No último artigo, comentamos sobre as batalhas na galáxia de Star Wars e seus inúmeros paralelos no nosso querido planeta azul.
Abordamos as Batalhas de Naboo, Geonosis e Coruscant, e vimos os seus eventos irmãos aqui na terra, que apesar do pequeno tamanho, parece ser muito agitado, tanto quanto a Galáxia Far Far Away. Como fiquei devendo falar das principais batalhas da Trilogia Clássica, e ainda acrescentar as Batalhas de Kashyyyk e Utapau do Episódio III, vamos começar a expor estes últimos, e depois abordaremos Yavin, Hoth e Endor, que apresentam surpreendentes semelhanças com eventos históricos presenciados pela humanidade, principalmente durante o século XX.
Batalhas:
Batalha de Kashyyyk (19 BBY): Uma das últimas batalhas das Guerras Clônicas, das várias que aconteciam concomitantemente naquele ano, a Batalha de Kashyyyk foi uma tetativa de invasão por parte dos separatistas ao planeta natal dos wookiees. A tomada deste sistema faria com que a CIS possuísse uma cabeça de ponte próxima ao centro da galáxia que viabilizaria incursões futuras aos sistemas mais próximos de Coruscant. Os wookiees sempre foram aliados da República, mas os separatistas, ao invadir o sistema, desejavam fazer com que Kashyyyk assumisse sua união aos separatistas. As exigências para que o sistema fosse um membro da CIS eram respondidas com silêncio e indecisão. General Grievous já estava impaciente com o impasse, então enviou os dróides de batalha para "persuadir" os wookiees para se juntarem a rebelião. Tal medida obteve um efeito contrário ao esperado, visto que gerou um incidente onde o príncipe herdeiro de Kashyyyk, Rikummee, filho do Rei Grakchawwaa, governante do planeta, foi acidentalmente morto por um dróide, o que foi interpretado imediatamente como um ato de guerra. O episódio fatídico determinou a decisão final da realeza de Kashyyyk, optando por lutar ao lado dos seus velhos aliados.
Após a declaração formal de guerra, os separatistas decidiram pela invasão total, a começar pela cidade de Kachirho, de onde poderiam estabelecer uma base de operações para a tomada do restante do planeta. Auxiliados por mercenários trandoshanos, os separatistas obtiveram vitórias estratégicas, mas perderam o bloqueio planetário, o que permitiu a chegada das forças clone.
O palco da batalha foi a própria cidade de Kachirho, que ficava localizada no Arquipélago Wawaatt. A vitória inicial dos separatistas foi temporária. Logo chegam reforços da República, liderados por Yoda e mais alguns mestres jedi. A estratégia era baseada em informações vindas da inteligência e dos próprios wookiees. Kachirho era o primeiro alvo, logo uma forte defesa seria necessária para conter o avanço separatista no planeta. Com os dois exércitos reunidos, os clones e os wookiees, Kachirho estava defendida e pronta para resistir ao ataque.
A batalha se dá nas praias de Kachirho, onde os dróides encontram forte oposição dos nativos e da República. Mas com a Ordem 66, a confusão se instalou nas linhas clones, pois os wookiees se viram obrigados a fugir e lutar contra os clones ao mesmo tempo em que resistiam aos dróides. Para defender mestre Yoda e ajudá-lo em sua fuga, após a tentativa de assassinato por parte do Comandante Gree, os wookiees fugiram para as florestas. Os demais ficara m para dar cobertura na retaguarda. Tal desordem permitiu que os dróides empurrassem os clones mais para dentro de sua linha defensiva, quebrando a linha e fazendo com que os dróides tomassem as praias. Mas logo os reforços chegaram, juntamente com a 501st Legião Imperial, que conseguiram derrotar e eliminar a ameaça dróide de Kashyyyk. Entretanto, os antes heróis agora eram conquistadores. Após a derrota dos dróides, os clones tinham a missão de capturar e prender todos os wookiees fugitivos e eliminar os jedi remanescentes.
Conhecendo um pouco do passado de Star Wars, sabemos que a Batalha de Kashyyyk era um projeto original de George Lucas para o Episódio VI. Todavia, com as limitações tecnológicas da época, não foi possível realizar este trabalho em 1982, tendo a Batalha de Endor o seu lugar naquele momento. Entretanto, uma coisa é sabida em torno dos bastidores de ambos os episódios. Kashyyyk e Endor foram inspiradas na Guerra do Vietnã.
Mas antes de falarmos do Vietnã, é bom que se faça uma menção aos precedentes da Batalha de Kashyyyk. É interessante notar que os eventos que antecederam a invasão da CIS ao sistema, incluíram a morte de um personagem importante para o contexto, o Príncipe Rikummee. Em uma situação semelhante, um assassinato também foi o estopim de uma guerra no início do século XX. Obviamente que em uma situação inversa, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve início com um duplo homicídio que acarretou em um dos conflitos mais sangrentos da humanidade. Tudo começou quando do início do século, a Europa se mostrava tensa e prestes a explodir em guerra. Movimentos nacionalistas e antigas rivalidades se avolumavam, além da crescente demanda por recursos naturais, como petróleo, para manter a crescente industrialização, colocaram as potências européias umas contras as outras, agrupando-se em alianças. As tensões eram mais vívidas na região dos Bálcãs, onde se defrontavam o Império Austro-Húngaro e a Sérvia.
Apesar de possuir relativamente um território inferior a muitos impérios do pass ado, o Império Austro-Húngaro abarcava em seu interior uma grande diversidade de povos e línguas, raiz de muitos dos seus problemas. Com as queixas de povos eslavos do sul, como os croatas, bósnios e eslovenos, o Império, para manter sua unidade, planejava conceder maior autonomia e reconhecimento da coroa a estas minorias, o que contrariava o Reino da Sérvia, que prometia garantir a segurança destes povos, se estes deixassem o Império, mas secretamente desejava submetê-los ao seu domínio, na Grande Sérvia.
Em junho de 1914, o príncipe herdeiro da Áustria, o Arquiduque Francisco Ferdinando, estava na Bósnia (na época parte do império) para acompanhar operações militares. No dia 28 daquele mês, o Arquiduque faria um desfile em carro aberto, nas ruas de Sarajevo, apesar da inteligência e a segurança austríaca tê-lo advertido dos riscos de tal desfile. Mas como Ferdinando desejava aproximar-se dos povos não-austríacos, desejou realizar o desfile de forma contrária ao que lhe havia sido recomendado. Naquele dia, em pleno desfile, Gavrilo Princip, um universitário sérvio-bósnio, atirou a queima-roupa no arquiduque e em sua esposa, a duquesa Sofia de Hohenberg. O Império responsabilizou a Sérvia pelo atentado e fez um ultimato para que agentes e policiais austríacos participassem das investigações do assassinato. A Sérvia declarou que aquele ultimato feria a sua soberania e negou a participação de austríacos na investigação. A atitude desagradou a coroa, e em 28 de julho, um mês depois, o Império iniciou o bombardeio de Belgrado, capital da Sérvia, dando início a Primeira Grande Guerra.
Mas Kashyyyk é um monte de histórias e não é possível estabelecer um paralelo exato. A Guerra do Vietnã (1959 - 1975) se assemelha, como dito no artigo anterior, as Batalha de Kashyyyk, Grassy Plains e Endor pelo fato de que em todos os casos, a vitória foi conquistada por um povo considerado tecnologicamente atrasado, mal preparado e insuficientemente armado. Os wookiees, gungans e ewoks passaram pelas mesmas situações que os vietnamitas. No caso de Kashyyyk, ao passo que o apoio de tropas e armamentos da República tenham sido um fator decisivo, os nativos tiveram que lutar com seus veículos e armas que mais pareciam grandes gafanhotos e catamarãs voadores, e bestas, lanças e rifles. Muito parecido, em proporcionalmente e tecnologicamente falando (pausa para risos), temos por exemplo a Batalha de Dien Bien Phu (de março a maio de 1954, ainda no final da Guerra da Indochina) onde os vietnamita derrotaram a Legião Estrangeira e o exército francês, utilizando túneis trilhas no subsolo e bicicletas, além de fraco armamento pessoal. O notável vietnamita é um guerreiro por excelência. Mesmo desnutrido, com fome, ou sem equipamento adequado, ele é um soldado motivado, destemido e pronto para a ação. Não foi a toa que este povo botou para correr os americanos e franceses de seu território. Pouco se fala, mas podemos inclusive incluir a Guerra do Afeganistão (1979 - 1989), quando os mujahidins afegãos expulsaram os soviéticos, montados em cavalos, camelos e armados com rifles.
Batalha de Utapau (19 BBY): Foi mais uma das muitas que sofreram o impacto da Ordem 66. Apesar de seu comandante, Obi-Wan Kenobi, ter sobrevivido a traição dos clones e do Império, um importante fato ficou marcado: Utapau foi o palco do último duelo entre Obi-Wan e o General Grievous, o que resultou na morte deste.
A batalha de Utapau aconteceu de forma rápida, e com o seu resultado praticamente no fim do dia. Obi-Wan, informado da localização de Grievous, vai até o sistema e descobre a localização de onde o Conselho Separ atista se refugiava e onde o General estava.
Coordenado a priori com o Comandante Cody, a missão visava aprisionar ou elimina Grievous e depois invadir o planeta com força total e libertar o sistema. Obi-Wan encontra Grievous e inicia o duelo, enquanto o 212th Batalhão de Ataque e a 2nd Compania Aerotransportada realizam o assalto que pega o exército dróide de surpresa e desestabiliza toda a resistência local.
Apesar da vitória eminente, a Ordem 66 veio para ordenar, no caso de Obi-Wan, a sua execução. A vitória estava garantida, pois logo em seguida a vitória em Pau City, veio a desativação dos dróides, o que permitiu ao Império ocupar Utapau inteira sem mais oposição separatista. Ao passo que os clones tinha chegado como libertadores e heróis, saíra da batalha como símbolo de opressão, pois até os aliados utapauns foram presos e mantidos sob custódia imperial.
A Batalha de Utapau em quase nada se assemelha ao que já tenhamos visto na história. Podemos até dizer que ela é 100% original e sem paralelos históricos. Entretanto com um pouco de boa vontade e pesquisa, descobri algo curioso.
No dia 19 de Fevereiro de 1945, iniciou-se uma das mais terríveis e intensas batalhas no palco do Pacífico, a Batalha de Iwo Jima. Uma das características desta batalha foi à forma sangrenta como ela se deu. Como a Ilha de Iwo Jima era parte das Ilhas Vulcano (nada haver com Star Trek, viu?), portanto, parte do grande Arquipélago Japonês, a invasão americana era uma afronta, pois era a sinônimo de invasão em pleno território do Japão, na casa do Imperador Hirohito. I sto, por si só, era razão suficiente para que os japoneses lutassem até a morte para defender o seu lar e expulsar os americanos.
A batalha em si, não apresenta muitas semelhanças com Utapau. Salvo o fato de que o ataque foi auxiliado por navios de guerra, responsáveis pelo apoio de artilharia e bombardeio, a semelhança de Utapau, cujo exército de clones é apoiado pelos destróires estelares, como o Vigilante, por exemplo; e o desembarque tenha sido feito pelas canhoneiras LAATs, a semelhança dos fuzileiros navais americanos em seus blindados anfíbios. Outra semelhança, e neste ponto muito parecida com Utapau, à batalha se deu a metro por metro, em meio a túneis, bunkers e cavernas, bem semelhantes à Utapau. Principalmente na área do monte Suribachi, onde se ocorreram à maioria dos confrontos e onde se localizava o quartel-general de Tadamichi Kuribayashi, o general e comandante responsável pela defesa da ilha.
O local ficou marcado pela famosa foto de Joe Rosenthal, intitulada o "Hasteamento da Bandeira em Iwo Jima", imortalizada em inúmeros filmes e livros. A história registra que o corpo do general Kuribayashi nunca foi encontrado, sendo possível que ele tenha se suicidado e dado ordens para que sumissem com o seu corpo, ou ele se disfarçou de soldado e foi um dos duzentos sobreviventes capturados. Mas o mais provável é que ele tenha sido morto em ação, já que ele mesmo havia proibido ataques kamikazes por parte de suas tropas. Não morreu como o General Grievous, e nem duelou com nenhum general americano. Mas sua reputação como militar e estrategista de renome, lhe valeu a indicação para a defesa da ilha. Apesar de contar com apenas 22.000 homens, contra mais de 70.000 fuzileiros navais americanos, Kuribayashi planejou a defesa usando táticas de guerrilha e ações furtivas. Assim como em Utapau, cuja cidade de Pau City estava localizada em uma posição geográfica que não permitia um bombardeio eficaz, o monte Suribachi era uma fortaleza natural, protegendo todos em seu interior, resistindo aos bombardeios dos B-24 Liberator e dos canhões dos cruzadores, que se mostraram ineficazes.
Batalha de Yavin (0 BBY): Alguns consideram a Batalha de Yavin a maior vitória da Aliança Rebelde, devido amplitude do resultado obtido, a destruição da Estrela da Morte. Outros a consideram uma importante vitória, mas que marcava apenas o início da derrocada do Império Galáctico. Em todo caso, a Batalha de Yavin foi decisiva e de extrema importância para o esforço de guerra da Aliança, bem como para motivar os sistemas ainda leais ao Império, a se unirem a causa Rebelde.
Após o resgate da Princesa Léia Organa, por Han Solo e Luke Skywalker, os esquemas técnicos da terrível Estrela da Morte caíram nas mãos dos Rebeldes, baseados em Yavin 4. Os esquemas revelaram que a Estação de Batalha Orbital DS-1 (nome oficial da Estrela da Morte) apresentava uma defesa formidável, capaz de repelir qualquer ataque em grande escala. Entretanto, a estação apresentava uma vulnerabilidade: havia uma exaustão do reator principal da estação que poderia ser atacada, localizada no final de um fosso e que ficava relativamente desprotegida, se atacada por naves pequenas, como caças. Entretanto, tal missão era por demais ousada e difícil, pois o risco ainda era muito grande. Apesar das defesas da DS-1 serem destinadas a ataques em maior escala, ainda assim eram suficientes para abater qualquer nave por menor de fosse. Além disso, a DS-1 contava com aproximadamente 7.000 caças prontos para o combate. Qualquer missão de ataque a estação seria uma dura tarefa.
Mas a aliança não tinha outra alternativa. O plano era: Trinta espaçonaves, entre caças e bombardeiros leves atacariam a estação de forma a distrair os caças TIE e as baterias antiaéreas (como se no espaço tivesse ar). Enquanto isso, o Esquadrão Ouro, composto de sete caças-bombardeiros TBL Y-Wing, fariam a corrida por dentro do fosso principal e atacariam o poço de exaustão com torpedos de prótons, em um único e preciso tiro.
Mal sabiam em Yavin 4, no entanto, que a DS-1 estava se aproximando do planeta Yavin e se posicionando em órbita para disparar seu super-laser contra o pequeno satélite com a base rebelde. Quando os rebeldes descobriram a ameaça eminente, se prepararam para o ataque e executar o plano do General Jan Dodonna. A esquadrilha decola de Yavin 4 e se dirige para o gigante de metal que se aproximava para dar o tiro fatal.
Naquele momento da batalha, o plano revelou a sua letalidade. Os caças rebeldes eram sistematicamente abatidos pelas baterias e pelos caças imperiais. Ao perceberem que o plano rebelde apresentava um risco real, os caças passaram a atacar principalmente as naves que estavam na corrida dentro do fosso. Entre os caças, estava o caça TIE Advanced X-1 de Lord Vader que participou pessoalmente da batalha.
Todo o Esquadão Ouro foi abatido, com menos um que conseguiu fugir. Uma segunda corrida foi tentada pelo Esquadrão Vermelho, na pessoa do Comandante Garven Dreis, o Líder Vermelho. Esta segunda corrida foi desbaratada por Lord Vader e mais dois caças imperias. O Líder Vermelho, ainda consegue disparar seus torpedos, mas eles eram o alvo. Logo depois o Garven é abatido. Por fim, Luke Skywalker, o Vermelho 5, tenta a terceira corrida. É perseguido por Lord Vader e chega a perder R2-D2 para um tiro que quase lhe destroi a nave. Mas nos último instantes, e com o uso da Força e a ajuda de Han Solo, que surge em sua Millennium Falcon, Luke dispara seus torpedos com precisão, atingindo o alvo e causando uma reação em cadeia no reator principal da Estrela da Morte. Segundos antes da DS-1 efetuar seu disparo fatal em Yavin 4, a estação explode em uma enorme esfera de fogo, tendo seus destroços arrastados pela super gravidade do gigante gasoso Yavin Prime.
A destruição da DS-1 foi um forte golpe ao Império, que lança sua campanha de vingança, com o bombardeio e invasão de Yavin 4, derrotando os rebeldes e capturando Jan Dodonna, comandante da Base Rebelde. Tal situação obriga a Aliança a fugir de Yavin e se refugiar no sistema Hoth. Enquanto isso, no planeta Terra, no dia 17 de Maio de 1943, temos um paralelo surpreendente, que serviu de inspiração direta para a Batalha de Yavin, a Operação Chastise. O evento ocorreu em plena Segunda Guerra Mundial e foi uma missão suicida empreendida pela Real Força Aérea (RAF) que rendeu a célebre frase pronunciada por Winston Churchill, Primeiro Ministro Britânico (que alguns julgam erroneamente destinada aos pilotos de caça durante a Batalha da Grã-Bretanha): "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos."
Na guerra, nunca se deve achar que os principais alvos para se vencer são apenas os aviões e tanques inimigos e tropas. Muitas vezes é necessário a destruição da capacidade inimiga de se rearmar, transportar, abastecer, construir, reparar e de se comunicar. Para tal, pontes, estradas, fábricas, portos e aeroportos são alvos estratégicos. Durante a guerra, a região do Vale do Ruhr era de extrema importância para o esforço de guerra alemão. O Vale do Ruhr contava com seis represas hidroelétricas que forneciam energia para o principal parque industrial no coração da Alemanha, além de fornecer água industrial e doméstica, e controlar as hidrovias por onde se transportavam as produções. Destruir as represas do Ruhr era vital, já que eliminaria a moral alemã e atingiriam a capacidade de produção bélica do III Reich. Mas a missão de destruí-las não era tarefa fácil. Elas eram grandes ofereciam resistência natural a um bombardeio. Torpedos não poderiam ser usados, pois os lagos eram protegidos por redes (os escudos defletores), um bombardeio convencional também seria ineficaz, pois a dispersão das bombas não causaria o efeito desejado, e um ataque com uma única bomba suficientemente poderosa para destruir uma represa não poderia ser realizado durante o dia, visto que os bombardeiros necessitariam de voar baixo e se expor demais ao fogo inimigo e ao caças. A única opção era: um ataque noturno, de precisão e com uma bomba que pudesse atingir a represa em cheio e explodir sua barragem.
Para a missão, foi desenvolvida uma bomba especial, projetada por Barne Wallis, apelidada de "bomba saltadora". Barne imaginava que uma bomba poderosa, capaz de explodir a uma certa profundidade, junto a parede da represa, poderia causar danos suficientes a estrutura para que a força da água completasse o restante do processo e uma grande fenda se abrisse na barragem. Tais bombas, de formato cilíndrico, deveriam ser lançadas a uma altura de 43 metros, a uma velocidade de 320km/h e de forma transversal. Nestas condições, a bomba saltaria sobre a água (evitando as redes de proteção no lago), colidiria com a barragem, afudaria na lama do leito do lago e seria detonada por uma espoleta hidrostática. Além destas condições, a bomba teria que ser lançada a uma distância exata da represa, pois se isso não acontecesse, ela afundaria antes de atingir o alvo e explodiria sem causar danos, ou saltaria sobre a represa, caindo mais longe e não explodiria.
O plano era tão perigoso e audacioso, que recebeu severas críticas e resistência por parte de políticos e militares. O comandante de bombardeiros da RAF, mesmo aprovando o plano, tinha suas críticas e achava a missão maluca, e praticamente um suicídio. Barne Wallis foi convidado a expor o plano a Primeiro Ministro, Churchill, que ficou entusiasmado e aprovou a operação, que recebeu o nome de Chastise. Para a missão foi designado o Esquadrão 617 de Bombardeiros da RAF, composto de Bombardeiros Pesados Avro Lancaster, sob o comando do Guy Gibson, de 25 anos. Os aviões foram adaptados para levarem as bombas saltadoras.
Haviam seis represas no Ruhr que deveriam ser destruidas, mas somente se a primeira represa, a Möhne, fosse destruída, o plano seguiria em frente e as demais também seriam destruídas. Caso a primeira missão falhasse, todos os três agrupamentos designados voltariam e abortariam os bombardeios.
Na noite do dia 16 de Maio de 1943, dezenove aviões decolam do Reino Unido em direção a Alemanha Nazista.
Os problemas começaram logo no caminho de ida. Um dos agrupamentos atraiu a atenção dos FLAK's (baterias anti-aéreas) na costa da Holanda. Dois bombardeiros foram abatidos e o restante retornou. O grupo de Gibson voou até a Alemanha e teve de ser subdivido para compensar a perda de um dos grupos principais. Os bombardeiros voaram baixo, a 100 pés do solo. A aeronave B, chocou-se contra cabos e alta tensão de uma rede elétrica, a aeronave S foi abatida por flaks, e a aeronave E chocou no solo, a aeronave W perdeu as comunicações com o grupo e teve que voltar a Inglaterra, e a aeronave H teve sua mira por holofotes desalinhada, obrigando a voltar para a base depois de ter sobrevoado sobre as águas a mais de 350 km/h e quase se chocando na superfície.
A represa de Möhne contava com seis baterias de flaks (20mm) ao longo da barragem, o que obrigava os aviões a fazerem uma aproximação quase encostando na água. A represa estava com ótima visibilidade, sob uma lua cheia que clareava a todo o alvo. Era enorme e imponente. Parecia inconquistável. Tinha 823 metros de comprimento e uma base de 35 metros. Gibson reagrupou a sua esquadrilha e iniciaram a primeira corrida sobre o lago, rumo ao alvo. Sob forte fogo inimigo, Gibson lançou sua bomba com um tiro preciso, mas esta não explodiu. O segundo a fazer a corrida sobre o lago foi o Tenente-Aviador J. V. Hopgood. Entretanto, para fazer eu lançamento, teria que esperar as águas pararem de se agitar, o que levou dez minutos. Tempo que não dispunham e que foi suficiente para a chegada de alguns caças-noturnos alemães. O perigo rondava a represa.
Quando estava a 100 metros da barragem, Hopgood foi atingido em cheio por um tiro de uma das seis baterias, e se desintegrou no ar, em uma esteira de fogo e luz. A bomba havia sido lançada tarde demais, então ela desviou-se do alvo, saltou sobre a barragem e atingiu um gerador atrás da represa, que explodiu em milhares de faíscas azuladas. Dois tripulantes de Hopgood conseguiram saltar do avião para dentro das águas do lago, antes deste se chocar com o solo e explodir.
Em seguida, a tentativa de lançar a bomba foi feita pelo capitão Martin. Sendo ajudado por Gibson, que tentou atrair o fogo alemão, Martin teve seu avião atingido em uma das asas, mas a avaria não era significativa e o avião continuou seu caminho. A bomba explodiu, mas em um outro lugar, pois havia sido lançada no ponto errado. Mais uma tentativa foi feita, com um lançamento preciso, mas a represa permanecia de pé. Até que o capitão David Maltby (Luke Skywalker???), conseguiu lançar a sua bomba no ponto exato, fazendo-a saltar sobre as águas e cair exatamente aos pés da barragem. Ao explodir, a represa abriu uma fenda de 20 metros de altura e de 100 metros de largura, lançando sobre o vale abaixo mais de 134 milhões de toneladas de água, destruindo as usinas, arrastando pontes, casas, sistemas de comunicação entre outras propriedades e alvos estratégicos. Gibson dispensou os demais e reagrupou o restante da esquadrilha para atacar a represa Eder. Após o sucesso com a represa Möhne, a represa Eder também foi destruída e lançou mais 200 milhões de toneladas de água sobre o vale. A devastação era enorme! A represa Sorpe também foi destruída em cheio.
Após a missão, o Esquadrão 617 foi apelidado de "DamBuster's", os Demolidores de Represas. Apesar de ainda terem restado três represas, a missão foi considerada um sucesso, mas o preço pago foi alto. Das 19 aeronaves, oito foram perdidas, 53 homens perderam a vida e 3 foram feitos prisioneiros de guerra pelos alemães. A vitória foi trouxe um novo ânimo para os aliados, que conseguiram promover a RAF como um comando de excelência, além que fazer com que a opinião pública britânica se voltasse a favor do esforço de guerra. A propaganda feita sobre os DamBuster's também ajudou ao país a alavancar a sua campanha de recrutamento para novos voluntários.
Se David Maltby foi o Luke Skywalker na Operação Chastise, o General Josef Kammhuber, do primeiro grupo de caças-noturnos da Luftwaffe, responsável direto e por protejer as represas do Ruhr, é o próprio Darth Vader. Ele mesmo pilotou um caça-noturno Focke-Wolf Fw 190, um dos melhores caças alemães, e partiu com sua esquadrilha para abater os bombardeiros Lancaster. Legal, né???
Batalha de Hoth (3 ABY): Após a Batalha de Yavin, os rebeldes fogem pela galáxia atrás de uma nova base para se estabelecer. Chegaram a Boz Pity, mas o Império descobriu e logo tiveram que abandonar o sistema. Em 2 ABY, Luke sugeriu o sistema Hoth como um bom local, remoto o suficiente para abrigar a base principal da Aliança. Mas em 3 ABY, ao sufocar a Revolta Separatista em Zaloriis, Lord Vader e o General Veers descobrem arquivos que dão uma indicação de que a base rebelde estava situada em algum sistema próximo ao setor Elrood. Com o lançamento de sondas no setor Anoat, a Base Echo foi descoberta em Hoth. Lord Vader e alguns de seus oficiais haviam preparado um plano especial de ataque. Uma raid sobre a Base Echo com bombardeiros, que eliminariam as principais defesas e o gerador de escudo, facilitando o bombardeio orbital e a invasão posterior. Mas o Almirante Ozzel possuia o seu próprio plano, um ataque surpresa revelando a frota no último segundo. Mas ao sair do Hiperespaço próximo demais do planeta, a frota foi descoberta e os rebeldes acionaram o escudo planetário, impedindo qualquer bombardeio orbital. A falha de estratégia de Kendal Ozzel lhe valeu a execução imediata por Lord Vader, que passou o almirantado para o capitão da Executor, Firmus Piett. Os planos tiveram que ser modificados de emergência, e a estratégia passou a ser um ataque de superfície, com infantaria e cavalaria mecanizada, enquanto a frota imperial fazia o bloqueio ao redor do planeta impedindo a fuga dos rebeldes para fora do sistema.
Lord Vader destaca a Força Blizzard para fora do raio de alcance da artilharia rebelde, que é desembarcada sob comando de Veers, enquanto o Esquadrão da Morte dava o suporte na retaguarda. A Força Blizzard era constituída de vários batalhões de snowtroopers, AT-ATs, AT-STs, AT-PTs, AT-ARs, e caminhões blindados A5 HAVw.
A Aliança empregou os snowspeeders T-47, todos pilotados pelo Esquadrão Rogue, infantaria e várias baterias anti-aéreas e anti-veículos P-Tower (armamento obsoleto de época das Guerras Clônicas). Apesar da inferioridade tecnológica dos meios de guerra da Aliança, ainda possuíam um Canhão de Íons, o Defensor de Planetas 150-V, que deu cobertura para a fuga dos transportes e caças X-Wing.
O próprio General Veers, no comando de um AT-AT, liderou o ataque ao Gerador do Escudo, inutilmente defendido por infantaria e artilharia pesada, já que a blindagem dos andadores era poderosa o suficiente para suportar qualquer disparo efetuado contra sua superestrutura. Skywalker e outros pilotos, como Wedge Antilles, utilizaram os cabos de tração para neutralizar os AT-AT. A estratégia era amarrar as pernas dos veículos, fazendo-os cair. A tática funcionou, mas por pouco tempo e destruindo apenas dois AT-ATs. Os demais, ao notarem a manobra, passaram a derrubar todos os T-47, para só então voltaram a atacar as tropas em terra. Nenhum snowspeeder restou, todos foram abatidos. Enquanto isso, o grupo de AT-STs se dirigia ao canhão de Íons para destruí-lo, mas sem sucesso. Com a queda do escudo, o campo de batalha foi bombardeado destruindo veículos, naves e o remanescente das tropas rebeldes. O caos se instalou nas trincheiras da Aliança, muitos soldados estavam feridos e mortos, e outros entravam em choque, abandonando a luta. Darth Vader liderou a invasão da Base Echo com a infantaria da 501st Legião Imperial, e capturando e eliminando todos aqueles que haviam ficado para trás e tomando equipamentos e armas. Tentou capturar Luke Skywalker, que julgava estar junto com Léia e Han Solo na Millennium Falcon, mas ao chegar ao hangar, a nave já havia escapado. Para que o canhão de íons não caísse em mãos imperiais, os rebeldes plantaram bombas e a destruíram. A ordem de retirada rebelde foi dada tarde demais, e os últimos transportes não puderam sair, sendo bombardeados por bombardeiros TIE e um Destróier Estelar que havia penetrado na atmosfera. Dos trinta transportes que tentaram fugir, dezessete foram destruídos. Apesar dos principais oficiais terem conseguido escapar, a perda de homens e material foi um desastre para a Aliança. Ao contrário do que se imagina, diferentemente do que poderia se concluir baseado apenas nos filmes, após a Batalha de Hoth, considerada a derrota mais humilhante dos Rebeldes, o sonho de restaurar a República ficou apagado. A Aliança, possuía apenas uma base principal e outras bases menores em vários sistemas espalhados. A frota rebelde era numerosa, mas necessitava de constante ajuda clandestina, dificilmente fornecida com a fiscalização imperial. Com a derrota em Hoth, a Aliança perdeu sua principal base, a capacidade de se recuperar em pouco tempo foi eliminada. A única esperança foi refugiar a frota fora da Galáxia, até que estivessem prontos para uma nova ação.
A Batalha de Hoth possui algumas significativas semelhante a um outro evento ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, a Batalha e a subsequente Retirada de Dunquerque, de 26 de Maio à 04 de junho de 1940. Antes daquele ano, a guerra na Europa estava em uma fase conhecida como a "Guerra Falsa". Desde a declaração de guerra em 3 de Setembro de 1939 até 10 de Maio de 1940, não houve grandes mobilizações de tropas e combates efetivos, salvo a invasão da Polônia pela Alemanha ainda em 1939 e a invasão da Dinamarca e Noruega em fevereiro de 1940. As nações agitadas se armavam, recrutavam tropas e se preparavam para a luta nas regiões de fronteira. Tropas franco-britânicas se preparavam e fortificavam a Linha Maginot para proteger a França, achando que aquela guerra seria uma reprise da I Guerra Mundial, uma guerra de trincheiras. Mas os militares e estrategistas aliados pagariam caro por seu erro. Em 10 de Maio, a Alemanha invadiu a Holanda e a Bélgica, iniciando a Batalha da França. Holansedes e belgas se juntaram aos franceses e ingleses na defesa da Linha Maginot, mas em vão. A Alemanha já havia superado as velhas táticas convencionais e empreendido a Blitzkrieg, a Guerra Relâmpago. Graças a alta capacidade de mobilização, apoio mecanizado e blindado, além do uso de tropas aerotransportadas, os alemães deram a volta pelas defesas aliadas e pegaram o inimigo de surpresa e pelos flancos, onde não imaginavam ser atacados, e sem acompanhar a velocidade do ataque. Diz-se que os franco-britânicos passaram oito meses na "boa vida", sentados e contando piadas sobre Hitler e os "Chucrutes" que estavam do outro lado da fronteira. A queda da França obrigou as forças aliadas a saírem do continente e atravessar o Canal da Mancha, em direção a Inglaterra. A Batalha de Dunquerque é a nossa versão de Hoth na Terra. Após as seguidas derrotas em Sedan e nas Ardenas, os aliados surpreendidos dez divisões blindadas e 117 divisões de infantaria, agora se viam obrigados a se retirar da França por Dunquerque, na tentativa de chegar em Dover. Cercados por sete divisões Panzer, e atormentados pela Luftwaffe, as tropas aliadas se espremeram em uma área de 5 km entre Dunquerque, Bray-Dunes e Panne, tendo mais de 300.000 soldados fugindo e atirando para o céu, na vã tentativa de derrubar algum avião inimigo, do cerco alemão estar a apenas 20 Km e avançando. A retirada ficou conhecida pelo nome de Operação Dínamo, que conseguiu evacuar todo quase todo o efetivo aliado na França. Mas ainda assim, foram perdidos 68.000 homens, incluindo 34.000 que foram feitos prisioneiros, 9 destróieres foram destruídos e mais de 200 embarcações foram afundadas pela marinha alemã e pela Luftwafffe. Dos caças aliados, foram perdidos cerca de 177 (a maioria da RAF), contra 101 dos alemães. As perdas alemães foram consideradas médias (50.000 homens), mas as baixas aliadas foram desastrosas. No início da guerra o efetivo era de 400.000 soldados, tendo sido perdidos em torno de 100.000 homens desde a Invasão da França, além de material e armamentos. O efetivo total alemão era de 800.000 homens. Muito parecido com Hoth, os franceses e britânicos tiveram que lutar contra blindados e tanques, que eram os AT-ATs e demais andadores da Força Blizzard alemães, enquanto na retaguarda, os soldados eram evacuados em navios e transportes menores, que também sofriam com os ataques dos submarinos e navios da marinha de guerra de Hitler (Imperial Navy), e com os caças alemães, principalmente o temível Messerschmitt Bf-109 (TIE Fighter).
Somente em 1944 os aliados poderiam voltar à França e iniciar a libertação do país.
Batalha de Endor (4 ABY): Foi a maior e mais importante batalha entre a Aliança Rebelde e o Império Galáctico. Não foi singular em termos de números, pois outras batalhas posteriores à Guerra Civil Galáctica foram tão grandes quanto, ou até maiores. Entretanto, além de sua magnitude e número de homens e naves envolvidas, marcou a queda do Império, a morte do Imperador Palpatine e a Morte de Darth Vader, ou seja, o cumprimento da profecia jedi. O equilíbrio da Força estava restaurado, já que a Orde Sith estava extinta temporariamente.
Após o Imperador em pessoa permitir o vazamento de informações secretas sobre uma possível Segunda Estrela da Morte, a DS-2, em construção em algum lugar remoto da galáxia, a Aliança Rebelde planejou o seu derradeiro ataque. Uma ofensiva que resultaria em duas consequências possíveis: (1) a total aniquilação da frota rebelde, ou (2) a queda do Império. Depois da confirmação de que realmente uma segunda estação bélica estava em construção, e em estágio avançado, a liderança rebelde planejou uma operação de sabotagem e um ataque surpresa subsequente. Como, aparentemente, pelos relatórios dos espiões bothanianos, a DS-2 estava sem seus sistemas de armas em operação, sua defesa era apenas um escudo de energia que era gerado a partir do solo, na Lua Florestal de Endor, onde a estação orbitava. O plano original era enviar uma força tarefa que sabotaria o gerador do escudo e deixaria a DS-2 desprotegida. A frota rebelde atacaria a superestrutura e os caças inimigos, enquanto os caças da aliança entrariam no núcleo da estação e destruiriam o reator principal.
Era para ser uma operação relativamente fácil, levando-se em conta as informações recebidas, e se o grupo de sabotadores obtivesse êxito. Não se descartava a possibilidade da DS-2 estar protegida por cruzadores e outras naves, para tanto a principal frota rebelde foi designada para a missão. Se por algum motivo, a missão fracassasse, e a Aliança perdesse a Frota, estaria totalmente condenada.
Mas o que a Aliança não sabia era que a Estação DS-2 estava com seus sistemas de armas operacionais, com seu super laser em pleno funcionamento e protegida por aproximadamente trinta naves de guerra, entre cruzadores, destróieres e o gigantesco Star Dreadnouth Executor, além de centenas de caças. Palpatine havia se antecipado e elaborado um meio de fazer a Frota Rebelde sair de seu esconderijo e ser apanhada em uma armadilha mortal.
De posse de uma nave imperial, a Aliança pousa em Endor, onde a força tarefa comandada pelo agora general Han Solo e o comandante Luke Skywalker buscam encontrar o gerador do escudo e desativá-lo. Enquanto isso, o grupo de caça liderado por Lando Calrissian, se preparava para abordar a DS-2 logo que saíssem do hiperespaço, juntamente com o restante da frota, comandada pelo Almirante Ackbar e a Home One.
Momentos antes da chegada da frota rebelde em Endor, a força tarefa destinada a sabotar o gerador, o Esquadrão Renegado, foi sofreu contratempos com patrulhas imperiais, o que retardou a missão. Entretanto, os rebeldes, após um encontro com os nativos Ewoks, obteve ajuda destes para localizar o gerador e encontrar o melhor lugar para atacar. Enquanto isso, Luke Skywalker se entrega aos imperiais com o objetivo de ser levado até Darth Vader, seu pai. Este o leva para a Estrela da Morte, onde o Imperador em pessoa aguardava para recebê-lo e convertê-lo ao Lado Negro da Força.
Luke, ao chegar a Sala do Trono, achando que a missão de Han Solo já havia se concretizado, descobre que o Imperador havia planejado uma armadilha para capturar os rebeldes na Lua de Endor e interceptar a frota da Aliança. Luke, consternado, se vê obrigado a lutar por sua vida, e pela causa da Força, pois estava sendo penosamente tentado por seu pai e o Imperador para se juntar a eles.
Em questão de minutos, todo o Esquadrão Renegado é surpreendido por tropas imperiais que desbarataram a sabotagem que estava em andamento. Todos foram capturados e desarmados, e seriam levados como prisioneiros pela Força Tempest. Contudo os aliados Ewoks, estavam preparados para o combate, sem o conhecimento dos imperiais, que não os julgavam uma ameaça. Os pequeninos, utilizando armamento extremamente primitivo (artilharia com catapultas, apoio aéreo com planadores estilo asa-delta, infantaria com lanças e porretes e apoio de arqueiros), e utilizando de armadilhas e emboscadas.
A frota rebelde chega a Endor e se depara com uma terrível constatação. O escudo ainda permanecia ativo e o ataque não poderia ser executado, tendo todos que abortar a ofensiva. Ao sair do hiperespaço, a frota se encontrava bem no meio entre a DS-2 e a Frota de Setor Imperial, liderada pelo Almirante Firmus Piett abordo do Executor. Era uma armadilha! Não havia como fugir, a não ser lutar pela sobrevivência, e esperar pela desativação do escudo, esperança que Lando Calissian mantinha no Esquadrão Renegado.
A batalha em solo se inicia com a surpresa das tropas imperiais. De uma hora para outra estavam sendo atacados por primitivos, e a ofensiva ewok foi suficiente para dispersar a Força Tempest, que saiu em perseguição aos nativos. A desordem que se instalou foi suficiente para que o Esquadrão Renegado se rearmasse e voltasse a luta. Com alguns stormtroopers abatidos, alguns dos ewoks também se apossaram de armas de fogo, o que facilitou na ajuda aos rebeldes. No espaço, a Aliança lutava apenas contra as esquadrilhas de caças, mas logo se viram obrigadas a levar a batalha para o meio da frota imperial. Tal iniciativa se deu a partir da constatação tenebrosa de que o super-laser da DS-2 estava operacional, e já havia destruído o cruzador Liberty. A aliança dependia de um milagre. Este, no entanto, veio quando os rebeldes conseguiram capturar um AT-ST, e revertido a batalha em favor dos rebeldes. Um a um, os AT-STs imperiais eram pegos em armadilhas feitas de troncos e cordas, bem como por toras rolando ribanceiras e desequilibrando os veículos. Muitas tropas imperiais tiveram que lutar corpo-a-corpo, mas os nativos eram tantos que não poderiam dar conta. Além de tudo, os rebeldes já haviam tomado conta da situação, permitindo uma reação em igual poder. A casamata imperial havia sido reconquistada pelos rebeldes e estes destruíram o gerador, finalizando com a batalha em solo e capturando os remanescentes da Força Tempest.
No espaço, a frota imperial estava começando a perder vantagem. Todas as principais naves rebeldes disparam com fogo total no Executor, derrubando o escudo defletor da ponte de comando, notado apenas depois que um caça consegue destruir uma dos geradores acima da ponte. Um caça da aliança, avariado, voa sem controle em direção a ponte do Executor, atingindo em cheio e matando o Almirante Piett bem como toda a tripulação ali situada. O gigante, começa a adernar e cai na superfície da Estrela da Morte, ficando encravado na superestrutura. Muitos outros cruzadores e destróieres são abatidos. Até que um grupo de caças, e a Millennium Falcon, entram no núcleo da DS-2 e destroem o reator principal, que explode em uma bola de fogo que consome a DS-2 de dentro para fora. Neste meio tempo, Darth Vader, mata o Imperador e retorna ao Lado Luminoso da Força, sendo resgatado por seu filho, Luke. Ambos saem da DS-2 segundos antes da explosão principal, que fragmenta a estação em milhões de pedaços em uma chuva pirotécnica sobre a atmosfera da Lua Florestal.
A notícia da vitória rebelde em Endor se espalha pela galáxia em pouquíssimo tempo. Muitos sistemas, sabendo que o Imperador havia perdido a vida, juntamente com seu nefasto aprendiz, Darth Vader, se rebelaram em revoltas populares, com auxílio de rebeldes locais, se libertando do jugo imperial. Agora, para a Aliança, que se organizava como a Nova República, restava apenas reconquistar o Centro Imperial, Coruscant que cairia alguns anos mais tarde.
Em Endor, os paralelos com o nosso mundo podem ser estabelecidos em um conjunto de eventos. Inicialmente, se notarmos, a Batalha de Endor se divide em duas frentes. Uma em terra e outra no espaço, assim como em Naboo, mais de trinta anos antes. Na comparação mais detalhada, Endor se assemelha as Batalhas de Lepanto (em 07 de Outubro de 1571), e a famosa Batalha de Okinawa (de 01 de abril à 21 de junho de 1945). Ambas foram as maiores batalhas navais da história. Uma por ter sido a que mais empregou navios de guerra em um único evento, mais de 400 navios envolvidos, e a outra por ter sido a mais sangrenta e com maior poder de destruição, envolvendo aviões e navios, além dos combates em terra. Em Lepanto, na costa da Grécia, países cristãos, entre eles Veneza, Gênova, a Espanha, Malta, entre outros, liderados pelos Estados Papais, na pessoa do Papa Pio V, organizaram uma frota, sob comando dos famosos almirantes Andrea Doria e Dom João d'Áustria, para lutar contra a poderosa marinha otomana, que dominava o Mediterrâneo durante o século XVI. A batalha, a semelhança de Endor, envolveu uma emboscada, preparada pelos turcos para recepcionar os estados cristãos e sua frota combinada. Mas a armadilha fracassou, pois as frotas cristãs estavam preparadas para enfrentar a armada turca. A batalha foi desastrosa para o Império Turco Otomano. Perderam quase que todos os navios e assim, o domínio sobre o Mediterrâneo, que agora passava paulatinamente para as mãos dos estados cristãos, impedindo o avanço do islã sobre a Europa.
Endor também se assemelha a Okinawa, mas apenas pelo fato de ter sido a mais completa e mortífera batalha da história. Tanto japoneses como americanos perderam muitos homens. As baixas civis também foram enormes. Não apenas o máximo do poder naval foi testado, mas a capacidade das forças aéreas também foi testada. Em terra, os soldados americanos, além de lutar contra os soldados japoneses, tinha que lidar com os civis que também se defendiam, engrossando ainda mais as fileiras nipônicas. O curioso sobre esta batalha, foi a participação do maior encouraçado já construído no mundo, o Yamato (Executor), que lutou com o restante da frota imperial japonesa, mas foi afundado por um forte ataque aéreo que destruiu a sua ponte de comando. O Yamato, avariado, adernava e navegava em círculos no mar, até ser torpedeado e virar. Mas logo em seguida, explodiu em uma bola de fogo que matou inclusive os marinheiros que já nadavam no mar para sobreviver, afundando logo depois. A semelhança do Star Dreadnouth Executor, o Yamato levantou um enorme cogumelo de fumaça e fogo que podia ser visto a mais de 6 km de altura e a 160 km de distância. O orgulho da Marinha Imperial Japonesa havia sido perdido. O Yamato, e mais oito destróieres e algumas fragatas haviam sido destinado a emboscar a frota aliada, composta de navios americanos, britânicos, canadenses australianos e neo-zelandeses. Na batalha, o almirante japonês, comandante da operação, perdeu a vida. Tanto o Executor, em Endor, como o Yamato, em Okinawa, foram destruídos por caças. Ainda poderíamos incluir na Batalha de Endor, uma outra situação, a Batalha de Trafalgar, em 21 de Outubro de 1805, onde se defrontaram a frota franco-espanhola de Napoleão Bonaparte e a esquadra britânica do famoso Almirante Lord Orácio Nelson, com a vitória final dos ingleses no mar, quebrando o poder dos franceses sobre o Canal da Mancha. Na ocasião os franceses preparavam uma emboscada para os ingleses. Todavia as habilidades e liderança de Lord Nelson foram fundamentais para a vitória inglesa, que contava com uma frota inferior e menos preparada.
Em terra, nós já abordamos a batalha de Endor ao falarmos de Naboo e Kashyyyk, tendo em vista que estas três batalhas vieram de uma mesma fonte de inspiração, a Guerra do Vietnã e a Invasão Soviética do Afeganistão. Se formos fazer paralelos até mais recentes, podemos incluir a invasão americana no mesmo país asiático, cujo povo já deu provas de sua valentia e tenacidade, abatendo a elite dos fuzileiros e soldados americanos, com toda a sua tecnologia e armamentos.
Star Wars é sem dúvida uma fotografia de nossa história militar. Ao longo dos anos e das épocas, Star Wars bebe em fontes impressionantes e de grande relevância, deixando sua marca em nossas memórias. Para os conhecedores da história e das guerras, é empolgante quando notamos as semelhanças do que é visto nas películas de George Lucas e o que podemos acompanhar nos jornais, TV e rádio, bem como nos livros de história. Geralmente fico a imaginar, quantas mais inspirações podem existir no Universo Expandido, onde centenas de outras batalhas estão registrada e com suas irmãs gêmeas na Terra.
Para mim, que escrevo agora o último capítulo desta série, propositalmente dividida em seis partes, fecho esta sequência intitulada Paralelos, com o mesmo gostinho que senti no dia em que saí do cinema, apos assistir Episódio III. Creio que isso se deve em parte por ter revivido, a cada vez que escrevo um paralelo, cada instante das aventuras da família Skywalker e amigos, bem como passar sobre tantos momentos memoráveis de nossa história. Fica aqui o meu adeus a Paralelos!
Vejo vocês em Março com um novo artigo.
Até lá!
Publicado originalmente no site www.jedimaster.com.br, em 07 de Março de 2010.
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