quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DEVORADORES DE HOMENS: o TOP 5 dos Tubarões

Por Demetrius Farias


Semana passada, minha esposa e eu, assistimos a um clássico do cinema: Tubarão (Jaws, 1974).
A Cibele, tem uma relação de amor e ódio com estes animais. Ela morre de medo deles, mas assiste a Semana do Tubarão no Discovery Channel - vai entender, né?!?!? Eu havia comprado o DVD quando ainda estava noivo dela, e eu disse que um dia iríamos assistir juntos. Depois de alguns dias sem falar sobre o filme, fiz a proposta e a convenci ver o filme comigo (na verdade ela não queria ver em hipótese alguma, mas aceitou em troca de favores domésticos, hehehehe...). Sentamos no sofá de casa, e assistimos até o final. Eu gosto muito do filme, e acho ele uma obra prima, mas a Cibele ficou tão tensa, nervosa e eletrizada que, ao terminar de assistir ao filme, ficou com os ombros doídos e reclamou o restante da noite inteira; até pesadelo de madrugada a deixou sem dormir direito (fiquei com dó depois!). Quase apanhei (risos)!!!

Pois bem... em homenagem a minha amada esposa, eu decidi postar aqui alguns dos tubarões mais perigosos que se tem notícia, e espero que, tanto ela como os meus seguidores, possam se divertir um pouco com cultura e curiosidades mortíferas.


1º Lugar: TUBARÃO-CABEÇA-CHATA: Também conhecido como tubarão-touro ou tubarão-de-zambezi, é o tubarão mais perigoso do mundo, tendo uma merecida reputação de assassino de homens. Mede de 2 a 3,5 metros e vive na costa leste e oeste das Américas, entre as zonas tropicais e temperadas, em quase todo o litoral africano, nas costas da Arábia, Índia e Sudeste Asiático, nas Ilhas do Pacífico e Austrália. Podem viver por até 14 anos e são as criaturas com o maior nível de testosterona no corpo, daí sua agressividade extrema. Por suportar baixa salinidade, o Cabeça-Chata é capaz de nadar em águas fluviais. Podem ser encontrados ocasionalmente no rio Mississippi (EUA), no Rio Zambezi (África), e já foi visto subindo os rios Bramaputra e Ganges (Índia). Existem populações deles no Lago Nicarágua, que vêm do Mar do Caribe pelo Rio San Juan. No Brasil é comum no Nordeste, e é responsável pelos principais ataques a banhistas e surfistas em Boa Viagem, Recife, Pernambuco. Já foi encontrado subindo o Rio Amazonas até a altura da cidade de Manaus, e fontes não oficiais dão conta de que já foi capturado em Iquitos, Peru.

2º Lugar: GRANDE TUBARÃO BRANCO: É o mais famoso  dos tubarões, popularizado pelo cinema, e é o maior predador dos mares. Chega a ter até 7,5 metros de comprimento e pesar 2,5 toneladas, mas existem relatos de animais maiores. Oficialmente, o maior já encontrado tinha 7,8 metros, em Malta (1987). Relatos não confirmados de 1870, dão conta que uma fera de 10,9 metros foi capturada próximo a Port Fairy, sul da Austrália, e pesando pouco mais 3 toneladas. A média oficial destes animais é de 5 metros e 1,9 toneladas, embora indivíduos maiores e mais pesados sejam aceitos como existentes. Biólogos e oceanógrafos dizem que devido a caça e ao processo de extinção, a cada ano seja mais difícil encontrar animais maiores. Se os relatos de Port Fairy forem verdadeiros, isso se deve ao fato de que, a época, o tubarão-branco era pouco caçado pelo homem e assim a espécie poderia atingir o seu ápice de crescimento e maturação. É o único tubarão capaz de por toda a sua cabeça fora da água e saltar. Vive nas plataformas continentais, onde as águas são mais rasas, em mares com correntes marítimas que trazem muita abundância de alimento. Podem ser encontrados nas Américas, África do Sul, Mediterrâneo, Austrália, Nova Zelândia, Maldivas, Seychelles, Japão e no litoral chinês.
O tubarão-branco só possui dois inimigos naturais: o homem e as orcas (atacam apenas tubarões jovens). Devido aos filmes de tubarão, principalmente Tubarão (Jaws) de Steven Spielberg, o animal passou a ser caçado por razões puramente paranóicas. Por não ter nenhum valor comercial, o tubarão-branco passou a lista de animais ameaçados, sem mesmo ter dado a oportunidade dos cientistas o estudarem. Pouco se sabe sobre sua exata distribuição, número exato de indivíduos e hábitos reprodutivos, bem como suas migrações.
Devido ao seu tamanho e, por conseguinte, o tamanho de sua mordida, o Tubarão-Branco é o segundo tubarão mais perigoso. Ou seja, ele é mortífero devido ao seu equipamento, e não pela sua agressividade. Seu cardápio é preferencialmente composto de focas e leões-marinhos. Quando atacam humanos, se dá por erro de identificação, curiosidade ou por se sentir ameaçado em seu território. A mordida de tubarão-branco em humanos geralmente consiste em uma unica dentada, exploratória ou intimidatória. Em geral, vítimas humanas não morrem por terem sido devoradas por tubarões-brancos, mas as mortes se dão pela perda de sangue, conseqüente choque ou afogamento. Neste ínterim, o animal já se afastou e perdeu o interesse. Todavia, a abundância de sangue na água pode excitar o animal, fazendo-o atacar a vítima novamente. Suspeita-se que a carne humana não seja agradável ao paladar do tubarão-branco, além de ser pobre em gordura e com muitos ossos. Segundo as estatísticas, é mais fácil você ser morto por abelhas, picadas de cobras ou ser mordido por um cachorro, do que ser atacado e morto por um tubarão-branco.

3º Lugar: TUBARÃO-TIGRE: Também chamado de Tubarão-Tintureiro, Tubarão-Jaguara e Jaguara, ele freqüenta as mesmas águas do Tubarão-Branco, mas possui uma área de distribuição bem maior, porém não habita o Mediterrâneo todo, ficando restrito a costa da Tunísia, e parte da costa argelina e líbia; também está presente em parte da costa turca. É muito comum no Brasil, principalmente no Nordeste.
Possui um corpo robusto e pode chegar até 6 metros de comprimento, possuindo uma média de 3 a 4 metros e 380 a 630 quilos. O maior animal já encontrado foi uma fêmea de 7,4 metros e de 3,1 toneladas, em 1957. Seu nome se deve ao fato de sua pele  possuir um padrão de manchas escuras verticais, que tendem a sumir ao longos dos anos. É muito curioso, mas ao contrário do tubarão-branco, é bastante agressivo. Sua dieta é muito variada, se alimentando de peixes, focas, leões-marinhos, tubarões menores, lulas, pássaros marinho e tartarugas. Pode-se dizer que ele come de tudo, pois já foram encontrados em seu estômago latas de conserva, pedaços de pneus, botas, entre outros objetos. O Tubarão-Tigre, juntamente com o Cabeça-Chata, são os maiores responsáveis por ataques a seres humanos no litoral nordestino e, principalmente, em Pernambuco.


4º Lugar: TUBARÃO-GALHA-BRANCA-OCEÂNICO: Ou apenas Galha-Branca, é uma tubarão que os mares tropicais do mundo todo. Possui um corpo cinza-escuro e a ponta da barbatana é branca, daí o nome. Diferente do Galha-Branca-dos-Recifes (bem mais dócil), o Galha-Branca habita em alto-mar e sua dieta é basicamente composta de peixes, mas ocasionalmente pode comer moluscos, crustáceos, aves marinhas e tartarugas. Vive solitário, mas pode ser visto em grupo se há abundante oferta de alimento. Em geral medem 2,5 metros e pesam até 70 quilos, mas sabe-se que podem atingir os 4 metros e pesar pouco mais de 160 quilos. Seu comportamento é curioso, tendo uma interação com as baleias-piloto. Não é raro encontrar estes peixes seguido as baleias, quando estas caçam cardumes e lulas. O Galha-Branca tem nado vagaroso, porem ativo e constante na procura de comida. Se está faminto, pode comer até lixo e carniça. Ao contato com humanos, ele age de forma indiferente, não apresentando medo ou agressão. Mas ao longo da história, o Galha-Braca tem sido apresentado como um "devorador de homens". Por ser um predador oportunista, ele não desperdiça ocasiões onde pode encontrar alimento substancial. É relatado que o Galha-Branca é a primeira espécie de tubarão a aparecer em locais de desastres no mar, sempre sendo encontrado nas imediações de acidentes envolvendo vítimas em embarcações ou aeronaves. Conta-se que na costa sul-africana, um submarino alemão torpedeou o vapor Nova Escócia, que afundou. Dos mil homens, salvaram-se apenas 192 pessoas, e as testemunhas relatavam que os Galhas-Brancas fizeram um verdadeiro baquete, em um frenesi alimentício. Outro caso famoso foi o naufrágio do USS Indianápolis, em 30 de julho de 1945. O cruzador americano voltava de sua missão (entrega da bomba de Hiroshima, na Ilha Tinian), quando foi torpedeado a meio caminho entre as Filipinas e a Guam, por um submarino japonês. Dos 1.196 homens, sobreviveram 880 aos naufrágio. Sem água e sem comida, os sobreviventes ficaram a deriva no mar, em botes infláveis e coletes salva-vidas. Na manhã do primeiro dia no mar, os ataques de tubarão começaram. Provavelmente os animais já estavam rondando a área a mais tempo, mas só iniciaram os ataques quando perceberam que os náufragos eram alimento em fartura e a disposição. Haviam duas espécies principais nos ataques, os Galhas-Brancas e os Tubarões-Tigre, mas os primeiros eram mais numerosos. Apenas quatro dias depois dos primeiros ataques, e sofrendo com a fome e desidratação, os 317 sobreviventes foram resgatados. A missão do USS Indianápolis foi tão secreta que a Marinha Americana não sabia do ocorrido, sendo informada dos sobreviventes no mar por um avião-patrulha.

5º Lugar: TUBARÃO-MAKO: Também conhecido como Tubarão-Mako-Cavala e Tubarão-Anequim, é habitante de todos os mares tropicais e de águas temperadas, com ampla distribuição, não sendo encontrado nas costas e mares polares ou com temperaturas inferiores a 16°C. É o mais veloz de todos os tubarões, podendo desenvolver até 88km/h em curtas distâncias. Pode chegar a medir 4,2 metros e pesar 794 quilos, mas a média é de 1,8 a 3,2 metros e 60 a 400 quilos. Guarda uma leve semelhança com o Tubarão-Branco, mas possui um corpo mais alongado e esguio, com o focinho mais alongado. Seu formato de torpedo e sua musculatura robusta lhe conferem altas velocidades, sendo superado apenas pelo Atum Dourado e pelo Marlim, que chega a 120km/h. De 1580 a 2010 só foram registrados 13 ataques não-provocados de Makos a seres humanos, sendo três fatais. Muito embora a sua agressividade contra seres humanos seja questionada, ele é um peixe atrevido e costuma atacar os barcos de pesca, atrás dos peixes presos nas redes. Contudo, se provocado, o Mako é letal.

Para finalizar, eu poderia citar ainda o cação-mangona, o tubarão-cinzento-dos-recifes, o tubarão-martelo, o tubarão-azul e o cação-limão como feras perigosas aos seres humanos, mas eu vou encerrar esta lista com um animal que, Graças ao Bom Deus, em sua sabedoria e onisciência, permitiu que esta criatura fosse extinta. Com vocês, o PREDADOR SUPREMO:

O MEGALODON:

Reprodução artística em CG do que seria um Megalodon em vida ,
com um tubarão-branco nadando ao seu lado.
O Carcharodon Megalodon, foi o maior tubarão que se tem notícia. Para se ter uma noção de seu tamanho, na atualidade o maior peixe do mundo é o Tubarão-Baleia (inofensivo), com seus oficiais 12,65 metros e 21,5 toneladas. Este pacífico ser vivo tem histórias sobre seu tamanho e peso que lhe conferem pesos e medidas que variam entre 15 a 23 metros e 35 a 43 toneladas, mas nada oficial. Já o Megalodon estima-se que tenha tido o seu tamanho girado em torno de 20 a 25 metros e pesando fabulosas 50 a 103 toneladas. As reconstituições feitas por paleontólogos, com base no tamanho dos dentes, já conferiram ao animal o tamanho máximo de 30 metros, mas isso não foi dado como uma medida muito precisa, tendo sido reavaliada e proposta três técnicas de aferição bem mais comedidas.
Segundo os evolucionistas (Io no creo), viveu entre as épocas Oligocena e o Pleistocena (25 milhões de anos a 11.500 anos atrás). Seu fósseis se resumem principalmente aos dentes (17-18 cm), que são encontrados nas praias e em rochas do mundo inteiro, desde a Renascença. Alguns poucos fósseis parciais já foram encontrados, mas como o esqueleto dos tubarões é cartilaginoso, a decomposição impede a boa preservação dos animais na rocha. Alguns cientistas acreditam, no entanto, baseado em alguns dentes bem preservados, e mediante a métodos de datação, que esta criatura tenha vivido até a nossa época, sendo que alguns mais entusiasmados chegam a especular que seja possível este animal ainda estar vivo.
As hipóteses sobre a sua alimentação dizem que o Megalodon comia baleias (comprovada por registros fósseis), e que sua extinção foi provocada pela última Era do Gelo, quando a temperatura dos mares caiu, fazendo com que o território do Megalodon ficasse mais restrito as zonas tropicais do planeta (sendo que antes, ele habitava todos os mares do mundo). As baleias, refugiadas em águas mais frias e nos mares polares, poderiam se proteger de seu predador, deixando a espécie morrer de fome. Outra possibilidade é foi a diminuição do nível do mar, com a conseqüente perda de território.
Comparação em escala do Megalodon com
o Tubarão-Baleia, o Grande Tubarão-Branco
e o ser humano.
Também baseado nos dentes do animal, os cientistas o classificaram como um parente do Grande Tubarão-Branco, dando ao Megalodon uma aparência similar a ele. Mas alguns dizem que a semelhança entre os dentes não comprova este parentesco, propondo que a espécie saia do género Carcharodon e vá para uma classificação toda nova, o Carcharocles

Bem..., espero que tenham gostado, e lembrem-se: Se entrar no mar, certifíque-se de que não há barbatanas sobre as ondas por perto. Mas se tiver, tenha calma e nade para a o barco mais próximo ou para a praia. Não grite e nem faça alarde; eles sentem o medo.

Boas Férias!!!


FAIL!




4 comentários:

  1. Adorei a parte sobre o megalodon ,mas tomara que nao exista mais porque se existir nao vou entrar nunca mais no mar E nem ir na praia com medo de ser devorado por um Carcharodon Megalodon poste mais coisas sobre tubaroes sou fã deles . principalmente do megalodon

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  2. Adorei ler sobre os tubaroes, muito interessanti gostei muito. parabéns pela pesquisa.

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  3. Muito loco sou muito interessado no megalodon, queria ver ele sem ser devorado

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