terça-feira, 11 de dezembro de 2012

LUCASFILM E DISNEY: UMA UNIÃO QUE PODE DAR CERTO?


Por Darth Metrius
Postado originalmente no Portal Universo Star Wars, em 11 de dezembro de 2012

Em 30 de outubro deste ano, a Lucasfilm Ltda. e demais empresas do grupo – a LucasArts, produtora dos games da Saga, a Industrial Light & Magic (ILM), criação de efeitos especiais, a Skywalker Sound, efeitos sonoros e a THX, uma ex-subsidiaria desmembrada do grupo em 2001, que é responsável pela criação e desenvolvimento de tecnologia de áudio cinematográfico – foram vendidas para a The Walt Disney Company em uma transação que se iniciou em 2011 e foi concluída oficialmente na referida data acima.

Pelo custo total de US$ 4.05 bilhões, a aquisição das empresas de George Lucas pela Disney causou espanto não só entre os fãs da Saga, mas também entre os “disneymaníacos” e o público em geral.

Espanto com a notícia foi pouco. Muitos fãs ficaram revoltados com a notícia, outros reagiram mais positivamente – esperando novidades com a passagem do bastão de Lucas para uma nova geração – e outros ainda permanecem na desconfiança, sem conseguir saber o que esperar e definir o que pensam a respeito.

Tais reações são justificadas, pois a novidade gera novas expectativas e, certamente, mudanças significativas.

Os fãs revoltados têm razões para se sentirem assim. A venda da Lucasfilm é sinônima de drásticas mudanças à vista. A questão não é se grandes mudanças irão acontecer, mas sim o que vai mudar e quando. Podemos esperar tais mudanças logo, mas principalmente na anunciada nova trilogia da Saga, com Star Wars Episódio VII, previsto para 2015.

Como fã da Saga, minhas expectativas são variadas. Embora, de início, eu também tenha me sentido desgostoso com a aposentadoria de George Lucas e posterior notícia da venda para a Disney, a possibilidade de poder assistir uma nova trilogia, gera muita ansiedade e receio.

O receio é natural. Embora os novos roteiristas e diretores possam se manter fiéis à Saga sem mudar demais a sua formula de sucesso, esta venda possibilita que gostos pessoais venham a descaracterizar o conjunto da obra. George Lucas, mesmo sendo um consultor oficial para a Disney, ele fará muito pouco pelo seu rebento com a arte cinematográfica. A paternidade e educação da criança agora são da Disney.

Muitos fãs acham que os próximos filmes irão cair de qualidade, para patamares abaixo de Star Wars Episódio I – A Ameaça Fantasma, o filme menos prestigiado da atual Hexalogia.
Alguns entendem que por se tratar da Disney, a Saga será infantilizada ou virará uma versão com um tom de High School Musical interestelar, recheado de musicais. Absurdo? Talvez sim.

E é aí que entra a opinião dos otimistas. Convenhamos: George Lucas já está idoso e do jeito que as doenças modernas aparecem da noite para o dia, não podemos ficar esperando que o Tio Lucas viva para sempre. Já é época de passar o bastão para uma nova equipe que mantenha Star Wars vivo para a geração de nossos filhos.

Disney não seria uma tragédia para Star Wars. Embora alguns fracassos cinematográficos possam estar presentes no currículo da Walt Disney Studios – e a sua subsidiária Walt Disney Pictures, isso não seria novidade para a Lucasfilm. Willow e Red Tails, que embora sejam bons filmes, não tiveram o sucesso esperado.

Por outro lado, a parceria entre Walt Disney Pictures e Jerry Bruckheimer Films gerou o tremendo sucesso, Piratas do Caribe, que já está no quarto filme e com a promessa de mais um ou dois a caminho. A vantagem é que os novos diretores e roteiristas podem ser mais livres para criar e contar Star Wars sem as conhecidas intransigências e engessamentos do Tio George.

Certo é que, em maior ou menor grau, existem benefícios que podem ser colhidos pelos fãs, a médio e longo prazo principalmente. Não tenho dúvidas de que Star Wars vai mudar. Isto já é fato e não poderá ser mudado. A questão é – e vai permanecer por algum tempo – se estas mudanças vão ser para melhor ou para pior. O termômetro será Star Wars VII.

Quem sabe Star Wars, conduzido por fãs dedicados infiltrados como “agentes imperiais”, funcionários entusiastas dentro da Disney Company, não leva Luke Skywalker & CIA para novas fronteiras, com novas séries de televisão e novas formas de trazer a Saga para mais perto dos fãs? Quem sabe uma continuação da série animada em 3D, The Clone Wars, não ganha uma sequencia, Star Wars: Civil War? Quem sabe o mercado de suvenires e produtos com a marca de Star Wars ganham novo impulso e mais acessibilidade aos fãs em todo o mundo?

Isso só o tempo dirá.

Que venha Star Wars Episódio VII!

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