Logo que eu iniciei minhas atividades com o Blog do Darth Metrius, um dos primeiros temas que abordei foi sobre o Movimento da Igreja Emergente. Na época, prometi que faria uma leitura sobre o assunto, para depois postar textos mais esclarecedores sobre o tema. A verdade é que existe na internet uma legião de textos e blogs que tratam do assunto, defendendo ou atacado seus princípios e definições. Igualmente interessante, é a relativa quantidade de publicações no Brasil sobre Igreja Emergente, principalmente traduções de obras em língua inglesa para o português, oriundas de autores ligados a este movimento.
Não cheguei a ler nenhuma obra diretamente, mas li muitas resenhas sobre estes livros e li muitos artigos na internet, de modo que irei reproduzir o que considero, neste série, os textos mais razoáveis sobre o assunto, e que estão me influenciando quanto a que perspectiva devo tomar. Entretanto, faço nova promessa, que o último artigo desta série, será um texto de minha autoria, com o resumo do que acredito sobre este Movimento de Igreja Emergente, a luz da Escritura Sagrada.
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Artigo extraído do blog http://anti-heresias.blogspot.com, em 03/02/2011, tendo sido publicado originalmente em 04/10/2008
IGREJAS EMERGENTES
Esse mais novo modismo, que se espalha no meio cristão mundial, chega ao Brasil e vem com um pacote cheio de novas doutrinas, são elas: teologia narrativa, teologia quântica, ortodoxia generosa, universalismo e teísmo aberto.
Talvez você não ouse falar de nenhuma delas ou se ouviu, não tem opinião formada sobre o assunto ou não sabe bem o que é ou não é assunto do seu interesse. O fato é que elas estão se tornando populares em nosso país e vem se alastrando sutilmente pelas Igrejas cristãs.
O QUE É IGREJA EMERGENTE?
A igreja emergente é um movimento da Igreja Protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a finalidade de alcançar a Geração Pós-moderna. Refletindo as necessidades e os valores percebidos desta geração, as igrejas emergentes enfatizam o autêntico, a expressão criativa e uma perspectiva sem julgamentos, procurando reavaliar as doutrinas. Igreja emergente é simplesmente um termo usado para denominar as igrejas que nasceram ou que foram [ré] estruturadas para um contexto pós-moderno, pós-cristão de ser Igreja no Mundo de hoje. As igrejas emergentes não possuem sistemas ou fórmulas, não possuem uma doutrina definida e tentam desconstruir as barreiras que as denominações impuseram.
As Igrejas que se tornaram e já nasceram “Emergentes” não se definem doutrinariamente, mesmo em pontos considerados biblicamente não secundários, é comum o ecumenismo teológico entre os seguidores desse novo movimento. Geralmente, eles são abertos a conceitos teológicos de outros seguimentos religiosos e aceitam alguns conceitos da teologia liberal sem problemas. Por isso, abraçam opiniões outrora rejeitadas pelo cristianismo conservador, e simpatizam do teísmo aberto ou teologia relacional.
Um artigo publicado na revista Christianity Today, Scot McKnight ressalta que a confissão de fé dos emergentes sempre é aparentemente comum em linhas gerais. Isso significa que eles dizem coisas publicamente que não acreditam realmente. O que isso quer dizer é que é possível um cristão emergente dizer que crê na onisciência de Deus e, na verdade, não acreditar nisso. Por exemplo, se um emergente defende os pressupostos do teísmo aberto, ele afirma que não crê em uma “onisciência exaustiva ou estática”, mas em uma “onisciência em movimento”, terminologia usada para camuflar o fato de que, na verdade, ele não acredita que Deus realmente sabe tudo. Cristãos mais desatentos, porém, acabam caindo nessa falácia. É a história do “eu acredito nisso, mas não como vocês”, e quando a pessoa começa a tentar descrever a sua posição, descobrimos que na verdade, ela não crê nem parcialmente no que cremos. Essa pessoa não crer nada do que cremos em relação àquele ponto defendido. Só usa de eufemismo para ocultar ou suavizar a verdade sobre seu pensamento.
SUAS HERESIAS
· A Teologia Narrativa
Os adeptos da Igreja Emergente são apaixonados pelo que chamam de Teologia Narrativa. De acordo com eles essa nova forma de ver a Bíblia está focada numa construção teológica diferente da teologia clássica, que é mais voltada para repetição dogmática ou rigidez científica, segundo eles. Ou seja, A Bíblia Sagrada não deve ser entendida como uma fonte doutrinária de único sentido, mas como uma narrativa devocional.
O objetivo dessa teologia é abolir quaisquer princípios de hermenêutica ou ortodoxia, classificando-os como “invenção” dos pais das teologias sistemáticas e de todos aqueles que sistematizaram as doutrinas bíblicas. Contudo, se esquecem de que a Bíblia primeiramente era chamada por LEI (Sl.1.2; Lc.24.44), ditada em linguagem humana. Contendo também história, profecia, parábola e poesia. Daí a necessidade de princípios de interpretação. Bem como da normatização e preservação das conclusões destes princípios que foram levantados pelos líderes da Igreja dos primeiros séculos e que foram confirmados e aperfeiçoados pelos reformadores no século XVI. Desprezar tudo isso é mergulhar numa leitura espúria, desregrada e descompromissada do texto sagrado. O erro dessa teologia não está em fazer leituras devocionais e aplicativas da Bíblia, mas em desprezar a questão normativa e doutrinária da mesma.
· A Teologia Quântica
Essa teologia está ligada com a Física Quântica. O problema é que, fascinados com as afirmações da Física Quântica, os emergentes introduziram-nas em sua teologia, criando um verdadeiro caos teológico, onde a onisciência e a onipotência de Deus ficam limitadas em nome da imprevisibilidade. Contrariando a Palavra que diz: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt.10.29,30).
· Ortodoxia Generosa
É uma terminologia usada para camuflar o fato de que não aceitam ortodoxias bíblicas, que normalmente confundem com uma estrutura filosófica construída em torno da Bíblia, só para justificar e manter vivo o sistema eclesiástico. Eles dizem que a teologia cristã precisa ser flexível e submetida a constantes re-exames, a reformulação eterna sendo sempre adaptada à realidade da pós-modernidade.
Passagens bíblicas em discordância: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.”. (Pv.30.5,6). “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando”. (Dt.4.2). “... não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus...”. (2Co.4.2). “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei”. E etc.
· Universalismo
Também chamado de apokatastasis, termo grego que significa “salvação completa” para todos. O universalismo sustenta que todos os seres vivos alcançarão completa salvação e esta posição é adotada por muitos grupos religiosos fora do limite do Cristianismo tradicional. Enquanto que a Palavra de Deus diz o contrário: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo.3.36). “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc.16.16). E etc.
· Teísmo Aberto
Essa teologia também é chamada de Teologia Relacional, Novo Teísmo (neoteísmo) ou Novo Arminanismo (neo-arminianismo ou arminianismo moderno). Suas doutrinas se resumem assim: o atributo de Deus mais importante é o amor, descartando ou diminuindo os demais como a presciência, onisciência, soberania e eternidade, o futuro está em aberto, Deus constrói com o homem, se arrisca, se torna vulnerável e mutável, o livre arbítrio é visto sob a perspectiva libertária e etc.
Contestação:
A graça ou o amor ou a misericórdia de Deus são atributos superiores aos demais? E a justiça, santidade e retidão? São menores?
Um dos vários problemas da Teologia Relacional é colocar os atributos de Deus em desigualdade, como se Deus fosse homem. Pois os seres humanos é que possuem qualidades maiores e menores. Mas, Deus é Deus. Perfeito em sua natureza (Tg.1.17).
Deus é amor, mas também é justiça (Sl.7.11). Deus é misericordioso, mas não terá o culpado por inocente (Naum 1.3). Deus é gracioso, mas não anula as nossas responsabilidades e compromissos (Mt.5.16; 1Pe.1.15-17; Ef.4.1; 1Ts.5.22; 2Tm.2.15; 1Tm.3.7; 4.16; 1Co.8.9; At.20.28).
Passagens bíblicas em discordância:
“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. (Ml.3.6).
“E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. (Hb.4.13).
“... ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo". (2Timóteo 2.13).
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”. (Hb.13.8).
“Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”. (Sl.103.19).
“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos”. (Pv.16.9).
“Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”. (2Co.13.8).
“O Amor... não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”. (1Co.13.4,6).
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”. (Nm.23.19).
“SENHOR, tu me sondas e me conheces... Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda”. (Sl.139.1,3,4).
“Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir!”. (Is.44.6,7).
“Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo...”. (Jo.21.17).
“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”. (Jd.v.4).
PONDERAÇÕES FINAIS
Para concluir é importante dizer que os emergentes possuem uma idéia diferente de legalismo. Para nós o legalismo é, de forma geral e à luz da Bíblia, a idéia de justificação pelas obras, a fixação imprópria de regras de conduta que são colocadas como necessidade para a salvação e a negligência ou a ignorância em relação à graça de Deus. Porém, para eles, legalismo é qualquer tipo de exortação concernente à conduta moral. Por isso, muitos emergentes acham que não há problema praticar certos hábitos sociais que para alguns seria reprovável.
Para emergir com o pensamento cristão clássico citam os textos ou fazem uso constante das convicções de teólogos controversos e liberais (atuais e antigos), ou até mesmo de ateus com objetivo de abalar o que eles chamam de “sistema falido”.
Fontes utilizadas:
Revista Manual do Obreiro nº40 CPAD.
www.igrejaemergente.blogspot.com/2006_01_01_igrejaemergente_archive.html
www.tempora-mores.blogspot.com/2006/06/neo-ortodoxia-emergente.html
Talvez você não ouse falar de nenhuma delas ou se ouviu, não tem opinião formada sobre o assunto ou não sabe bem o que é ou não é assunto do seu interesse. O fato é que elas estão se tornando populares em nosso país e vem se alastrando sutilmente pelas Igrejas cristãs.
O QUE É IGREJA EMERGENTE?
A igreja emergente é um movimento da Igreja Protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a finalidade de alcançar a Geração Pós-moderna. Refletindo as necessidades e os valores percebidos desta geração, as igrejas emergentes enfatizam o autêntico, a expressão criativa e uma perspectiva sem julgamentos, procurando reavaliar as doutrinas. Igreja emergente é simplesmente um termo usado para denominar as igrejas que nasceram ou que foram [ré] estruturadas para um contexto pós-moderno, pós-cristão de ser Igreja no Mundo de hoje. As igrejas emergentes não possuem sistemas ou fórmulas, não possuem uma doutrina definida e tentam desconstruir as barreiras que as denominações impuseram.
As Igrejas que se tornaram e já nasceram “Emergentes” não se definem doutrinariamente, mesmo em pontos considerados biblicamente não secundários, é comum o ecumenismo teológico entre os seguidores desse novo movimento. Geralmente, eles são abertos a conceitos teológicos de outros seguimentos religiosos e aceitam alguns conceitos da teologia liberal sem problemas. Por isso, abraçam opiniões outrora rejeitadas pelo cristianismo conservador, e simpatizam do teísmo aberto ou teologia relacional.
Um artigo publicado na revista Christianity Today, Scot McKnight ressalta que a confissão de fé dos emergentes sempre é aparentemente comum em linhas gerais. Isso significa que eles dizem coisas publicamente que não acreditam realmente. O que isso quer dizer é que é possível um cristão emergente dizer que crê na onisciência de Deus e, na verdade, não acreditar nisso. Por exemplo, se um emergente defende os pressupostos do teísmo aberto, ele afirma que não crê em uma “onisciência exaustiva ou estática”, mas em uma “onisciência em movimento”, terminologia usada para camuflar o fato de que, na verdade, ele não acredita que Deus realmente sabe tudo. Cristãos mais desatentos, porém, acabam caindo nessa falácia. É a história do “eu acredito nisso, mas não como vocês”, e quando a pessoa começa a tentar descrever a sua posição, descobrimos que na verdade, ela não crê nem parcialmente no que cremos. Essa pessoa não crer nada do que cremos em relação àquele ponto defendido. Só usa de eufemismo para ocultar ou suavizar a verdade sobre seu pensamento.
SUAS HERESIAS
· A Teologia Narrativa
Os adeptos da Igreja Emergente são apaixonados pelo que chamam de Teologia Narrativa. De acordo com eles essa nova forma de ver a Bíblia está focada numa construção teológica diferente da teologia clássica, que é mais voltada para repetição dogmática ou rigidez científica, segundo eles. Ou seja, A Bíblia Sagrada não deve ser entendida como uma fonte doutrinária de único sentido, mas como uma narrativa devocional.
O objetivo dessa teologia é abolir quaisquer princípios de hermenêutica ou ortodoxia, classificando-os como “invenção” dos pais das teologias sistemáticas e de todos aqueles que sistematizaram as doutrinas bíblicas. Contudo, se esquecem de que a Bíblia primeiramente era chamada por LEI (Sl.1.2; Lc.24.44), ditada em linguagem humana. Contendo também história, profecia, parábola e poesia. Daí a necessidade de princípios de interpretação. Bem como da normatização e preservação das conclusões destes princípios que foram levantados pelos líderes da Igreja dos primeiros séculos e que foram confirmados e aperfeiçoados pelos reformadores no século XVI. Desprezar tudo isso é mergulhar numa leitura espúria, desregrada e descompromissada do texto sagrado. O erro dessa teologia não está em fazer leituras devocionais e aplicativas da Bíblia, mas em desprezar a questão normativa e doutrinária da mesma.
· A Teologia Quântica
Essa teologia está ligada com a Física Quântica. O problema é que, fascinados com as afirmações da Física Quântica, os emergentes introduziram-nas em sua teologia, criando um verdadeiro caos teológico, onde a onisciência e a onipotência de Deus ficam limitadas em nome da imprevisibilidade. Contrariando a Palavra que diz: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt.10.29,30).
· Ortodoxia Generosa
É uma terminologia usada para camuflar o fato de que não aceitam ortodoxias bíblicas, que normalmente confundem com uma estrutura filosófica construída em torno da Bíblia, só para justificar e manter vivo o sistema eclesiástico. Eles dizem que a teologia cristã precisa ser flexível e submetida a constantes re-exames, a reformulação eterna sendo sempre adaptada à realidade da pós-modernidade.
Passagens bíblicas em discordância: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.”. (Pv.30.5,6). “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando”. (Dt.4.2). “... não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus...”. (2Co.4.2). “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei”. E etc.
· Universalismo
Também chamado de apokatastasis, termo grego que significa “salvação completa” para todos. O universalismo sustenta que todos os seres vivos alcançarão completa salvação e esta posição é adotada por muitos grupos religiosos fora do limite do Cristianismo tradicional. Enquanto que a Palavra de Deus diz o contrário: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo.3.36). “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc.16.16). E etc.
· Teísmo Aberto
Essa teologia também é chamada de Teologia Relacional, Novo Teísmo (neoteísmo) ou Novo Arminanismo (neo-arminianismo ou arminianismo moderno). Suas doutrinas se resumem assim: o atributo de Deus mais importante é o amor, descartando ou diminuindo os demais como a presciência, onisciência, soberania e eternidade, o futuro está em aberto, Deus constrói com o homem, se arrisca, se torna vulnerável e mutável, o livre arbítrio é visto sob a perspectiva libertária e etc.
Contestação:
A graça ou o amor ou a misericórdia de Deus são atributos superiores aos demais? E a justiça, santidade e retidão? São menores?
Um dos vários problemas da Teologia Relacional é colocar os atributos de Deus em desigualdade, como se Deus fosse homem. Pois os seres humanos é que possuem qualidades maiores e menores. Mas, Deus é Deus. Perfeito em sua natureza (Tg.1.17).
Deus é amor, mas também é justiça (Sl.7.11). Deus é misericordioso, mas não terá o culpado por inocente (Naum 1.3). Deus é gracioso, mas não anula as nossas responsabilidades e compromissos (Mt.5.16; 1Pe.1.15-17; Ef.4.1; 1Ts.5.22; 2Tm.2.15; 1Tm.3.7; 4.16; 1Co.8.9; At.20.28).
Passagens bíblicas em discordância:
“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. (Ml.3.6).
“E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. (Hb.4.13).
“... ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo". (2Timóteo 2.13).
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”. (Hb.13.8).
“Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”. (Sl.103.19).
“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos”. (Pv.16.9).
“Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”. (2Co.13.8).
“O Amor... não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”. (1Co.13.4,6).
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”. (Nm.23.19).
“SENHOR, tu me sondas e me conheces... Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda”. (Sl.139.1,3,4).
“Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir!”. (Is.44.6,7).
“Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo...”. (Jo.21.17).
“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”. (Jd.v.4).
PONDERAÇÕES FINAIS
Para concluir é importante dizer que os emergentes possuem uma idéia diferente de legalismo. Para nós o legalismo é, de forma geral e à luz da Bíblia, a idéia de justificação pelas obras, a fixação imprópria de regras de conduta que são colocadas como necessidade para a salvação e a negligência ou a ignorância em relação à graça de Deus. Porém, para eles, legalismo é qualquer tipo de exortação concernente à conduta moral. Por isso, muitos emergentes acham que não há problema praticar certos hábitos sociais que para alguns seria reprovável.
Para emergir com o pensamento cristão clássico citam os textos ou fazem uso constante das convicções de teólogos controversos e liberais (atuais e antigos), ou até mesmo de ateus com objetivo de abalar o que eles chamam de “sistema falido”.
Fontes utilizadas:
Revista Manual do Obreiro nº40 CPAD.
www.igrejaemergente.blogspot.com/2006_01_01_igrejaemergente_archive.html
www.tempora-mores.blogspot.com/2006/06/neo-ortodoxia-emergente.html
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