Por Demetrius Farias
Esperei alguns dias, depois da morte de Khadafi, para comentar o fato e tentar fazer uma nova análise sobre o que vem ocorrendo no Oriente Médio nestes últimos meses. A Guerra Civil Líbia (15 de fevereiro a 20 de outubro de 2011), que faz parte das muitas manifestações populares, por grande parte do Mundo Árabe e no Irã, e que terminou com a derrubada do governo do ditador Muammar Khadafi, que liderou o governo líbio por longos 42 anos.
As primeiras manifestações ocorreram em algumas poucas cidades líbias, entre elas, Benghazi. Nas demais áreas urbanas, os protestos foram mais tímidos. Suas principais reivindicações era a melhoria na qualidade de vida da população, melhor distribuição de riquezas, liberdade democrática e o fim da corrupção no seio do governo e de suas instituições. Para contornar a onda de "efeito dominó" que já atingira a Tunísia e o Egito, o governo líbio anunciou a criação de um fundo com 24 milhões de dólares (27 de janeiro) destinados a construção de moradias e desenvolvimento social. Vários intelectuais se uniram aos manifestantes, entre eles um escritor político, Jamal al-Hajji, que foi preso por incitar os manifestantes por meio da internet.