Por Pedro Almeida (pastor da Congregação Batista Independente)
O dízimo se aplica aos crentes do Novo Testamento - SIM!
Introdução
Devemos esclarecer a doutrina Bíblica do dízimo por se tratar de um assunto muito importante para o sustento da obra de Deus e da mordomia cristã, ou seja, do serviço e consagração da vida e dos bens do salvo a Deus.
É necessário um esclarecimento, também, por causa de escritos errados de algumas pessoas que, apesar de
terem boa posição em outras áreas, estão cometendo o erro sério de negar o dízimo e criticar os que o defendem como abusadores do povo de Deus.
Talvez por causa do abuso em muitas denominações, especialmente a Universal, muitos têm partido para o outro extremo, negando totalmente este ensino. A "Igreja Universal do Reino de Deus" está cheia de outros erros muito mais graves do que o abuso do dízimo e não se deve perder tempo refutando isso, enquanto que
em muitas outras áreas eles são acintosamente heréticos como pentecostais que são (Comentário meu: A IURD é uma seita para-protestante neo-pentecostal. Não concordo com o autor ao definir a IURD como uma igreja pentecostal e nem que seus erros sejam frutos de uma heresia pentecostal. Os pentecostais tradicionais em nada se assemelham aos neo-pentecostais e nem são hereges. Provavelmente o autor seja um batista tradicional com forte tendência anti-pentecostal.). Os opositores do dízimo precisam de contorcionismos teológicos para negar que o dízimo é um ensino e Princípio claro nas Escrituras. Vejamos, portanto, 8 provas Bíblicas e claras, que mostram que a prática de dar o dízimo é uma doutrina evidente no Novo Testamento e deve ser obedecida por todo o crente fiel.
1. O dízimo foi instituído antes da lei, portanto é um ensino Trans-dispensacional:
Em Gen 14:20, ou seja, na dispensação da Promessa (ou dos Patriarcas), Melquisedeque (tipo do Senhor Jesus Cristo no Velho Testamento) recebeu o dízimo de Abraão. Vejamos que este fato aconteceu aproximadamente 600 anos antes da lei ser dada, portanto o argumento dos avarentos de que o dízimo pertence à lei é totalmente descabido. Em Heb. 7:5-9 vemos a confirmação desse fato e não há uma só
referência que o mesmo tenha sido abolido. Em Gen. 28:22 temos Jacó também dando o dízimo.
2. O dízimo foi cobrado por Deus: Lev. 27:30, Num. 18:24-28; Mal. 3:8-10, pois tudo é dEle não apenas 10%:
Em Ap. 4:11, Sal. 24:1 e em 1Co. 10:26, 28 aprendemos que tudo pertence a Deus. Isso inclui o corpo,
talentos e todos os bens do salvo. Na verdade é uma maravilha e bondade dO Senhor pedir apenas 10% da
nossa renda para a aplicação direta no sustento da igreja local e ainda assim os avarentos se levantam contra a bondade de Deus.
3. O dízimo nunca foi abolido no Novo Testamento, pois o ministério de preservar e pregar a Palavra de Deus continua: Luc. 10:7:
No Velho Testamento havia a necessidade de manter o serviço de Deus quer ao oferecer sacrifícios, quer no
Tabernáculo e depois no Templo e incluindo a preservação e pregação da Palavra de Deus. No Novo
Testamento, este serviço foi transferido para as igrejas locais que são chamadas "colunas da verdade" que tem
suas despesas mensais como por exemplo, a manutenção de missionários e o salário do pastor.
4. O dízimo foi confirmado pelo Senhor Jesus Cristo no Seu ministério: Mt. 23:23; Lc. 11:42; 1Co. 9:13-14:
Dois terços de todas as parábolas contadas pelo Senhor Jesus teve o dinheiro com o assunto. Isso não é uma
coincidência, porque muitas pessoas têm o dinheiro como um "deus".
5. Em 1Co. 16:2., o princípio das ofertas é o mesmo do dízimo:
Note que nas ofertas o princípio "conforme a sua prosperidade") foi usado. Em 2Co. 8:1-4; Gál. 6:6; 1Ti. 5:18 temos o salário do pastor que era pago com os dízimos.
6. O dízimo é um princípio e não apenas um mandamento.
Aquele que nega o dízimo está colocando Deus de fora da equação como fez o homem rico da parábola em
Luc. 12:15. Ali vemos que aquele homem prosperou, mas ele não tinha tempo para Deus, por isso foi chamado de louco.
7. O dízimo é um símbolo de dedicação e compromisso da vida do salvo.
Uma mera oferta não se qualifica para o caráter de compromisso, continuidade, pontualidade e periodicidade que o trabalho de Deus requer para o sustento continuado, periódico e interrupto. Somente o dízimo (Comentário: E as ofertas) pode suprir esta necessidade.
8. O dízimo é o meio pelo qual o trabalho de Deus deve ser sustentado. Ele deve ser entregue à igreja local.
Muitos não querem dar o dízimo para que a sua atitude errada de não se submeter à igreja local seja revelada. Muitos dão o dízimo ao seu "bel prazer" entregando-o a "Sociedades Bíblicas" ou a "Seminários", a "Ministérios", etc... Isso é um erro grave pois não é esse o plano de Deus para proclamar o Evangelho. A nenhuma dessas instituições O Senhor Jesus deu a grande comissão em Mat. 28, mas somente à Sua igreja e a mais ninguém.
Conclusão:
1. O dízimo está valendo para o crente do Novo Testamento;
2. Só porque a palavra não é frequente no Novo Testamento não é argumento válido, pois o princípio do dízimo está claro. Outras palavras nem sequer ocorrem no Novo Testamento, mas são doutrinas inquestionáveis como Trindade; Depravação Total, etc.
3. Só porque algumas pessoas não sofrem ainda com o devorador (Mal. 3: 9, 11), que Deus mandou como um castigo para os ladrões que negavam o dízimo do Senhor, isso não significa que elas não estão roubando a Deus.
4. Quem nega o dízimo e dá o dízimo ou mais do que o dízimo está sendo hipócrita;
5. Quem nega o dízimo, geralmente dá menos do que o dízimo. Está sendo avarento;
6. Quem não tem competência para viver com 90%, não tem para viver com 100%.
7. 90% com Deus é infinitamente melhor do que 100% sem Deus.
Dizimo sim, avarento, não.
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