Por Demetrius Farias
É impressionante como o brasileiro tem a capacidade de ser tão burro, politicamente falando. Não vou discutir as razões ou qual o motivo do eleitor ser tão vendido, apolítico e pouco reflexivo. Como brasileiro, um pouquinho mais instruído do que a maioria dos infelizes que tiveram a oportunidade de estudar em escolas públicas da atualidade ou então foram agraciados com a bênção de não terem completado o antigo primeiro grau, quero apenas expressar a minha indignação com o nosso país.
Eu não entendo como o brasileiro consegue votar para governador do Distrito Federal, um conhecido corrupto e mal político, de discurso mentiroso e fingido, como o José Roberto Arruda, envolvido até o fio do cabelo (o que lhe resta), com o escândalo do painel eletrônico do senado, em 2001 na votação para a cassação do mandato de outro enviado do inferno, Luís Estêvão.
Eu não entendo como o país assiste estarrecido as cenas do mensalão, do mensalinho mineiro e do mensalinho distrital, e mesmo assim não faz como fez no processo de impeachment que derrubou o nefasto e estranho atual senador pelo estado de Alagoas e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello.
Eu não entendo como o país aprova o atual governo federal, sendo este o que pior representa o Brasil no exterior, o que mais abafa casos de corrupção em seu governo sem, no entanto, fazer a mínima questão de armar tudo previamente para esconder o mal feito, como faziam os sociais democratas, e ainda dificulta o máximo possível todas as oportunidades para se investigar os casos.
Eu não entendo como tem gente que aplaude alguns discursos do nosso maior mandatário, que só abre a boca para dizer tolices, e fazer afirmações sem conhecimento de causa.
Eu não entendo como o povo brasileiro é capaz de votar nos candidatos do "Rouba mas Faz", como fazem no estado do Amazonas e na cidade de Manaus.
Eu não entendo como o brasileiro tem a capacidade de apoiar tanta gente inescrupulosa e ainda se submeter a ridículos em período de campanha, balançando bandeiras na beira das ruas, por horas a fio, debaixo de sol forte e ganhando salário de prostituta.
Eu não entendo como tem juízes do TRE do Amazonas que inocentam notório prefeito da capital do estado, sabidamente responsável por crimes eleitorais.
Eu não entendo como tem brasileiros que se vendem por ranchos vagabundos, tijolos, cervejada e promessas de campanha que são ridículas, tais como metrô de superfície, como prometeu o atual Ministro dos Transportes e ex-prefeito da cidade de Manaus. Aliás, Mentiroso de cara amostrada, já que se reelegeu como senador prometendo não deixar o congresso e depois acabou retornando ao ministério, colocando em seu lugar um suplente petista totalmente sem futuro.
Eu não entendo como podem existir brasileiros que votam para Senador da República um conhecido filho de assassino, e possivelmente assassino também, e ex-presidente enxotado do Planalto por denuncias de corrupção.
Mas uma coisa eu entendo. Que o Brasil tem seus analfabetos para que não pensem, tem seus Bolsas Família para que encham a barriga, tem seus inúmeros campeonatos de futebol para que se divirtam, tem suas dezenas e dezenas de novelas e BBBs para que esqueçam de Brasília, tem seus pães e circos para que não vejam os mesmo ladrões de sempre fazendo a nação passar por pilhérias no exterior, tem seus traficantes e aliciadores de menores para não vermos o dinheiro público entrando na meia de cabra safado, e tem seus trocentos feriados para se beber, cair e levantar, e não perceber que o seu voto é voto de tolo, e que o brasileiro é um palhaço, uma marionete, um pobre coitado que se deixa vender por uma cesta básica, na sexta-feira de lua cheia, pagando com a alma a lobisomens vestidos de terno e gravata, que desejam pilhar o país como fez Nogueira ao iludido e acovardado coronel Ponciano de Azevedo Furtado.
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