício teológico.Hoje sei que Deus não nos criou com o intuito de micro gerenciar todos os nossos atos. Ele não queria que formássemos sistemas religiosos em que O responsabilizaríamos por triunfos e tragédias humanas. Precisamos tomar cuidado quando afirmamos: Deus é amor! O que essa frase significa em relação à Sua ausência misteriosa? Quais as últimas implicações do Seu desejo de se relacionar com a humanidade? A não-onipotência de Jesus Cristo é semelhante à não-onipotência de Jeová?Só uma réstia da revelação brilha em minha alma: o Deus da Bíblia soberanamente criou o universo, mas ao formar mulheres e homens, abriu mão de sua Soberania para estabelecer relacionamentos verdadeiros. Ele não se despojou de sua natureza onipotente, que por definição não podia fazer, mas se esvaziou de suas prerrogativas divinas – evidenciadas em Jesus Cristo.Não, Ele não pôde evitar a catástrofe asiática. Assim, sinto que a morte de milhares de pessoas, machucou infinitamente mais o coração de Deus do que o meu – o sofrimento é proporcional ao amor. O pouco que conheço sobre Deus e sobre seu caráter me indica que há muitas lágrimas no céu."
Pasquini, ao responder a Gondim, publicou uma Carta Aberta tentando dar conta das inquietações manifestadas por Gondim. Eros Pasquini é pastor da Igreja Batista Bereana, em São Caetano do Sul (SP). Pasquini chama a atenção de Gondim pelo fato de ter se manifestado publicamente, quanto as suas dúvidas. Sendo ele um homem de referência no meio evangélico - sendo ouvido e lido por muitos (que inclusive nem mesmo têm o hábito de frequentar uma Escola Dominical para solidificar a sua fé) - não deveria expor suas indagações desta forma, já que seu discurso passa a ter contornos de pregação e afirmação convicta. O que deveria ser privado para amigos e sanado intimamente, passou a ser público e declaratório. Pasquini também diz que não deveria ser repreendido por Gondim, já que sua resposta, em vista dos fatos, também deveria ser pública, sobretudo se todas aquelas indagações tivessem o objetivo de dar notoriedade a uma concepção teológica adotada por Gondim, coisa que apenas o tempo diria.
E de fato o tempo falou! Sobre este tema, em junho de 2011 (logo depois do desastre do sismo no Japão, ele declarou em entrevista para o jornal O Povo:
"O que acontece é que eu descarto a teologia que se difundiu sobre a soberania de Deus. Por essa teologia, Deus tem o controle absoluto de todas as coisas. E as pessoas não estão dispostas a entender que o corolário desse pensamento, o que dele decorre, é que até o orgasmo, o gozo do pedófilo, ou os horrores de Auschwitz (um dos mais conhecidos campos de concentração nazista) estão na conta de Deus, sob a alegativa de que Ele é soberano. Se as pessoas estão dispostas a entender assim, esse Deus é um monstro, não um Deus de amor. A minha leitura da Bíblia é a partir de Jesus Cristo, que é um Deus de amor, e não de Deus títere, que é responsável por chacinas, atrocidades, limpezas étnicas. A história segue não porque Deus a controla, a história segue porque somos personagens livres e nos comportamos com desobediência à vontade de Deus. É por isso que existem a miséria, os crimes, a exclusão. Porque Sua vontade é contrariada. As pessoas não estão dispostas a lidar com esses conceitos, preferem se amparar na Soberania, que nos rouba a nossa responsabilidade na história."
Ricardo Gondim parece que resolveu colocar para fora - de vez - toda o seu arcabouço de crenças distorcidas a respeito do que a Bíblia diz. O que no começo pareciam ser apenas indagações teológicas, passaram a se mostrar convicções bem formadas de um herege.
Gondim não teve o menor escrúpulo em contra-argumentar a Soberania de Deus - como tradicionalmente a entendemos por meio da Escritura - acusando-a de ser responsável pelo pecado dos homens, se é que Deus de fato rege a tudo, como ele mesmo questiona. Gondim esquece totalmente do princípio teológico reformado da Livre Agência, pelo qual Deus, no seu domínio sobre todas as coisas, permite a livre ação dos homens (e até de satanás e seus demônios), pelo qual os julga e atribui pecado quando estes ultrapassam sua lei e sua vontade.
Gondim praticamente fecha os olhos para muitas passagens bíblicas que refutam a sua teologia - que ele chama de Teologia Relacional. Ele não admite que Deus possa punir um povo - ou mesmo toda a humanidade - por seus pecados. Portanto, ele deve "passar reto" pelos relatos do Dilúvio, Sodoma e Gomorra, as 10 Pragas do Egito, a terra que se abriu para engolir os rebeldes contra Moisés e Arão, Hananias e Safira e as Pragas do Livro de Apocalipse.
Gondim é incapaz de aceitar que o sofrimento humano também pode estar no controle absoluto de Deus e fazer parte de seus desígnios para com o homem. Daí ele deve ignorar o Livro de Jó inteiro e esquecer as declarações de Paulo em sua Carta aos Romanos 9: 13-24. Deus, senhor Ricardo, para mostrar a sua Glória e exaltar o seu poder diante da idolatria dos homens, é soberano para exercer ou não a misericórdia. Ou, então, teremos que apagar o capítulo nove de Romanos do Novo Testamento.
O que Ricardo Gondim faz com a passagem de Provérbios 20: 24?:
"Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?"
O fato é que, juntamente com Ed René Kivitz (que também andou questionando a soberania de Deus na história e nos eventos da humanidade), Gondim abraçou o Teísmo Aberto parcialmente (ou totalmente). Mas é evidente que seu discurso em muito faz coro com esta velha teologia dos liberais e neo-ortodoxos, cheia de enxofre, e que já foi extensivamente refutada por grandes nomes da teologia protestante tradicional.
Mas a coisa não fica por aí - antes tivesse sido sanada. No ano de 2011 ocorreu um novo terremoto seguido de tsunami, desta vez na costa leste do Japão. Naquela triste ocasião, Gondim fez declarações terríveis em seu twitter, entre elas:
"O deus(sic) que 'administra' os eventos, tem propósitos insondáveis e que, pra cumpri-los, deixa tragédias acontecerem, é um demônio."
"Deus q(sic) intervém não é o mesmo q(sic) controla tudo. Pois, se Deus já controla tudo, ñ(sic) precisa intervir..."
"É preciso sair do modelo grego de uma divindade marionetando, do alto, os eventos da terra. Deus é Emanuel: Deus conosco…"
"O modelo teológico que coloca Deus no controle de um tsunami também o responsabiliza por Asuschiwits, Ruanda, e pelo estupro da esquina."
"O deus(sic) medieval, que se comporta como os senhores feudais, serviu a interesses da época, mas Jesus encarnou outra verdade: Deus é amor."
Tais declarações causaram forte reação de muitos líderes cristão no Brasil. Mais aí vieram novas polêmicas ainda mais tenebrosas, sendo ano de 2011 e este ano de 2012 os anos mais recheados manifestações do prezado teólogo incauto.
Tirando-se fatos menores, vou me ater ao mais polêmicos.
Em meados de abril de 2011, ainda no rescaldo das suas afirmações sobre as tsunamis, Ricardo Gondim, em entrevista a revista (de esquerda) Carta Capital, afirma que foi eleito o herege da vez e se declarou favorável a união homoafetiva, que pode ser lida no site do Gospel Mais. Nesta mesma entrevista, ele chega a afirmar - com outras palavras - que crer em um Deus providencial é ser infantil, e que ausência de Deus gera pessoas mais responsáveis. Veja:
"Carta Capital: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
Ricardo Gondim: Sou a favor. O Brasil é uni país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.
CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há aluo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida."
Depois querem que eu não acredite que ele abraçou o liberalismo e o teísmo aberto? Para com isso!!!
Cerca de um mês depois, outra bomba. "Ricardinho", em um vídeo feito no que parece ser uma aula para pastores no Ceará (o vídeo foi feito em março), declarou que a volta de Cristo e o arrebatamento da Igreja são utopias, reproduzindo o pensamento de um teólogo liberal alemão, Jurgen Moltmann. Eu já havia postado a notícia aqui no blog, mostrando que ele havia se desviado da ortodoxia. Queiram ler aqui. E para quem não viu o vídeo, aqui está ele:
Em novembro de 2011, ele volta a fazer nova declaração sobre homossexualidade, quando perguntado mais uma vez pela revista Carta Capital se "ser gay era pecado"? De forma covarde, Gondim se exime da resposta e faz declarações filosóficas e crítica política. Ela faz a acusação ridícula de que os cristãos usam a Bíblia para exercer controle social e político. Leia algumas de suas afirmações:
"A Bíblia, infelizmente, tem sido usada para defender quaisquer posicionamentos, desde a escravidão (sobram textos que legitimam a escravatura) ao genocídio. Como o sexo é uma pulsão fundamental da existência, o controle sobre essa pulsão mantém um fascínio enorme sobre quem procura preservar o poder. Assim, o celibato católico e a rígida norma puritana não passam de mecanismos de controle. O uso casuístico das Escrituras na defesa de posturas consideradas conservadoras ou ‘ortodoxas’ não passam, como dizia Michel Foucault, de instrumentos de dominação".
Sobre esta declaração, o Pr. Zwinglio Rodrigues, comentou:
"Para o já falecido Foucault, a temática sexo demonstra de forma cristalina o interesse de um dado poder político [o qual chamo aqui de xy] em condicionar o comportamento e a conduta do sujeito. A partir disso, dá-se uma super-repressão dominadora que objetiva satisfazer os interesses do poder político xy. A isso é dado o nome de biopoder.Quando Gondim fala sobre ‘o uso casuístico das Escrituras na defesa de posturas consideradas conservadoras ou ‘ortodoxas’, ele acusa os cristãos conservadores de ser o poder político xy. O interesse desse grupo é a [suposta] manutenção do status quo na visão ‘gondiniana’. Eu discordo frontalmente dessa conclusão.Nossa abordagem do assunto parte do ensino claro das Escrituras, coisa que, em minha opinião, o senhor Gondim já abandonou a muito tempo. Não há projeto de poder por trás do nosso discurso. O que existe é fidelidade a textos como Romanos 1:24-27 que desaprova a prática homossexual e demonstra o estado de pecado dos praticantes do homossexualismo que precisam se reconciliar com Deus através do Mediador Jesus Cristo. Essa conversa sobre dominação, nesse caso, não passa de um papo sociológico que não respeita a Bíblia. Definitivamente, nosso interesse nada tem a ver com repressões e dominações, mas com a libertação dos cativos pelo conhecimento da Verdade [Jo 8:32, 36]".
Em fevereiro deste ano, o nosso "brincante" nos sai com mais esta: "acreditar-se eleito é maldição".
A infeliz declaração faz parte de uma das suas várias publicações em seu blog. Na ocasião, Ricardo Gondim escrevia contra a doutrina da eleição - típico, se levarmos em conta que ele não crê na soberania de Deus. Ele escreve:
"O conceito de eleição está presente tanto nas mitologias como nas narrativas bíblicas. Narciso foi galardoado com beleza. O sacrifício de Abel foi aceito e o de Caim, rejeitado. Jacó, a despeito de sua falta de ética, ganhou a primogenitura – Esaú acabou descartado. Samuel marcou um x nas costas de Davi como o estimado de Javé. Além dos textos religiosos, a história também esteve repleta de poetas, literatos, cientistas e políticos que acreditaram na ideia de que Deus, a vida, o destino ou qualquer outra força os predestinou. Eles não se viam cotidianos, banais, ordinários. Pelo contrário, acharam que os outros mortais deviam se sujeitar aos códigos que escreveram."
Em resposta a uma elucubração de um pseudo-intelectual como esta, o Pr. Renato Vargens comenta:
"Caro leitor, porventura será o que o pastor da Betesda ao escrever isso o fez com o intuito de colocar no mesmo patamar de autoridade, mitos e doutrinas? Será que os escritos de Dostoiévski possuem a mesma autoridade dos escritos apostólicos?Pois é, diferentemente de Gondim, eu creio na Bíblia como única e exclusiva regra de fé. Eu creio na doutrina da eleição, eu creio em um Deus Soberano que reina sobre tudo e todos e nem por isso sou "carniceiro".Ora, as Escrituras tratam da doutrina da eleição sim e fazem isso com clareza inquestionável. Todavia, ao falar dela, Gondim preferiu omitir textos bíblicos como Rm 9, Rm 8.33, Cl 3.12, Tt 1.1, Rm 16:13, I Ts 1:04, Mc 13:20, 27, Cl 3:12, Mt 24:22 ).Pois é, dias difíceis os nossos! Confesso que tenho ficado muito preocupado com os textos publicados pelo Gondim. Lamento profundamente o fato de que os ensinamentos proferidos em seu púlpito estejam muito aquém das verdades bíblicas."
Ricardo Gondim também se posicionou favorável ao abordo de anencéfalos - enquanto católicos e evangélicos se uniam para protestar contra a decisão favorável do STF abril passado. No mesmo dia 12 de abril, Gondim comemorou a decisão. Isso mesmo o que você leu. Ele festejou. Segundo Gondim, "sem cérebro não haveria vida." Ele escreveu no Twitter: "Células se multiplicando não significa humanidade - as amebas e diversos tipos de câncer fazem o mesmo." E completou: "Portanto, sem cérebro não há vida, apenas células em funcionamento." Ricardo Gondim não tem humanidade nem mais o Espírito Santo agindo em si. Comparar crianças acometidas deste mal com amebas e cânceres é o ápice da perversão moral e teológica.
E por fim, Ricardo Gondim afirma que outras religiões podem salvar. Isto aconteceu semana passada, ao circular pelo Youtube um vídeo de 2008, onde o pastor da Igreja Betesda aparece, ao lado do teólogo Jung Mo Sung, afirmando que a salvação não é exclusividade do Cristianismo. Com um tom liberal e soando Teologia da Missão Integral, Ricardo Gondim insinua que a salvação espiritual do homem é uma visão desgastada e medieval. Para ele - que diz crer nas palavras de Jesus sobre Vida Abundante (João 10:10) - o cristianismo é apenas uma poderosa resposta para a sociedade sobre o que vem a ser a vida em abundância. Ricardo Gondim define "vida abundante" como sinônimo de "qualidade de vida", como sinônimos de comida, roupa, salário justo, bem-estar, etc. Isto tudo seria a Salvação prometido pelo Messias, em outras palavras, e não apenas a salvação da alma. Deste modo, outras religiões que promovam estas coisas, promove verdadeira salvação.
Nada mais absurdo do que isso! Sinceramente eu fico pensando se é só na igreja dele que o povo acha que salvação é um tema corroído e enganado. Aliás, ultimamente Gondim tem atribuído medievalidade em muitos conceitos tradicionais da fé cristã, deixando assim clara a sua posição quanto a se afastar da verdade contida nas Escrituras, e abraçar uma teologia miserável e cancerosa, e nociva como as amebas, que é a teologia liberal. Veja:
Renato Vargens oferece a seguinte resposta:
"R.C. Sproul escreveu o seguinte no livro "Verdades essenciais da fé cristã", publicado pela Editora Cultura cristã:'O significado bíblico de salvação é amplo e variado. Em sua forma mais simples, o verbo salvar significa "ser resgatado de uma situação perigosa ou ameaçadora." Quando Israel escapava das derrotas nas mãos de seus inimigos em batalhas, dizia-se que fora salvo. Quando as pessoas se recuperam de uma enfermidade grave, experimentam salvação. Quando a colheita é poupada das pragas e das secas, o resultado se chama salvação.Usamos a palavra salvação de maneira semelhante. Dizemos que um boxeador foi "salvo pelo gongo" se o assalto termina antes que o juiz possa fazer a contagem que determina o nocaute. Salvação significa ser resgatado de alguma calamidade. Entretanto, a Bíblia também usa o termo salvação num sentido específico para referir-se à nossa redenção suprema do pecado e à nossa reconciliação com Deus. Neste sentido, somos salvos da pior de todas as calamidades – o juízo de Deus. A salvação suprema é concretizada por Cristo, o qual "nos livra da ira vindoura" (I Ts. 1.10).A Bíblia anuncia claramente que haverá um dia de julgamento quando todos os seres humanos prestarão contas diante do tribunal de Deus. Para muitos, este "dia do Senhor" será um dia de trevas, sem luz alguma. Será o holocausto supremo, a hora mais triste, a pior calamidade da história da humanidade. Salvação suprema significa ser poupado da ira divina que certamente virá sobre o mundo. Esta é a operação de resgate que Cristo realiza por seu povo como seu Salvador.'Prezado amigo, lamentavelmente o video abaixo relativiza um dos principais assuntos das Escrituras. Ao contrário de Gondim que considera o tema medieval, acredito que a salvação é um tema extremamente atual. Acredito também, por intermédio das Escrituras que a salvação vem por Jesus, através de Jesus e mediante Jesus e que não se é possível ser salvo, fora de Cristo, portanto, o budismo, o espiritismo, e qualquer outro ismo não possuem poder para redimir o homem de seus delitos e pecados.Isto, posto, afirmo sem sombra de dúvidas de que é indispensável entendermos que a única forma de sermos salvos é depositando nossa fé em Cristo Jesus e que as religiões ou filosofias não podem salvar ninguém, e que sem o sacrifício de Cristo o homem estará condenado a morte Eterna.Caro amigo, vale ressaltar que do ponto de vista bíblico salvação é muito mais do que vida abundante, salvação é receber o perdão por intermédio de Cristo, o qual nos fez livres do sofrimento eterno.É o que a Bíblia diz, e é o que creio!"
Esta semana ele se queixou em seu site de que sofre muitas críticas, sem ter direito de resposta, e afirmou: "Alio-me a pessoas que não se acovardam naquilo que pensam, sentem, refletem”; afirmando que está em busca daquilo que faz sentido para ele.
Em minha análise, ele busca fora do que a Bíblia oferece como resposta, ele busca questionando a Deus e negando suas verdades, ele busca salvação para sua alma, mas em fontes erradas, já que o que lhe foi exposto na fé não lhe fez sentido. É um ignorante até hoje, um egoísta intelectual, um coitado perambulando em um limbo de "falso saber" em busca de alguém maior do que ele que lhe dê uma resposta agradável.
Honestamente. Eu tenho as minhas dúvidas quanto a conversão de Ricardo Gondim, pois não tenho dificuldade em acreditar que um pastor ordenado, mesmo após muitos anos de ministério, possa ser de fato apenas um religioso e nunca ter tido um encontro real com Cristo.
Termino aqui o meu pequeno dossiê (risos), e espero que este texto venha alertar aos meus amados irmãos e admiradores de Ricardo Gondim, de que ele não está mais laborando em acerto.
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